Capítulo 12 - Uma nova Vida

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Seu corpo estava completamente suado, as roupas e os cabelos grudados na pele clara, o peito subindo e descendo rapidamente mostrando assim a respiração completamente entrecortada. Deixa-se cair sentado sob a areia da bela praia e fica a olhar para o outro a sua frente, este também estava completamente suado, mas não demonstrava tanto cansaço.

- Mas já está cansado? – O moreno pergunta com um meio sorriso nos lábios.

- Nunca fiz isto antes, queria o que? – Yan pergunta levemente irritado com a forma com que o outro lhe fala.

- Nossa! Alguém acordou com o pé esquerdo hoje. – Cayna zomba.

- Eu não acordei com o pé esquerdo e sim com os dois no mesmo lugar. – Fala fechando a cara.

- Ai meu Deus...! – Passa a mão pelos cabelos e então se aproxima sentando ao lado do garoto. – Isso é apenas uma metáfora, Yan.

- O que quer dizer com isto? – Pergunta o olhando confuso.

- Estou querendo dizer, que hoje você está diferente dos dias anteriores, mais irritado.

- Hum...! Agora entendi. – Responde virando a face para o outro lado. – Ny! Quero voltar para casa. – Comenta.

- Eu sei! – Faz uma careta de desgosto. – Eu venho cuidando desse lugar a anos e nunca tinham invadido antes, isso é revoltante.

- Ninguém iria adivinhar que o cara que aqui estava não era o Zuriel e sim o irmão dele, você não teve culpa. – Volta a olhar o moreno.

- Mesmo assim... A segurança deveria ser mais reforçada e os equipamentos de detecção também.

- Cayna... Os equipamentos que tem aqui são os melhores que eu já vi, quase impossível de se controlar.

- Foi você quem fez tudo aquilo né? – Pergunta olhando o garoto nos olhos.

- Eu até poderia dizer que não, mas quando passei pela bagunça acabei lembrando e não vou negar que fiquei assustado comigo mesmo.

- Não é só você que está assustado! – Quando o vê arregalar os olhos sorri e tenta explicar. – O que me assusta é vê-lo assim... Tão diferente e comunicativo.

- Acha que estou estranho, é isso? Sente medo de mim. – Se levanta de imediato e quando estava prestes a sair dali é segurado pelo braço.

- Não tenho medo de você, Yan! Quando digo diferente me refiro ao seu comportamento. – Solta o rapaz e o olha de frente. – Antes você vivia em um mundinho somente seu, não falava com ninguém, tinha medo que te tocassem, se escondia de tudo e de todos. – Leva a mão à cabeça do rapaz e bagunça seus cabelos. – Estou gostando mais desse seu lado comunicativo.

- Me... Mesmo? – Seus olhos brilham de felicidade.

- Claro! Se eu chegasse e te convidasse para aprender capoeira há uma semana, certamente o que veria era um menino se encolhendo todo e se escondendo atrás do Nykos. – Comenta e ri ao pensar em tal cena.

- Eu não faria isso! – Faz bico.

- Ah... Faria sim! Mas... – Apertou com vontade as bochechas de Yan vendo-o ficar completamente rubro e riu. – Talvez eu tenha visto mais que os outros.

- Como assim? – Leva as mãos às bochechas massageando o local.

- Uma coisa que não consegue controlar é seu ciúme e quando você me conheceu pude ver claramente como se comporta. Você bate de frente com seu adversário, o olha nos olhos e da para ver imposição quando faz isto.

Regresso (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora