Capítulo 2

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                        ALEXANDRE

Já estou atrasado. Corro para a sala de aula, sem olhar para trás, não me posso atrasar logo no primeiro dia.
Na porta vejo o número 308, aleluia e esta a sala. Bato a porta e entro ao mesmo tempo.

"Professor meu nome e Alexandre, desculpe o atraso, e o meu primeiro dia" digo esforçando me, para que ele tenha alguma compaixão.

" Bem vindo Alexandre! Eu chamo me José! Senta te! Não perdes te muita coisa, mas que não se repita!"
Ele diz me em um tom suave, já estou a gostar dele.

Quando olho a minha volta, para ver os meus colegas de turma, algo me chama atençao.
Sentada no fundo da sala, está uma miúda que tem o cabelo da cor de um semáforo, quem usa o cabelo daquela cor? Ela levanta os olhos na minha direção, e nosso ohar se encontra, e imediatamente fico de pau duro como? que raio se passou comigo? Sorrio para ela sem jeito, tentando que ninguém repare no aumento de volume nas minhas calças. Ela não retribui o sorriso, e virá me a cara. Já percebi deve ser daquelas mealeiras com a mania, e que raio se passa comigo que este tesão não passa , tenho que para de olhar para ela, se não vou me dar mal.
Enquanto isso procuro lugar na sala , só pode ser brincadeira o único lugar vazio e ao lado dela.

"Alexandre vai demorar muito? Não temos o dia todo para esperar pelo senhor!"
o professor me diz, com um tom impaciente e a sala ecoa as gargalhadas dos meus colegas.

"Professor não tenho lugar!"
tento parecer inocente, como se não tivesse visto a cadeira ao lado dela vazia, na esperança, que o professor me arranje outro lugar.

"Alexandre, acho que tem um lugarzinho ao lado da Francisca!"
diz ele apontando para ela, a sério vou mesmo ter que ir para lá?

"Mas professor..." digo

" Mas o que Alexandre? E o único lugar vazio, e além disso Francisca não morde pois não?"
Ele diz olhando para ela. Ela leva a caneta a boca e chupa a Ponta, sinto um arrepio -puta que pariu vou me dar mal- afasto de imediato esse pensamento. A menina tem cara de problema. Ela esboça o que me parece um sorriso, ou sou só eu a imaginar. Vou na direção dela, e me sento ao seu lado.

"Olá! Sou Alexandre!"
Digo quando me sento ao seu lado esticando-lhe a mão, ela simplesmente me ignora e me deixa com a mão pendurada, reviro os olhos e ignoro-quem ela pensa que e? Menina metida a besta..

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