9. Keep Calm

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Pov. Amber Moore

Ok. Concentra. Ele está ali, sentado no banco novamente, merda! Devo ir até lá? Respira, não esquece disso. Só vou passar na frente dele... Se ele me reconhecer, ótimo. Ta, não mudei muito nesses três anos, mas pintei meu cabelo de ruivo {mídia}. Mas com certeza ele vai lembrar de mim. Espero que sim...

Flávia, uma amiga minha, veio me pedir as anotações da aula de história, pois havia faltado. Droga. Depois de ter dado, voltei meu olhar ao banco... Justin não estava mais lá.

Obs: Lembrar de anotar no meu caderninho a leve raiva que estou sentindo da Flávia nesse momento.

Ela não tem culpa... Mas do mesmo jeito tem.

Me entenderam né?

Caminhei de cabeça baixa até o bebedouro que tinha no pátio, enchi minha garrafa e me virei voltando a andar normalmente. Não sei, mas algo me distraiu e olhei para meu lado esquerdo, vi o exato momento em que um cara, daqueles que jogam no time principal de futebol, derramou suco no trabalho de um carinha de óculos. Coitado. Ainda estava caminhando enquanto olhava e não percebi que algum ser estava a minha frente e acabei esbarrando no mesmo, derrubando meu caderno e espalhando as folhas soltas das anotações. Me abaixei rapidamente para tentar pegar tudo antes que voasse. Seja lá quem era, me ajudou... Não olhei para o rosto, mas o perfume era de deixar qualquer uma embriagada com tal fragrância de tão cheirosa que era. Inspirei bem aquele aroma doce e ao mesmo tempo forte, deixando minhas narinas impregnadas.

- Desculpe-me, sou muito desastrada. - Falei antes de me levantar e olhei para a pessoa que estava na minha frente, ainda abaixado. Dei de cara com olhos brilhantes e cor de mel. Analisei cada detalhe do rosto dele... Justin.

- Amber... - Me ajudou a levantar, eu ainda o encarava meio boquiaberta.

- Just... - Ele não me deixou completar a frase e me abraçou. Retribui e afundei meu rosto em sua nunca. Inalei novamente seu perfume... Não esqueceria jamais daquele cheiro.

Ficamos alguns silenciosos minutos ainda abraçados. Não era um silêncio constrangedor. Era aquele tipo de silêncio que fala o que mais de mil palavras não poderiam dizer, muito menos explicar. Senti meus olhos marejarem e não pude evitar que algumas lágrimas corressem por minhas bochechas.

Ele acariciou meu cabelo. Como meus pés começaram a doer por estar na ponta dos dedos para abraçá-lo, tive que desfazer o abraço. O olhei fixamente nos olhos, ele deu um sorriso de canto e secou minha bochecha delicadamente com o polegar. Em seguida, pôs a mão na lateral do meu rosto, enquanto com a outra que estava livre acariciava minha cintura.

Era quase que um transe, nos olhávamos, mas não fazíamos nada.

- Não sabe o quanto sofri longe de você... - Enfim, cortou o silêncio.

- Sabe quantas mensagens deixei na sua caixa postal antes de perder teu número? - Perguntei irritada.

- Sim, ouvi todas. Me desculpe por não atender. Achei que...

- Achou que se afastando completamente iria doer menos... - Completei.

Ele apenas assentiu com a cabeça e olhou seu relógio de pulso.

- Agora não é horário de aula pra você? Não quero atrapalhar seus estudos.

Tirei meu celular do bolso e olhei a tela de descanso, onde tinha as horas. Estava mais que atrasada para a aula de química.

Dei de ombros.

- Amber por favor, não perca aula por mim.

- Já perdi o sono, a fome e até as contas das vezes que me peguei pensando em você ou fazendo coisas relacionadas a você. Uma aula a mais ou uma aula a menos não vai fazer diferença pra mim agora.

Ele deu um riso fraco. Ainda bem que sabe que não pode me mandar fazer nada... Pelo menos isso ele não esqueceu.

- Seu cabelo ficou lindo assim.

Corei no mesmo instante e abaixei a cabeça com um sorriso no rosto, para fitar meus pés. Ele retirou uma mexa de cabelo que estava cobrindo meu olho e colocou de trás da minha orelha, o olhei. Segurou em meu queixo e aproximou nossos rostos. Podia sentir sua respiração calma. Logo seus lábios foram de encontro ao meu. O beijo foi calmo, mas como se pudesse ser o ultimo de nossas vidas, foi intenso, como uma chama. Aproveitei ao máximo do momento. Mordi o lábio inferior dele, soltando em seguida e nos separei, só o suficiente para voltar a olhar naquele mar caramelizado que tanto amava.

- Vai continuar na cidade?

- Sim, o tempo que for preciso. - Acariciou meu rosto.

- Tempo que for preciso para quê?

- Nada morena... Oh, minha morena que não é mais morena. - Riu nasalado. - Nada que importe agora.

- Mas...

- Shh, sem mas. Topa ir numa sorveteria?

- Aceito um, talvez dois sorvetes... De morango. - Ri.

Ele sorriu e segurou nossa mão, entrelaçando nossos dedos.

- Droga, esqueci que não tenho um carro aqui. - Bufou.

Revirei os olhos e tirei uma chave do bolso. A chave do meu bebê. Meu lindo carrinho. Estendi a mão e mostrei.

- Não acredito. Amber, como ainda te deixam dirigir por essa cidade? Isso é um crime!

- Idiota. - Dei vários tapas no braço dele.

- Eu dirijo, não queremos um acidente justo hoje, né?

Praticamente fui obrigada a rir, pois ele me fez cócegas enquanto nos dirigíamos ao meu carro.

Entramos nele, que estava no estacionamento do campus, e Justin dirigiu até a nossa soverteria de três anos atrás. Ele sabia melhor que ninguém o caminho que quase sempre percorríamos aos finais de tarde para nos divertir com nosso grupo.

N/A: Yaaaaaaaaaaaa, voltei. Espero que gostem do capítulo e ignorem os erros se houver, acabei de fazer e não deu tempo de corrigir. Enfim, aguardem o próximo capítulo amores. Xoxo

(Un) Breakable | Justin BieberOnde histórias criam vida. Descubra agora