Capitulo seis

115 9 1
                                    

  

 

 

 

          Enquanto caminhavam para casa conversaram sobre algumas coisas, uma delas foi Scott.

– Você e o Scott? –ele perguntou.

– O que é quem tem?

– Vocês tiveram alguma coisa? Naquele dia lá em casa, me desculpe por aquilo. Vivo dizendo que meu irmão mais novo é um idiota, mas às vezes faço igual. Enfim, aquele dia, percebi uma tensão entre vocês.

– Nós não tivemos nada. E, realmente seu irmão é um idiota, por isso que não nos damos muito bem. E a respeito de você, relaxa, a primeira impressão nem sempre é a que fica.

– Que bom, eu não queria que você pensasse que sou um completo idiota.

          Uma leve brisa, dessas que anunciam as tempestades do inicio de primavera, passou por eles, deixando Luce arrepiada. O inverno tinha terminado há alguns dias, a maior parte da neve já tinha derretido, então ela acabou saindo somente com uma blusa fina. Bonita, ela pensou, mas definitivamente não é eficiente quando se trata de frio.

– Toma – ele tirou o casaco e estendeu para ela.

– Não precisa, serio.

– Claro que precisa, o tempo aqui muda muito rápido, principalmente essa época – pois a blusa sobre seus ombros.

– Obrigada.

         Depois de mais alguns minutos andando, agora em silêncio, pararam em frente a casa de Luce.

– Está entregue, boa noite.

– seu casaco!

– Depois você me devolve.

         Ela ficou ali por alguns segundos até se lembrar de que precisava entrar.

         É impressionante  como às vezes o destino coloca pessoas erradas no nosso caminho, e depois a vida vai lá e dá um jeito de consertar tudo, nos apresentando outras melhores. Vai abrindo novos caminho, nos dando novas escolhas.

         Basicamente, a vida te dá uma porrada, depois vai lá e te beija. Simples assim.

         Era mais ou menos assim que ela se sentia. A vida lhe tinha dado uma porrada no estômago quando pois Scott no seu caminho, mas lhe deu um beijo suave ao apresentar Lois a ela. E agora Steven.

         Mesmo assim, não era fácil convencer a cabeça – quem dirá o coração – a esquecê-lo. Ela podia até dizer que estava bem, parecer bem, mas era só ele aparecer que as coisas ficavam loucas. Atrapalhadas. Confusas. E foi isso que ela sentiu quando steven tocou no nome dele. Ela lutou contra si mesma para não demonstrar  o que realmente sentia.

– Não é por nada, mas ultimamente você está mais rodada que frango de padaria, Luce – disse Beatriz enquanto entrava no quarto.

– Em primeiro lugar, não sei do que você está falando, em segundo, quem deixou você entrar?

– Ah sabe sim. Vive por aí suspirando pelo Scott, está sempre na casa desse tal de Lois que ninguém conhece. Pegou o outro que eu nem sei o nome, lá no colégio. E agora esse que te deixou em casa?

– Eu não vivo suspirando pelo Scott! E o que você está fazendo no meu quarto?

– Viu como eu tenho razão? Eu praticamente te chamei de galinha e a única parte que você prestou atenção foi quando falei que você suspirava pelo Scott.

Fugitivos da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora