-Feliz, segura e quente.

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Na segunda-feira de manhã Andrew ligou para o seu amigo, apenas para lhe dar satisfações. Então ficou tudo bem quanto a nos mudarmos para lá. Exceto por mim que estava começando a me violentamente doente. A briga com Charlie estava começando a surtir os efeitos colaterais.

-Elisa, acho que já passou da hora de você ir no medico.- Andrew disse enquanto me ajudava a arrumar as minhas malas.

Nos fomos até a casa do meu pai depois que ele saiu do trabalho para poder pegar minhas coisas. Pois é... Eu estava me mudando novamente.

-Vai passar.- Dei de ombros tirando tudo do meu armário- Acho que não foi só a fumaça de ontem, eu também comi muito bacon no café.

-Será que você pode me ouvir e deixar eu te levar no médico?- Ele parou para me olhar.

-Vai parar de me perturbar com isso se eu for?- Me sentei na cama pressionando meu estômago que estava doendo.

-Sim, eu paro.- Ele estava sério.

Depois de uma hora pegamos todas as minhas roupas e colocamos os demais pertences em caixas de papelão, as mesmas que Charlie me ajudara a trazer quando me mudei para a casa do meu pai.

-Vamos em uma emergência... Aposto que vão me passar apenas um remédio qualquer.- Disse me levantando.

-Você que sabe, contanto que se cuide.- Ejé respirou fundo- Quer colocar suas coisas no carro agora?

-Sim! Melhor aproveitar que meu pai não está em casa. Não vamos abusar do tempo.- Me levantei e peguei algumas bolsas e uma caixa.

Andrew deu um jeito e conseguiu carregar todas as malas de uma vez até o carro. Empurramos tudo pra dentro do porta-malas e os mais frágeis foram no banco traseiro.

Ele entrou no carro e ficou me esperando. Eu estava parada na calçada encarando a casa com olhar nostálgico

-Vamos!?- Ele abaixou o vidro para falar comigo.

-Preciso fazer uma coisa antes...

-O que?- Ele franziu a testa.

Corri para dentro de casa e peguei um papel de agenda telefônica e uma caneta na sala. Fui até a cozinha e me sentei à mesa para escrever uma carta ao meu pai. Apesar de tudo, ele não merecia ser descartado dessa forma.

"Oi pai...

Eu estou muito bem. Só pensei que passou hora de sair e começar a construir minha própria vida, parar de dar preocupações à vocês. Fico feliz que você e elas sejam amigos, assim não ficará sozinho.
Quero pedir que não faça alarde, se perguntarem diga que estou muito bem e feliz onde estou. Não vou dizer meu endereço, preciso ficar sozinha por um tempo e agir por mim mesma.
Obrigada por me deixar ficar aqui nesse tempo e desculpa por partir desse jeito.
Prometo não sumir por muito tempo!

CharlieOnde histórias criam vida. Descubra agora