7 (Parte narrada por Isis

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Meu cabelo loiro estava solto e ondulado, amava quando ele ficava assim, eu não gosto muito de maquiagem, maioria das vezes uso só um brilho labial e um lápis de olho claro - cor cinza - meus olhos verdes pareciam escurecer com a noite, mais estrelas faziam com que meus olhos ganhasse um pouco do brilho verde a noite. Ouço alguém bater a porta.

- Pode entrar!- Falei.

- Filha, o porteiro anunciou que tem alguém lá em baixo esperando por você. - Minha mãe dona Bárbara. Eu quando era criança pegava seus sapatos para poder ser igual a minha mãe, desejava ser ela quando eu me amadurecesse, agradeço por ter herdado a cor loira dos cabelos dela. Diferente de mim minha mãe tem olhos escuros. Puxei os olhos verdes mais de meu pai.

- Diga que eu já estou descendo mãe. - Falei, pegando meu celular e minha chave colocando na bolça.

- Sim, madame. - Falou minha ironicamente.

Após sair do meu quarto ao descer reparo meu pai lendo o jornal - Sr. Pedro, meu pai com seus cabelos pretos e com alguns fios brancos, seu olhos verdes que quase chegava a ser azuis - passei por ele dando um beijo em sua cabeça e dei tchau a dona Zilda a empregada da casa. Fechei a porta de casa e fui em direção ao elevador. Após chegar a portaria vi Noah com uma calça jeans escura e uma camisa preta, ele calçava um tênis da Nike preto e branco. Seus cabelos estavam molhados, mais com aquele estilo bagunçado que deixa qualquer garota - tanto nova como mais velha - ficar apaixonada por ele. As mulheres passavam e olhavam para ele com se fosse um deus grego. Ele me viu chegar, desligou o celular e sorriu acenando.

Eu estava ferrada, Noah basicamente era uma tentação, era a minha maça apetitosa e proibida do Éden.


(Parte narrada por Noah)

Isis vinha chegando, desligou o celular na cara do Mestre. Ela estava com um vestido florido, uma bolça branca, uma sapatilha branca Zaxy, seus olhos verdes pareciam ser castanhos com a noite. Dei um sorriso acenando para ela.

- Boa Noite madame. - Falei dando um beijo em seu rosto.

- Boa noite senhor heroico. - Ela sorriu - Estar melhor mesmo depois de ontem?

- Sim, melhor agora. - Pisquei.

- Não ache que essa cantada barata é boa, porque foi péssima.

- Que pena. - Abro a porta para ela entrar no carro - Vou tentar achar uma mais cara. - Pisquei, cara que piada mais merda.

- Foi uma merda piada. - Ela riu.

- Também achei. - Passei pela frente do carro, abri a porta para mim, entrei fechando a porta - Gosta de Karaoke?

- Depende de quem canta!

- Ótimo, você vai gostar do lugar que eu vou te levar. - Sorri maliciosamente.

Após algumas horas no transito chegamos no Star Burguer. Sai do carro abrindo a porta do carro novamente. Isis sai rindo da minha atitude. Segui ela até a entrada da porta da lanchonete, achamos um lugar para sentar. Isis pediu licença para ir no banheiro. Aproveitei e pegar o celular dela para tirar o rastreador que o Mestre colocou no celular um dia desse. Falando nisso ele vai ter que me explicar isso direito. Isis voltou e sentou ao meu lado.

- Então. - Eu olhava diretamente em seus olhos.

- Então o que?

- Gostou do lugar?

- É lega, bem movimentado. É interessante. - Sorri. As batatinhas havia chegado.

- Tenho uma surpresa para você!

- Qual? - Ela falou tentando engoli uma das batatas.

- Se contar não é mais surpresa.

Fui em direção ao violão que estava em cima do palco, peguei um banquinho e comecei a mim relembra as minhas aulas de violão, comecei então a tocar minha música preferida. Man Down.

Quando comecei a cantar percebi o rosto de Isis mudar por um modo que não acreditava no que eu estava fazendo. As pessoas pararam de conversar e começaram a dançar a música conhecida de The Éden Project. Isis sorria para mim, soltei um piscadela para ela. Após terminar de cantar. Desci do palco e fui em direção a ela, e cochichei em seu ouvido. ''Vamos sai daqui.'' Ela pegou a bolça.

- Vamos pra onde?

- Sair por aí. - Ela sorriu.

- Caramba você canta muito.

- Obrigado. Amo cantar e tocar meu violão. São as coisas mais importante desde que perdi a minha mãe. - Percebi no que estava fazendo depois, eu não podia trocar o emocional pelo meu trabalho, mudei de assunto - Amo violões.

- Percebe-se. - Ela fica em silêncio - Sinto muito pela sua mãe.

- Não precisa senti, não foi culpa sua. - Pisquei. Ela sorriu.

Passamos por uma floricultura, roubei uma rosa branca sem a dona da floricultura e Isis perceber. Segurei sua mão. Entreguei a rosa, ela cheirou a rosa sorriu.

- Como você sabe que eu amo rosas brancas?

- Você lembra elas. Puras e qualquer mancha pode ser percebida.

- Uma boa explicação.

- Sim.

Havia umas pessoas tocando alguns instrumentos, levei Isis a onde eles estavam, puxei-a para dançar, minhas passaram por suas costas, percebia-se a cor de seus olhos verdes com as luzes que iluminava a rua, sua boca brilhava por conta do seu brilho labial, e chamava a minha atenção. Beijei-a. Um beijo leve, doce, calmo, um pouco quente. Um beijo que eu percebi que ela se entregou.


(Parte narrada por Isis)

Eu estava me entregando aquele beijo. Noah me beijava calmamente, um beijo bom, que pedia mais. Eu me sentia cuidada em seus braços, em me sentia leve com seu cheiro, eu me sentia eu em seus braços. Quando Noah afastou seus lábios de mim foi como se a marca de seu beijo marcasse meus lábios e ele sentisse falta. Quando saio do transe de seu encanto percebo que havia mais gente na rua. Ficamos em alguns segundos em silêncio quando a música terminou.

- Não foi minha intenção, espero...

- Não, não precisa pedi desculpas.

- Acho que eu... acabei...

- Acho que nós dois nos entregamos. - Ele sorriu.

- Sim.

Ele ligou o carro e fomos direto para minha casa, já era um pouco tarde, Noah ligou o som e estava tocando Gold, minha música preferida de Imagine Dragons. Comecei a cantar, Noah riu e ele começou a cantar comigo. Quando chegamos em minha casa peguei minha rosa e minha bolça. Abri a porta.

- Boa Noite.

- Boa. - Sorri - E obrigada pela rosa.

- De nada. - Ele piscou - Até amanhã!

- Até. - Pisquei.


(Noah)

Liguei o som, olhei para a lua, estava brilhando junto com as estrelas.

- Caiu como uma patinha. - Aumentei o som na música Sail.


Love a bad AngelOnde histórias criam vida. Descubra agora