Borderline

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Olá a todos! Esta é a minha primeira história publicada no Wattpad, espero que gostem!

Atualização 21/03/2017: mudei a capa da história pelos seguintes motivos:
– Eu ia somente arrumar as letras e deixar a capa com uma definição melhor, porém não achei a foto em lugar algum;
– Gostei dessa, achei que ficou bacana.

Memórias de Steve: O Garoto do Norte do País.

B O R D E R L I N E

Steve

O avião havia decolado há menos de cinco minutos e eu estava extremamente ansioso para começar meu álbum fotográfico, o álbum que decidi que iria ser diferente de qualquer outro e que mudaria minha vida.

Dando um longo e ansioso suspiro, coloquei-me a descer as escadas do avião o mais rápido possível, nem ao menos pensei em passar na cafeteria do aeroporto para pegar um simples café, que era um hábito contínuo. Meu coração palpitou ainda mais rápido quando minhas narinas aspiraram o ar gelado de Maine. Logo, pedi um táxi que me levaria para Little Hunters Beach, onde eu começaria meu tão esperado trabalho. O clima frio de Maine havia me atraído de uma forma incrível. Eu já estava cansado de fotografar pessoas em praias ensolaradas, sempre saíam as mesmas coisas e eu sempre odiei monotonia, então, decidi fazer um pequeno tour mundial, financiado por minha mãe, que sempre me apoiou na profissão de fotógrafo, por mais que a mesma nunca me desse uma certeza financeira.

O táxi parou em meu hotel, que ficava a alguns minutos da praia, dependendo do andar que eu ficaria eu poderia desfruta-la a distância. Quando entrei no hotel fui até a bancada e me identifiquei."Ótimo!", pensei quando recebi a notícia de que meu quarto ficaria no décimo primeiro andar, com uma bela vista para a praia. Subi as escadas com certa dificuldade por ter duas grandes malas em mãos, mas acho que minha ansiedade era maior do que qualquer obstáculo, incluindo aquelas escadas. Ao entrar no quarto, me deparei com algo simples e elegante. Era o clichê de sempre, uma cama acompanhada por dois criados-mudos. Havia uma cabeceira de madeira com um quadrado vermelho de veludo no meio, que contrastava com a cor das portas e janelas do quarto. Em frente a cama havia uma TV de mais ou menos quarenta e duas polegadas e uma poltrona meio avermelhada ao lado de uma das portas, a qual provavelmente daria na sacada. O quarto era extremamente confortável. Coloquei minhas malas em cima da cama, trataria de colocar minhas roupas no armário depois, e fui até a porta próxima a poltrona, abrindo-a e tendo a bela visão de Little Hunters Beach. Não era uma praia como as da Califórnia; a areia era substituída por pedras e ao invés de bares e outros tipos de lazeres, havia apenas árvores em sua orla. Realmente, aquele seria o cenário perfeito.

Após entrar em um conflito interno, decidi não ir a praia naquele dia. Eu ficaria em meu quarto, arrumaria minhas coisas e iria sair para jantar, assim, não teria preocupações quando fosse sair no dia seguinte. Assim o fiz, coloquei todas as minhas roupas no armário e estudei mais o quarto onde ficaria durante dois meses ou, dependendo de minha vontade, mais. Já havia escurecido quando terminei. A temperatura havia caído e logo meu corpo sentiu isso. Vesti-me e desci para o hall do hotel, saindo e andando pelas ruas. Haviam vários restaurantes, afinal, era como uma praia comum, com os restaurantes cercando as árvores que cercavam a orla. Minha indecisão me consumia quando um bar me chamou a atenção. Eu poderia ler seu nome há quilômetros de distância devido ao letreiro luminoso que anunciava a palavra "Borderline" escrita em negro e destacada pela forte luz vermelha alaranjada que nascia atrás da mesma. Curioso como sou, entrei.

O Borderline tinha a famosa pegada "bar californiano para badboys que curtem heavy metal". A música de fundo deixava isso ainda mais óbvio, sendo a mesma The Trooper, do Iron Maiden. Havia um balcão com várias garrafas de bebidas atrás do mesmo. Pelo o que pude perceber, haviam dois andares no bar, eu estava no superior onde ficava apenas o bar e no inferior eu pude ver algumas mesas de sinuca. Obviamente eu não jantaria naquela noite. No máximo pediria uma porção acompanhada de algum refrigerante no balcão, apesar de duvidar que tais itens seriam vendidos naquele bar. Me encostei no balcão e vi que a atendente se aproximou.

Memórias de Steve: O Garoto do Norte do PaísOnde histórias criam vida. Descubra agora