Um racadinho rápido : abram a imagem se quiserem ter uma idéia melhor de como a Luciana é segundo a minha imaginação.
- Cafajeste! - ela foi em direção ao quarto mas parou quando ouviu um barulho lá fora.
Tem alguém aqui. O pânico a invadiu por completo. Alguns segundos depois ela ouviu a porta da cozinha se abrindo. Ela estava desorientada, tonta - se era da bebida ou de medo, ela não sabia. Passou a mão em um vaso que ficava na estante ao pé da escada e se preparou.
Se for um bandido , provavelmente vou morrer. Mas ele não vai sair ileso! Mas e se...
- Luce! - Scott gritou entrando na sala escura - Ohh! - ele olhou para suas mãos prontas para arremessarem o vaso - O que você está fazendo com esse vaso na mão? - olhou para seu rosto e levantou as mãos para cima calmamente - Por que não põe isso no lugar, Luce?
- Achei que era outra pessoa - ela abaixou as mãos, mas ainda segurando o vaso.
- Luce, o que você viu...
- Você sendo você? Um canalha que trai a namorada, diz para a outra que gosta dela e pega a primeira vagabunda que aparece na sua frente?
- Luce , não foi o que você está pensando.
- Ah! Então eu não enxerguei direito quando vi você enfiando essa sua língua na boca daquela garota?! Está dizendo que sou cega?
- Você também não tem direito nenhum de falar nada! PAGA DE MORALISTA , MAS NÃO PENSOU DUAS VEZES ANTES DE DEIXAR O HARRY ENFIAR A LÍNGUA DELE NA SUA BOCA!!!
- O QUE EU FAÇO OU NÃO , NÃO TE DIZ RESPEITO! SOU UMA MULHER DESEMPEDIDA, FAÇO O QUE EU QUISER! E SABE O QUE MAIS? DEIXARIA DE NOVO, COM PRAZER, ELE FAZER MUITO MAIS QUE ISSO!
- Eu não acredito que você está me dizendo isso!
- Por que? Só você poder fazer esse tipo de coisa?
- Você é mulher tem que se dar ao respeito!
- E ainda por cima é machista! Me fazer um favor , Scott, cala essa sua boca!
- Não sou machista , sou realista. O que as pessoas vão pensar se te ouvirem falando essas coisas? - ele gritou - VÃO TE CHAMAR DE VAGABUNDA!!
- É ISSO QUE VOCÊ PENSA QUE EU SOU?? UMA VAGABUNDA ?
- Não foi isso que eu disse, eu falei que se ouvirem vo...
- Vai para o inferno , Scott! !- ela jogou o vaso nele, que desviou , fazendo com que o vaso batesse na parede e partisse em milhares de pedaços.
- VOCÊ FICOU MALUCA , FOI? PODIA TER ME ACERTADO!!! - gritou!
- MALUCA EU FIQUEI QUANDO COMECEI A GOSTAR DE VOCÊ! - ela pegou um livro e arremessou nele.
- O que você disse?
- EU DISSE QUE EU FUI UMA MALUCA QUANDO COMECEI A GOSTAR DE VOCÊ! EU GOSTO DE VOCÊ, PORRA! E VOCÊ NÃO PRESTA!
- Luce...
Ela tentou ir para as escadas , que estavam logo atrás dela, mas no meio do caminho sentiu que o chão não estava mais em baixo de seus pés. Desorientada , se apoiou na parede para se equilibrar.
- Luce ! - ele se aproximou dela e pôs a mão em seu ombro - Você não está bem. Você está bêbada! - disse quando sentiu o cheiro de álcool que vinha de sua boca.
- Sai! - ela foi para o outro lado da sala, tentando se desvencilhar de sua mão.
Ela acabou tropeçando na ponta do tapete e enquanto ia em direção ao chão tentou amortecer a queda colocando a mão em frente ao corpo para apoiar-se.
- Ai!
- Luce - Scott correu em sua direção .
- Eu estou bem - disse enquanto tentava se levantar - Ai...
- Você está sangrando - pegando a mão em que ela tinha se cortado com um dos cacos do vaso que jogara em Scott - É melhor fazer um curativo nesse corte.
- Pega minha bolsa preta, em cima do criado mudo do meu quarto. Tem um kit de socorro nela. Anda logo Scott!
- Já volto .
Ele voou pela escada , entrou no quarto e foi até o criado para pegar a bolsa.
- Onde está? Não está onde ela falou! Ah! Esta ali - pegou e desceu correndo.
Quando chegou na sala, ajudou Luce a levantar-se e ir até a cozinhar. Onde a encostou na pia , pegando sua mão e abrindo a torneira.
- Isso arde!
- Deixa de frescura Luce. Eu preciso lavar antes de fazer o curativo, ou você quer que isso inflame?
- Não. Pode continuar .
- Eu não sou nenhum profissional nem nada, mas acho que não vai precisar dar ponto - disse enquanto segurava sua mão - Se você mantiver o curativo limpo vai melhorar logo. Só vai precisar passar um anti-inflamatório.
Ele pegou a bolsa e tirou um spray de remédio lá de dentro. Espirrou na mão de Luce e depois infaixou com cuidado. O corte tinha uns quatro centímetros na palma de sua mão, mas não era um corte profundo, apenas superficial.
- Pronto.
- Obrigada.
- De nada. Agora se eu fosse você , tomava um banho gelado para ver se essa ressaca passa.
- Eu não estou bêbada. Só um pouco tonta - fez um biquinho de menina contrariada.
- Você está bêbada sim, Luce. Até jogou um jarro na minha cabeça!
Ela olhou para ele com ar de arrependida.
- Desculpe.
- Tudo bem, eu mereci aquilo.
- É, com certeza você mereceu aquilo por ter sido um idiota.
- Você não consegue ficar cinco minutos sem me chamar de idiota?
- Eu não tenho culpa se você é um.
- É, mas não precisa me lembrar toda hora. Agora vem - passou o braço dela por seu ombro e começou a andar.
- Eu consigo ir sozinha.
- Aham. Daí cai da escada e quebra o pescoço e eu ainda vou ser processado por tentativa de homicídio.
- Mas se isso acontecer, eu vou ter caído sozinha. Não tem porquê te processarem.
- Será a minha palavra contra a deles. E minhas digitais estão no seu corpo, além do fato de você estar cortada e a sala cheia de cacos de vidro.
- Realmente, as evidências estarão contra você - chegaram na porta do quarto de Luce.
- Hum - ele abriu a porta e entrou com ela - agora dorme , Luce. De manhã você já vai estar melhor. Se acordar passando mal me chama, sei de uma receita infalível para curar ressaca.
Ele deu um beijo em sua testa e saiu fechando a porta. Luce estava zonza quando deitou em sua cama. Não demorou a dormir.
Algumas horas depois ela acordou enjoada e correu para o banheiro. Vomitou. Vomitou e vomitou de novo. Maldita seja aquela tequila que eu bebi! Senhor , eu preciso para de beber tanto assim. Ela abriu o chuveiro, tirou a roupa e entrou debaixo da água gelada.
- Ahh tá frio! Tá frio! - ela deu um gritinho.
Depois de alguns segundos a porta do banheiro se abriu abruptamente.
- Luce! Eu escutei um grito!! Você está bem?
- Scott! - ela tentou se cobrir com as mãos sem muito sucesso.
Ele percebeu o que estava acontecendo e colocou a mão sobre os olhos.
- Me desculpa! Eu pensei que você estava passando mal!
- Mas eu estava, por isso entrei na água!
- Entendi - ele a observou por entre os dedos.
- Scott! - ela jogou água nele.
- O quê?
- Sai daqui!
- Ah , ok. Desculpa - virou e saiu do banheiro, mas não antes de olha-la mais uma vez.
Luce desligou o chuveiro , quando foi pegar a toalha lembrou que quando correu para o banheiro não tinha pegado nada.
- Merda!
Ela se enxugou com a toalha de mão , e jogou-a no cesto de roupa suja. O vestido que estava usando antes também estava todo sujo , assim como o banheiro. Da próxima vez tenho que me lembrar de tentar não sujar minha roupa! Ela foi até a porta, abriu um pouco olhou para fora.
- Scott?
- Que foi? - ele gritou do quarto.
- Faz um favor?
- Qual? - ele saiu na porta do quarto.
- Pega uma toalha para mim?
Ele foi até o quarto de Luce.
- A vermelha ou a rosa? - ele perguntou.
- A rosa, a vermelha é de cabelo.
- Tem isso ainda? - ele disse quando chegou na porta do banheiro.
- Tem.
Ela pegou a toalha que ele estendia e encostou a porta. Se enrolou nela e saiu. Scott estava esperando do lado de fora.
- Você está melhor?
- Acho que sim.
- Obrigada por me assustar assim às 3:40 da madrugada. Nem me deixou dormir.
- Por nada, quando precisar estou as ordens.
Scott virou-se e foi para o quarto dando risada. Luce também entrou no dela. Mas parou assim que a porta se fechou. Ah quer saber? Foda-se!!
Ela abrir a porta e foi andando até o quarto de Scott, pensou em bater na porta, mas decidiu entrar assim mesmo. Estava escuro lá dentro. Ela fechou a porta devagar.
- Luce? - ele estava deitado, de costas, levantou a cabeça e olhou para ela - O que você está fazendo aqui?
Ela andou até a beira da cama e parou. Deixou a toalha cair , subiu na cama e passou as pernas por cima de Scott.
- Luce...
─ Pshh.. Não fale. Só me abrace e segure com muita força.
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Fugitivos da Lua
Любовные романыE como explicar algo que apenas pode ser sentido? De repente Luciana viu sua vida mudar em um piscar de olhos. Ela se mudou de São Paulo para Londres e conheceu ele... Foi como ser atingida por um raio. Teve a sensação de que eram feitos um par...