Capítulo Dois (Tadeu)

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Eu não a deixaria em paz! Iria ter aquela ruivinha na minha cama. Afinal, já virou questão de honra! Tadeu Altherr ir sozinho para casa no final da noite? Isso só acontecia quando eu queria que acontecesse.

E não seria difícil localizar a minha bravinha, já que meu irmão estava namorando a melhor amiga dela, mas o melhor está por vir: Maitê trabalha na empresa de meu bruder, onde eu seria o vice presidente.

Na manhã de Domingo, levanto com uma ótima disposição.

– Bom dia, minha Maria! – Agarro Maria, que era a cozinheira da casa de meu irmão, por traz e beijo seu rosto.

– Meu menino Tadeu, você não tem jeito mesmo! – Dizia, enquanto terminava de colocar a mesa do café da manhã. O cheiro de bolo de chocolate, frutas, suco e pães estavam divinos.

– Quando vejo mulheres bonitas a minha frente, não consigo me conter, Maria, preciso logo tê-las nos meus braços. – Pisco para ela, enquanto sentava na cadeira e colocava suco em um copo.

– Mas você tome rumo nessa vida, Tadeu! – Dizia divertida, enquanto pegava meu rosto e beijava uma de minhas bochechas. – Irei ver se seu irmão já levantou. Ele pediu para que o chamasse quando você acordasse.

– Iiiiih... Lá vem bronca do meu "pairmão"?

– Por enquanto não. Coma em paz, meu menino. – E assim, Maria sai para chamar meu irmão.

Maria era uma mulher meiga e gentil, que estava com seus 52 anos, já tinha três netos e dois filhos e foi viúva muito cedo. É magra, de cabelos loiros platinados e parecia muito mais jovem, não condizia com a idade. Tratava Jonathan e eu como seus filhos. Ela sempre esteve ao lado de meu bruder, desde quando ele veio morar no Brasil. Ás vezes vinha visitá-lo e roubei uma parte de seu coração também, como ela me dizia.

Começo a comer uma fatia de seu bolo de chocolate, que reviro até os olhos de tão delicioso. Maria era uma cozinheira de mão cheia! Conseguia tornar uma comida simples em uma comida dos deuses.

– Maria, eu ainda vou me casar com você, só para poder comer sua comida todos os dias! – Grito de onde estava.

– Você se casar, meu irmão? Vai ser um pouco difícil! – Ouço a voz do John atrás de mim, até vê-lo se sentando ao meu lado na mesa. – Aliás... Um pouco difícil é muito otimismo da minha parte.

– Com a Maria eu caso, estou falando sério! Todos sabem que a técnica infalível para se pegar um homem, é pela barriga! – Retruco, mastigando outro pedaço do bolo.

– Que bom que gostou, Tadeuzinho! Mas tenho que arrumar algumas coisas lá na cozinha. Bom apetite. Qualquer coisa, gritem. – Maria some para dentro da cozinha.

– Como foi a noite, Tadeu? Fiquei preocupado! Não te vi o dia todo em casa.

– Olha, irmão, antes preciso fazer um comentário...

– Pois faça! – Jonathan me olhava, enquanto bebia um gole de suco de laranja.

– Nós estamos parecendo um casal gay! Você me falando isso e eu tendo que dar satisfação... Ai! – Sou interrompido por um tapa na nuca que Jonathan me dá.

– Desculpe, mas precisava fazer isso desde quando você chegou na minha empresa com o seu cachorro! – Diz, fingindo ar de aborrecimento.

Começo a rir ao lembrar de minha chegada épica com Joe, que neste momento estava dormindo tranquilo em cima do sofá da sala.

Assim que cheguei aqui no Brasil, era de manhã e decidi ir á empresa de meu irmão, encher o saco dele, afinal essa é uma das funções básicas de um irmão mais novo.

Desejos IntensosOnde histórias criam vida. Descubra agora