Crazy 4 u

Terceiro Capítulo - "Ninguém manda no coração"

Nunca tinha visto alguém tão bonita como Alasca era. Era branca como a neve, tinha os olhos azuis esverdeados, e tinha uma mecha rosa na parte de baixo do cabelo. Parecia uma modelo da Victoria Secret de tão bela.

– Sim, prazer, sou Alana Carter e essa é minha amiga Chloe Thompson. – disse a cumprimentando de volta

– Vi na ficha que você fará Cinema. – disse Chloe a olhando de cima a baixo espantada com sua beleza

– Cinema é minha vida! – Alasca respondeu enquanto tirava as caixas do caminho – Vocês farão faculdade de que? – perguntou

– Farei de Fotografia, e Alana fará design de moda. Ela é uma desenhista incrível. – disse Chloe se sentando na cama mais próxima

– Que exagero, Chloe. Apenas desenho. – disse fechando a porta e indo me sentar na cama do meio, a única que havia sobrado.

–Posso ver seus croquis? – perguntou Alasca com um tom de curiosidade

– São esses em cima da mala preta, pode pegar. – respondi

Então Alasca foi até minha mala e pegou a pasta. A abriu, e começou a ver. Mesmo sabendo que ela era apenas uma colega de quarto que eu tinha acabado de conhecer, ela estava vendo minhas roupas, fiquei nervosa. Afinal era uma pessoa diferente vendo os meus desenhos. Apenas olhei para ela, e a vi com cara de deslumbre.

–Alana, seus desenhos são fantásticos! – ela me olhou com cara de admiração – Minhas amigas vão adorar! Courtney estava procurando uma estilista, posso te indicar para ela?

Eu achei que Courtney era realmente apenas uma amiga qualquer de Alasca, então disse:

– Claro que sim, vou adorar – respondi, imaginando que aquilo não ia dar em nada, que ela apenas estava tentando ser simpática e fazer amizade

– E posso indicar você para uns amigos meus que tem uma banda. – disse Alasca olhando para Chloe. – sábado a noite irei em uma festa que todos eles vão estar, se quiserem, podem ir comigo e os apresento á vocês

- Opa, festa? É claro que vamos – respondeu Chloe animada

Naquele mesmo dia arrumamos nossas coisas, e passamos a tarde conversando e conhecendo Alasca. Ela não era rockeira, mas era um tanto quanto maluca, mas no bom sentido. Adorava viver em baladas, e gostava de beber. Ela aproveitava a vida dela ao máximo, o que pra mim era algo estranho, pois eu nos últimos meses vivia focada apenas nos meus croquis e em entrar na faculdade. Nem me lembro a ultima vez em que fui em uma balada.
Mesmo com todas diferenças, eu comecei a gostar dela. Ela era uma boa pessoa, e sabia que íamos nos dar bem. Ela e Chloe são muito parecidas, o que facilitou elas virarem amigas também.
Depois de passarmos aquele domingo inteiro nos conhecendo, resolvemos sair para comer. Já estava escurecendo, decidimos comer em uma lanchonete ali perto da nossa torre, pois precisávamos voltar ao quarto para que possamos tomar nossos banho e finalmente dormir cedo, pois no dia seguinte já começariam nossas aulas, e o dia seria longo.

[...]

Eram 11 horas da noite, Chloe já estava dormindo, Alasca estava em sua cama vendo um filme em seu notebook, e eu estava deitada ouvindo minhas músicas. De repente Alasca pausou seu filme e olhou para mim, que estava na cama ao lado, então tirei meus fones e a olhei de volta.

–Alana, você já gostou de alguém a ponto de seu coração quase sair pela boca quando está perto da pessoa? – ela perguntou

– Não exatamente, mas por quê? – perguntei encafifada

– Gosto de um cara. Fiquei com o irmão dele para ver se ele sentia ciúmes, mas ele simplesmente não ligou. Eu sei que foi errado, mas eu realmente não sei o que fazer. Ficamos apenas uma vez, e foi uma sensação completamente diferente dos outros caras que já fiquei, sabe? – ela disse fechando seu notebook e se virando para mim – Fiquei com ele por diversão, e nunca fui de sentir essas coisas.

Eu vi que realmente Alasca precisava de um bom conselho, afinal ela estava confiando em mim, a pessoa que ela havia conhecido no mesmo dia, mas eu não era a pessoa certa para dá-lo, pois eu nunca havia gostado de alguém intensamente. Já tive meus namoricos de escola, mas nunca senti algo tão forte por ninguém. Eu sei, todo mundo já se apaixonou, mas meus namoricos não passavam de paixonites.

- A gente não manda no coração, Alasca. – foi a única coisa que consegui dizer