Uma nova vida.

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Um ano depois.

-Deixa de ser bobão Nicollas, ela se mudou faz um ano.
Disse Matheus.
-Eu sei, mas ela parece que não se adaptou ainda.
-Eu estou bem meninos, me sinto em casa. (E ri).

Com os passar dos tempos, eu me me mudei de onde eu morava, não, não foi por causa do Lucas, foi porque eu simplesmente estava cansada de viver na escola em que eu estava.
E então, me mudei e passei a estudar na escola Eleonor, e conheci dois garotos, o Matheus e o Nicollas, que agora se tornam os meus melhores amigos (e os únicos).

Eu decidi também, pintar o meu cabelo. A queda me exigiu mudar, então pintei o meu cabelo de preto e passei a me arrumar mais, me cuidar mais, ser mais menina rs.
E a mãe do Lucas, Rose, ela está morando conosco!
Vendeu sua casa, e como onde nós moramos, é enorme, decidimos compartilhar a casa com ela, já que ela não havia mais ninguém, porque o marido a deixara.

-Vocês falam demais da minha vida.
Eu disse, em um tom irônico.
-Você quem se deixa levar por nos contar toooda a sua vida, o dia inteiro.
Falou Matheus, balançando as mãos.
-É verdade, e nós nem reclamamos.
Disse Nicollas.
-Eu merecia amigos melhores, Jesus.
Eu retruquei fechando as mãos em formato de quando em oração.
-Você tem os melhores!
Disse eles em uníssono.
-Tudo bem, tudo bem! Vamos entrar logo meus melhores amigos.

A escola em que eu estudava, não mudava muito da outra em que eu estudei.
Só que eu estudava em período integral, pois eu parei o curso de inglês em que eu fazia.
E aos sábados então, eu quase nunca fazia nada.
Sim, a minha vida mudou depois da morte do Lucas. Mas para mim levar em mente que ele havia partido, não levou dias, levou o ano! E então, hoje, eu posso dizer que ele se foi sem descer lágrimas no rosto.
Os meus amigos, Matheus e Nicollas, não sabiam da história do Lucas e etcetera.
Não é porque eu não gostaria de contar, é porque isso não tinha tanta importância, então eu deixava passar.

Hoje, depois da aula, vamos no cinema. Nós saímos às 17h30, então vamos direto da escola.
Aaaah, outra coisa, lembra do Henrique que eu iria lhe dar dicas sobre a escola? Então, fiz uma grande amizade com ele também. Só que ele está estudando lá, no Lunar. Ele também vai conosco para o cinema.

Priiiiiin - Fim de aula.
Uffa, acabou! Agora vamos para o cinema.
Vimos o filme e fomos embora.

-Lucas, eai cara!
Disse Nicollas, ao acenar para alguém.
-Eai amigo, quanto tempo.
Meu coração deu um salto ao ouvir o nome Lucas. E para completar, esse Lucas, era estupidamente parecido com o Lucas que se foi.
-Ah cara, esse aqui é o Matheus, você deve lembrar dele. E essa é a Maitê.
E então Lucas abriu um sorriso largo em seu rosto, e eu parei de pensar, fiquei imóvel, como o sorriso dele me lembrava o Garoto que me queria, e que se foi.
-Maitê?
Me tocou Nicollas, com o ar de preocupado.
-Ah, oi!
Eu comprometei.
-Nós podíamos marcar de sair né? Disse o Nicollas.
-Eu concordo! Mais de um ano sem nos vemos, temos que colocar o papo em dia.
Disse Lucas, rindo.
-Eu também vou? Ou vocês vão ficar esfregando na nossa cara a saudade? Resmungou Matheus.
-Não é Maitê?
-É ... Sim ... Pode ser. - Eu disse.
-Poxa sombra, você está sempre comigo, claro que você vai.- Disse Nicollas, rindo.
-E Maitê ... Se você quiser ir. Assim .. Sabe ... Só se quiser.
Com o ar de zoação.
-Claro! Posso ir também, só marcar.
Eu disse, sem certeza alguma.

Como é que, do nada, depois de tempos sem sentir o meu coração disparar da forma quando recebi a notícia do Lucas, ele estava à palpitar novamente a 100 por minuto.
Não tem sido fácil esquecer o Lucas, pois ele está em todo lugar. Na minha lista de chamada, nas mensagens não apagadas, nas fotos do meu celular, nas fotos no meu armário da escola ... Dentro de mim. Ele estava sempre em algum lugar e ao mesmo tempo, em lugar nenhum.
Ele ainda atormentava o meu pensamento, invadia o meu passado, o trazendo para o meu presente.
Era impossível esquecer ele, principalmente com o sorriso largo de Lucas.

Então nos despedimos de Lucas, e fomos embora.
-Está tão quieta Maitê, está pensativa?
Matheus chama a minha atenção?
-Está pensando no Lucas né? Haha, assanhada.
-Olhaaa, é verdade, eu também percebi ela pianinha ao ver o Lucas.
-Ao contrário de vocês, que não param de falar um segundo, eu posso sim, estar pensativa.
E parem com isso, que ideia doida!
Apertei o passo, deixando eles para trás.
-AAAH ELA FICOU BRAVINHA!
Gritou Nicollas.
-SE FICOU BRAVA É PORQUE É VERDADE EEEIN! - Gritou também Matheus.
E eu saí andando, sem olhar para trás.

Chegando em casa, me preparei para dormir e me deitei.
De repente, ouvi meu celular tocar, anunciando mensagem.
Desbloqueiei para visualizar a mensagem, e BUM! Meu coração pulou.

Você tem duas mensagens.
Número desconhecido: Boa noite, Maitê não é? Desculpa, aqui quem fala é o Lucas. Eu não queria mandar mensagem tarde assim, espero que não se importe, mas peguei o seu número com o Nicollas. Quando quiser conversar (se quiser falar comigo), só me chamar aqui. Então, boa noite? Rs.

Boy Nicollas: Ei, gatinha, sabe quem pediu seu número? Éé, o Lucas B-). Agora de ser idiota, e da atenção pra ele viu, ele é gente boa, não vai te magoar. Beijos e até amanhã.

Olha aí o mundo, qual é Jesus? Não é porque eu tenha perdido o olhar do Lucas, que você poderia reviver ele em outra pessoa, QUE NÃO MUDA QUASE NADAAA, po Jesus!
E eu discutia com o meu pensando durante a noite, ria e sorria, resmungava e ria.
-Eai consciente, eu dou uma chance pra esse tal amor de novo? E se ele morrer? Vai ser culpa sua ein, então tá bom, eu vou tentar dar uma chance ...
E então eu respondi a mensagem;
Você: Boa noite, Lucas não é? Rs.

Você: Vai a merda seu traidor!
Mandei para o Nicollas.

E então eu dormi.

ODEIO ESSE TAL AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora