Capítulo Cinco (Maitê)

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Estava tendo um sonho maravilhoso onde enforcava aquele cafajeste, chamado Tadeu Altherr, com minhas próprias mãos quando sou acordada pelo toque de meu celular.

Sonolenta, percorro minha mão pelo criado mudo, derrubando algo no chão.

- Merda! - Praguejo, olhando para o chão e vendo meu celular andar pelo carpete por causa do vibracall. Alcanço-o e vejo que é número desconhecido. - Ótimo, era só o que me faltava! - Atendo a ligação. - Quem é o maldito que está me ligando a essa hora?

- Sabe que sua voz rouca de sono deixa meu pau totalmente duro, Ruivinha? - Ouço a voz do mesmo indivíduo que matava em sonhos alguns segundos atrás.

- Não acredito! - Exclamo, deitando de costas na cama e colocando minha mão livre em meu rosto.

Era só o que me faltava, Tadeu resolver me ligar aquela hora da noite para falar as merdas dele. Alguém tinha que trabalhar logo cedo!

- Acredite.

- O que você quer, Tadeu?

- Você!

Ai, que ódio! Ele realmente não cansa! Jogo meu celular na cama e o vejo pular e cair no chão.

Oh meu Deus! Vou até ele e o pego, respirando aliviada quando o vejo inteiro. Volto a colocá-lo no ouvido para ver se a ligação ainda continuava.

- Alô? Maitê?

- O cafajeste sabe pronunciar meu nome! - Digo, irônica, voltando a sentar na cama.

- Posso gemer o nome no seu ouvido se quiser.

Fecho os olhos com força, porque o tom que ele usou para dizer aquilo foi quase um gemido. E o imaginei aqui, agora, em minha cama, me penetrando, enquanto me chamava pelo nome antes de gozar.

Merda!

Percebo do outro lado da linha uma música e vozes.

- Que barulho é esse? Você está em um bar? - Como eu não tinha duvidado antes? A sua voz estava até um pouco arrastada. Só um cara bêbado para me ligar aquela hora da noite. Ou um dos caras que se apaixonaram por mim, mas não queria nada além que sexo.

- Estou, mas daqui a pouco estarei na sua casa.

- Como é? - Grito, incrédula.

De repente a chamada cai, fazendo aquele barulho irritante de "PI PI PI" .

- Não acredito! - Largo meu celular de volta no criado mudo e me jogo na cama.

Não, ele não iria vir para cá. Ele não sabia meu endereço e não sei como conseguiu meu número. Mas iria matar quem tivesse dado meu celular para ele.

Viro-me de lado e volto a me cobrir, tentando voltar a dormir.

Quando finalmente consigo pegar no sono, sou novamente acordada, mas agora pelo som da campainha.

Levanto em um pulo. Não, não pode ser!

Corro até a sala e me aproximo da porta.

- Ruivinha, abra essa porta!

Ele veio mesmo! Não acredito nisso!

Enquanto não abria a porta, ele continuava a tocar a campainha.

- Se não abrir, vou continuar a falar alto e apertar essa campainha, até que seus vizinhos acordem.

Olho pelo olho mágico o cafajeste sorrindo maliciosamente. E... Uau! Ele estava lindo!

Desejos IntensosOnde histórias criam vida. Descubra agora