Capítulo 5

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Sometimes you move so well

It's hard not to give in

I'm lost, I can't tell

Where you end and I begin

E durante a noite senti o canalha que Adam é enquanto me tocava e o quão puta eu era na cama enquanto eu o tocava. Nós dois fazendo sexo sempre foi meio louco, ou completamente louco.

Ele me apertava, me marcava, me fazia gemer alto e pedir por mais. Eu rebolava, subia, descia, o fazia pedir por mais. E depois de tudo, de horas, acabei dormindo por lá.

Isso acontecia às vezes, eu acabava ficando cansada demais para voltar naquele momento, então dormia com Adam, mas não era aquela coisa que se via em filmes, ambos cansados e soados, abraçados e suspirando um nos braços do outro, pelo contrário, fazíamos sexo como se não tivéssemos nos vistos há séculos, viramos cada um para um lado e dormíamos, assim que amanhecesse eu iria para casa, tomava um banho, trocava de roupa, tomava café e o encontrava no escritório como se fossemos meros colegas de trabalho que se detestavam.

De manhã, acordei primeiro que Adam e saí do apartamento antes que ele mudasse de posição na cama, dirigi até meu condomínio, programei a cafeteira e tomei um banho, escolhi uma roupa que escondesse as marcas da noite passada e tomei um café da manhã saudável e deixei o café por último, só para me manter acordada.

Nada que já não era costumeiro.

Cheguei ao escritório como se não tivesse acontecido nada, revisei papeis e tomei o dobro de café para continuar me fingindo de acordada, sequer vi Adam chegar, não cruzei com ele em nenhum momento até sair para um processo mais tarde para resolver e tinha que me preocupar com uma boa lábia para dar a vitória ao meu cliente. Sempre fui profissional e dessa vez não seria diferente.

Cheguei ao tribunal com certa antecedência, conversei com meu cliente, fiz todo o procedimento de sempre, e, sem querer me engrandecer, mas ganhei mais um caso. Foi consideravelmente fácil, apesar de que levei a tarde toda. Quando saí, estava cansada, fui direto para o carro na esperança de ir para casa. Além de estar virada, o processo sugou todas as minhas últimas energias, então liguei para Alicia, na intenção de pedir para que avisasse ao Joseph que eu iria para casa descansar, mas ela me veio com intenções diferentes das minhas.

- Srta. McCrery, estava prestes a te ligar, Sr. Russel pediu para te informar que haverá uma reunião, é para vir assim que terminar.

- É realmente necessário, Alicia? Estou tão cansada... não pode ser adiada?

- Ele disse que não, é importantíssimo! É algo sobre a tal promoção de Nova York.

Isso me despertou, meus olhos pararam de quase fecharem sozinhos e se abriram em grande alerta.

- Estou a caminho - desliguei.

Há certo tempo, abriu uma vaga na sede do escritório, em Nova York, um dos nossos melhores advogados seria mandado para lá para um período de experiência, e se desse certo, poderia se mudar de vez. Eu havia me esquecido disso. Logo quando a proposta surgiu me senti extremamente interessada, e para melhorar, não perdi um caso desde então. No começo, Joseph me fez acreditar que eu tinha boas chances, e fazendo uma reflexão sobre esse tempo, eu mesma me convenci que tinha boas chances.

Quando cheguei, todos já me esperavam, me senti incomodada com tanta atenção ao mesmo tempo.

- Como foi? - Joseph me perguntou de primeira.

Keep Me Coming Back (pt)Onde histórias criam vida. Descubra agora