Capítulo 3 - Descobrindo o Prazer

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Algumas vezes durante a noite, Yan abria levemente os olhos e tentava distinguir onde estava, mas antes mesmo de pensar em qualquer coisa seus olhos se fechavam novamente, sentindo muita dor e muito sono.

Alguns raios de sol iluminavam o corpo adormecido e os cabelos negros com alguns reflexos dourados ficavam ainda mais belos. Kyn observava cada detalhe daquele garoto que ainda dormia, e estava ficando preocupado com Yan, pois já havia mais de doze horas que estava dormindo e até aquele momento ainda não havia acordado. Kyn então resolve ir chamar um médico, mas assim que se levanta ouve alguns resmungos e olha para a cama vendo o garoto despertar.

Yan abre levemente os olhos e depara-se com a claridade vinda da janela. - Hum... - Pega o lençol e cobre sua cabeça para que ficasse um pouco mais escuro, mas como não estava adiantando muito, vira-se para o outro lado.

Kyn notou que a claridade estava incomodando o garoto e resolve fechar a cortina. - Assim está melhor?

Yan ouve aquela voz e não a reconhece, retira o lençol de sua cabeça e vira-se para ver quem era; depara-se com um jovem alto de cabelos loiros curto e repicado, que usava uma calça jeans com alguns rasgos e uma regata justa na cor gelo. Ficou durante algum tempo olhando para ele sem dizer nada, até que sua mente processou as informações. - É o mesmo rapaz que esteve no laboratório. - Yan acabou se lembrando do ocorrido e da forma de como foi tocado por aquele rapaz a sua frente quando estavam no laboratório corando em seguida com a lembrança. - O que ele esta fazendo aqui no meu... - Yan olha a sua volta e nota que aquela não era a sua cama e aquele não era o seu quarto. Encolheu-se na cama e fechando os olhos com medo do que iria acontecer.

Ao ver o garoto se encolher, Kyn nota que este está com medo de ser agredido novamente, só que desta vez por ele. - Não precisa se preocupar Yan, não estou aqui para te machucar.

O garoto abre novamente os olhos e fita aqueles olhos azuis safira. Nunca tinha escutado alguém falar com ele com tanto carinho, relaxando um pouco e sentando-se na cama. Ainda sentia um pouco de dor, mas não era tanto quanto antes. Fica admirado quando observa que o quarto não era muito grande, mas, no entanto bem aconchegante. A cama grande e aconchegante ficava próxima à janela, os lençóis eram na cor branca com alguns detalhes em azul, as paredes na cor branca, o armário era de marfim com detalhes prateados e por fim ao lado da cama havia um criado mudo da mesma cor e com os mesmos detalhes do armário.

Yan achou lindo o lugar, nunca havia estado fora de seu quarto ou da Prisão de Cristal e ver aquelas simples coisas já o deixava fascinado. Já tinha visto coisas maravilhosas pela internet, mas nunca pessoalmente.

- É bom ver que gostou do quarto Yan, mas este não se compara em nada com o da minha casa. - Kyn sorri para o garoto, mas este apenas abaixa a cabeça.

- Quais são suas ordens senhor? - Falava em tom baixo e triste.

- Não me chame de senhor Yan, apenas Kyn. - Vai andando em direção a cama e senta-se próximo do garoto, este por sua vez se encolhe um pouco quando sente a mão de Kyn em seus cabelos.

- Já disse que não precisa ter medo. Agora você precisa descansar para se recuperar, então tem roupas e toalhas dentro do armário para que você possa se arrumar. - Segura levemente o queixo de Yan e faz com que este o olhe nos olhos. - Tome um bom banho e depois dessa.

Yan não sabia o motivo de aquele rapaz estar sendo gentil e carinhoso com ele, mas era melhor do que ficar recebendo castigos de Argot o tempo todo. Ficou admirando os olhos azuis safira e estava se perdendo neles.

- Agora me deixe ir para a sala, tenho de resolver alguns assuntos. Não precisa ter presa em se arrumar certo, temos muito tempo para conversar.

Kyn sorri para o garoto e acaricia sua face e em seguida beija levemente os lábios deste saindo do quarto. Sabia que teria de ter muita paciência se quisesse conquistar Yan e faria o possível para que isto ocorresse.

Regresso (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora