Capítulo 38

106 6 2
                                    

Felizmente a minha mãe não desconfiou de nada o que é uma coisa boa. Depois de jantarmos em família com a presença do Simon, a minha mãe e Luke sentaram-se no sofá da sala a ver o programa de televisão que eles tanto gostam. Simon e eu fomos para o meu quarto a tentar fazer tempo para que eles ficassem cansados e fossem dormir. Simon foi-se embora entretanto para não dar muito nas vistas e eu permaneci no meu quarto á espera. Passado uma hora e meia, a minha mãe e Luke avisam que já vão para a cama e desejam-me uma boa noite. Agarro numa mochila velha e meto lá dentro todas as coisas que vou precisar para a minha "missão". Coloco uma garrafa de água, as escamas de demónio que encontrei, o Codex dos Caçadores de Sombras que Jace me deu e umas lâminas seráficas, deixando uma de parte para pôr nos cos das minhas calças. Espero mais alguns minutos e saio do meu quarto cuidadosamente e lentamente, tentando fazer o mínimo barulho possível. Abro a porta do quarto da minha mãe e Luke e encontro-os já num sono profundo, exatamente como eu esperava. Não coloquei uns calmantes nas suas bebidas antes de ir para a cama ao acaso. Fecho a porta com cuidado e volto para o meu quarto em pezinhos de lã. Fecho a porta do meu quarto e com a estela desenho uma runa na porta para a manter trancada. Vale mais prevenir do que remediar. Visto um casaco quente com capuz, coloco a mochila ás costas, a estela no bolso, desligo a luz do quarto e estou pronta para sair. Abro a janela e faço o mesmo procedimento que fiz de manhã, mas desta vez com mais cuidado. Ainda bem que para prevenir, desenhei no meu antebraço uma runa de silêncio.

Já com os pés assentes no chão, vou ter com Simon ao nosso ponto de encontro, o beco perto de minha casa. Ao chegar lá, encontro-o sentado num canto, o máximo afastado do local onde a rapariga foi colocada depois de assassinada. Eu ver-me, ele levanta-se de um salto e caminha ao meu lado.

- Ok, são neste preciso momento 23 horas, temos de voltar para casa no máximo por volta das 4 mas acho que nos dá tempo para explorar tudo.- digo enquanto caminhamos pelas ruas desertas.

Simon concorda com a cabeça.

- E onde é que vamos exatamente começar a procurar?- olha para mim e eu faço um sorriso divertido.

- Na escola, onde é que havia de ser? - ele olha para mim com os olhos arregalados.

- O quê? Isso é impossível!! Como é que nós vamos passar pelos guardas?

- Relaxa, eu trato disso.

(...)

O estabelecimento escolar aparece á nossa frente e eu mando Simon esperar aqui fora por mim. Coloco o capuz na cabeça e dirijo-me ás grades da escola cobertas por árvores, tapando assim a visão de qualquer pessoa que se encontre dentro do edifício. Salto para o outro lado e escondo-me perto de um arbusto gigante onde tenho uma boa perspetiva da cabine onde se encontra um dos guardas e as câmaras de segurança. Pego na estela e faço rapidamente no meu pulso uma runa de invisibilidade. Será mais fácil assim cumprir o meu plano. Saio de trás dos arbustos e caminho naturalmente até á cabine. Simon ao ver-me começa logo a abanar excessivamente os braços e a cabeça mas eu faço-lhe um sinal para ele se acalmar. Entro dentro da cabine e o guarda não dá conta de nada. Pelo o que sei da segurança da escola desde que ando cá, só existem 3 guardas e o guarda na cabine é o mais importante de todos já que tem o controlo absoluto ás camaras de segurança. Coloco uma grande quantidade de calmantes na sua chávena de café. Olho para as câmaras de segurança á procura dos outros dois guardas: um está no pavilhão onde se localiza o bar e o outro encontra-se a ver o pavilhão onde se encontra o laboratório. Como é que eu vou me livrar deles? Assusto-me quando deteto movimento atrás de mim. Olho para trás, mesmo a tempo de ver o guarda a dar um grande gole na sua bebida. Encosta-se confortavelmente na cadeira e passado alguns minutos começa a dormir. Um já foi, só faltam mais dois.

WarriorOnde histórias criam vida. Descubra agora