Luke estava sentado na sala da casa que o FBI havia arrumado para o garoto. No dia anterior havia visitado Calum que foi espancado por sua causa e agora o loiro se sentia a pior pessoa do mundo. Enquanto seus amigos corriam riscos ele estava protegido e seguro se envolvendo com o agente encarregado do seu caso, era tão errado.
Errado.
Injusto.
O garoto estava evitando Michael o máximo que possível, o que não era preciso muito esforço já que o agente estava afastado de Luke desde que voltara da maldita reunião, missão ou qualquer coisa que fosse que o loiro não sabia e pouco se interessava em saber. Clifford não conversava mais com o garoto e Luke nem conseguiu contar da mensagem de Joseph e nem sabia se contava. O que Michael poderia fazer? O agente e o FBI não tinham feito merda nenhuma até agora e por isso que os seus amigos estavam pagando pela incompetência deles.
Mas Luke não podia culpar Michael, ele fazia o máximo que podia e o que não era muito já que tinha que viver de babá do garoto, o que só o deixava pior. Ele segurava Michael, colocava seus amigos e familiares em perigo só causando problemas enquanto consigo não acontecia nada, era tudo extremamente injusto.
E agora ele causara mal pra um de seus melhores amigos, ele se sentia um monstro. Cal estava em uma cama de hospital, machucado e com dor e tudo por sua causa. O pior era o amigo ser tão compreensível com Luke e por mais que o garoto tivesse falado que o amigo não tinha culpa de nada, não era assim que ele se sentia.
Luke só sentia dor e culpa. Queria poder sair dali e viver sua vida como se nada tivesse acontecido, conversando com seus amigos, saindo, vendo sua namorada, comendo a comida de sua mãe, tudo normalmente e até mesmo sentia falta de estudar. Mas não era assim, não mais, e ele não sabia quanto tempo àquela tortura iria durar e também quem mais podia acabar sofrendo por um deslize dele.
Quem iria ser o próximo a pagar por uma burrice dele?
Era uma mistura de preocupação com culpa, raiva, tristeza e tantas outras coisas que era quase impossível guardar tudo dentro de si. Tanto que o loiro nem percebeu quando uma lagrima discreta escorreu por seu rosto, se perdendo em sua pele sendo acompanhada por outras e outras. Luke agora chorava de soluçar, sentindo ódio de Joseph e de si mesmo.
Ele era simplesmente patético, enquanto as pessoas corriam perigo ele estava ali em segurança máxima só por um maldito depoimento. Era ridículo aquilo, simplesmente ridículo.
Para descontar sua raiva Luke socou uma almofada ao seu lado, a jogando para o outro lado da sala que foi parar nos pés de um agente que estava ali parado sem falar nada apenas observando o seu protegido extravasar seus sentimentos.
Michael estava tão angustiado quanto Luke, queria poder fazer mais para ajudar o loiro, mas era praticamente impossível trancado ali. Romanoff praticamente cuidava do caso sozinho, porém o agente estava satisfeito com a sua missão de cuidar de Luke e talvez só assim fosse ter certeza da segurança do menor, por mais que ele não fosse um bom agente já que estava colocando seus sentimentos na frente da razão.
Luke limpou rápido as lagrimas quando viu Michael, não adiantando muito já que logo outras surgiram acabando com a tentativa falha do loiro de disfarçar. O agente se aproximou do garoto lentamente, se sentando ao seu lado do sofá. Nenhum sabia o que dizer e talvez nem fosse preciso.
Michael puxou Luke para si o aconchegando em seu peito envolvendo-o em seus braços fazendo o loiro desabar em lagrimas soluçando com força ali, aquele simples gesto era o bastante para o loiro que se sentia protegido no conforto daquele abraço, era assim que ele se sentia quando estava com Michael, seguro.
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Witness || Muke
Action"Olá senhor Hemmings, eu sou o agente Michael Clifford, e estou aqui para proteger o senhor custe o que custar, até mesmo minha vida."