Capitulo 13

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Os olhos encarnados da tal figura faz-me ter ainda mais certezas do meu pressentimento.

- Demónio.- sussurro.

Simon arregala os olhos ao ouvir a palavra que sai da minha boca.

- A sério? Não temos mesmo sorte nenhuma.- diz frustrado fazendo-me olhar para ele incrédula.

- A sério digo eu!! Temos um demónio á nossa frente que o mais provável é querer matar-nos e tu falas como se não tivéssemos ganhado a lotaria.

Ás vezes só me apetece bater-lhe com um poste na cabeça. Desvio o meu olhar de Simon para ver o demónio a caminhar até mim, olhando-me fixamente.

- Filha de Valentine!!- diz com a sua voz sibilante- Finalmente te encontrei!!- diz aproximando-se cada vez mais de mim.

-O que é que tu queres de mim?- questiono recuando para trás.

-Eu? Nada, apenas estou a seguir ordens.

- Ordens de quem? O que é que essa pessoa quer de mim?- questiono com a minha voz firme.

- Para saberes isso terás de vir comigo.- diz parando a poucos metros.

-E se eu não quiser ir?

Ele mostra-me o que me parece um sorriso maligno.

- Ou vens a bem... ou vens a mal.

Olho para o Simon fazendo um sinal para ele se esconder. A princípio ele fica resultante com o meu pedido mas acaba por ceder.

- Acho que vou escolher a segunda opção.

Mal acabo de falar ele atira-se para cima de mim mas eu consigo desviar-me a tempo, fazendo-o ir contra um poste. Ainda bem que esta espécie de demónio não é muito boa a lutar senão não sei como é que me vou conseguir safar desta. Ele volta a dirigir-se para mim mas desta vez com os seus tentáculos no ar. Bolas!! Porque é que não me lembrei hoje de trazer uma lâmina seráfica? Parece mesmo que a sorte me odeia.

Tento escapar dos seus tentáculos ao fazer um salto mortal mas ele apanha-me a meio do processo fazendo-me cair no chão. Tento livrar-me dele mas ele aperta-me ainda mais as pernas com o seu tentáculo. Gritos de dor saem da minha boca enquanto ele aperta-me cada vez mais.

- Clary!!- ouço o grito de Simon.

Abro os olhos que até este momento estavam fechados para ver o meu melhor amigo a sair do seu esconderijo para me ajudar. O seu grito atrai a atenção do demónio que eleva o seu olhar até ele. O seu outro tentáculo vai parar ao pescoço de Simon. Simon bem tenta mordê-lo mas isso ainda é pior.

Olho á minha volta a ver se descubro uma arma que possa usar para me livrar deste monstro. Junto a um caixote do lixo encontro um ferro afiado. Luto contra a dor que sinto nas minhas pernas e estico a mão para agarra-lo. Já com o ferro na minha mão consigo cortar o tentáculo que me prendia. Levanto-me e corto também o tentáculo que prendia Simon fazendo-o cair no chão a tentar recuperar o fôlego.

O demónio começa a imitar um som diferente do que ouvimos antes fazendo-me arregalar os olhos. Ele ataca-me mas eu consigo desviar-me fazendo um salto mortal. No meio do salto consigo espetar o ferro na sua cabeça perfurando o seu cérebro. Aterro no chão e esfaqueio o seu coração fazendo-o parar de imitar o som. Ele cai no chão sem vida, cheio de sangue. Largo o ferro no chão que faz um ruído metálico quando cai e vou a correr até Simon.

- Simon? Estás bem?- questiono olhando para a sua cara pálida.

- Sim, estou bem.- diz levantando-se.

-Ótimos, vamos temos de correr até minha casa.- puxo a manga do seu casaco e começamos a correr.

Corro com todas as minhas forças mas as nódoas negras e as feridas que tenho nas pernas devido ao demónio dificultam um pouco o processo. Mas mesmo assim não paro.

- O demónio está morto, não precisamos de fugir.- diz no meio do percurso.

- Aquele demónio era um demónio Súcubo. É usado para seguir pistas, rastos de humanos ou habitantes do mundo- á- parte. É um demónio muito poderoso antes de um Demónio Maior. Para nossa sorte não é muito bom lutador.

- Não é muito bom lutador? Só podes estar gozar comigo.- resmunga.- Mas o que é que isso tem a haver de fugirmos?

- Aqueles demónios raramente andam sozinhos. Aquele som que ele emitiu quando eu te salvei...- tento recuperar o fôlego- Ele estava a pedir ajuda, estava a chamar o seu grupo. E se alguém está á minha procura é provável que não venha só um grupo de demónios Súcubos.

Consigo finalmente avistar a minha rua. Ainda bem acho que as minhas pernas já não aguentavam muito mais. Enquanto subimos as escadas do apartamento até á minha porta eu aproveito e tiro as chaves de casa do bolso. Abro a porta e tranco-a depois de Simon entrar em casa. Vejo Simon a espreitar pela janela.

- Acho que os despistámos.- olha para mim.

- Por enquanto.- completo.- Mas sim, por enquanto estamos seguros aqui.

- Seguros de quê?- questiona uma voz masculina que eu logo reconheci.

Olhei para o hall que dava para os quartos onde neste momento se encontrava a minha mãe com um robe vestido e Luke com o seu pijama (uma camisola de manga curta preta e umas calças de fato de treino cinzentas).

Ambos os seus olhares demonstravam preocupação ao olharem para as minhas roupas repletas de sangue e para as minhas pernas com nódoas negras e feridas.

- Podem nos explicar o que é que aconteceu?- questiona a minha mãe.

Eu apenas olho para Simon com um olhar que dizia:

Estamos feitos.

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Espero que tenham gostado do capítulo!! Desculpem se a parte da luta não ficou muito bem, mas é a primeira vez que escrevo partes de luta.

Votem e comentem please!!

Até ao próximo capítulo :-)

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