Alexandre
"Alexandre?" acordo com a voz de Mary.
"Sim?" digo ainda ensonado, e ela entra no quaro, e se senta aos pés da cama.
"Tudo bem?" ela pergunta.
"Sim, está tudo bem!" digo mas ela me encara
"Que fooooi????" pergunto.
"Tens a certeza que está tudo bem?" ela pergunta mais uma vez.
"Sim outra vez... Esta tudo bem!" eu repito.
"A minha mãe... Ahhh... Sabes como ela é... Está preocupada contigo" Ela diz a minha tia contou-lhe a cena Que fiz.
"Diz de uma uma vez, vá lá" bufo.
"Tu gostas dela?" ela pergunta a descarada.
"Não sei!" sou sincero.
"Tu ias apanhar, para A defender?" ela pergunta.
"Sim ia, e ia dar cabo daquele anormal, por estar a magoar-lá, se ela não se coloca-se a minha frente, eu tinha acabado com ele!" digo-lhe, ela está a olhar para mim, com os olhos arregalados.
"Então é mesmo verdade!" ela diz.
"E verdade o que?" pergunto sem entender.
"Estas apaixonado!" ela diz.
"Não estou não, só não sei o que se passa comigo!" digo.
"Estas sim primo, e nítido, e ela também!" eu a encaro, ela também o que?
"Ela também o que?" pergunto.
"Já acordas-te? E que dá ideia que não. Ela também está apaixonada por ti, Kika não é de demonstrar muitos os sentimentos dela..." ela diz olhando para os dedos e então continua "devias ver o brilho nos olhos dela, quando alguém fala o teu nome!" ela me diz. Será? será que também sente isto que eu sinto? E muito estranho, sempre a vi como uma durona.
"Acho que não, não temos muito haver um com o outro!" eu respondo.
"Ah Ah Ah" ela ri na minha cara, qual é a piada, e então diz
"E eu tenho? No entanto dava a minha vida por ela!" ela diz exatamente, o que a minha tia falou.
"A tua mãe disse o mesmo" suspiro.
"Vês e porque tenho razão" ela diz.
Meu telemóvel toca, pego nele , é uma msg da Francisca, nela diz:
"Vou ter alta, anda tu, buscar-me!"
Sem que me aperceba, sorrio.
"E ela não é?" Mary pergunta, virando o telemóvel para ela, mostro -lhe a msg.
"Que traidora, fui trocada por uma pila!!!!" ela diz e caímos os dois na gargalhada.
"Acho que me vou vestir comer alguma coisa, e então vou buscar-lá, não te importas?" pergunto-lhe.
"Não, só quero que sejam felizes!" ela diz, levanto-me e dou um beijo na sua testa.
"Prima não vamos casar!" digo-lhe.
"Isso dizes tu..." ela me dá um sorriso.
"Sai daqui, vou me vestir" digo, enquanto a empurro porta fora.
"Aiiii... Que chato, também gosto muito de ti!" ela diz de maneira trocista. Fecho a porta, abro o guarda roupa, pego umas calças ganga escura, e uma camisa preta.
Vou até a casa de banho, coloco um pouco de gel no cabelo, para mantê-lo no sitio, um pouco de perfume, estou pronto.
Desco as escadas duas as duas, para chegar ao fim rapido.
Entro na cozinha Mary e a mãe, estão sentadas na mesa da cozinha a almoçar.
"Senta querido, come alguma coisa!" ela diz, colocando um prato a minha frente.
"Tia posso pedir só a Conçeiçao para me fazer uma sanduíche, para comer pelo caminho?" pergunto. Conceição e a empregada da minha tia, está sempre cá.
"Claro querido, mas preferia que comesses COMIDA!" ela diz.
"Tia tenho presa" digo.
"Para ir buscar a Francisca, eu sei!" olho para as duas, elas sorriem.
"Vocês não guardam segredos uma da outra?" pergunto.
"Não!" respondem ao mesmo tempo, e riem. Peço a Conceição a minha sanduíche, que ela prepara em tempo recorde.
Entro no carro, olho para o relógio já são quase 15h. Dou início a marcha, e conduzo o mais rápido que consigo.
Alguns quilômetro a frente, vejo que começa a formar-se trânsito, vejo uma ambulância ao longe, a só me faltava apanhar um acidente. Dou a volta, e sei que vou demorar mais um pouco a chegar ao hospital, mas tem que ser se não nunca mais chego. Conduzo estrada fora, até que ao longe vejo uma florista de rua. Sem pensar muito, paro o carro, dirigo-me a ela e peço um ramo de Rosas Brancas.
"Quer que coloque algum cartão, senhor? Ela pergunta.
"Sim,por favor" peço.
"O que quer que escreva?" a senhora pergunta, penso, e não me ocorre nada... ate que tenho uma ideia.
"Escreva assim "respira, és selvagem e livre mas agora, podes confiar em mim" só isso por favor" digo, e ela me olha como se fosse doido, mas não diz nada e escreve.
Volto a entrar no carro, olho as horas e já são 15:45h.
Quando chego ao hospital, vou direto a secretaria.
"Boa tarde, vim buscar Francisca Mendes." digo.
"Boa tarde, deixe-me só ver no computador, se a menina Francisca já teve alta." ela diz, olhando para o computador, ela franse a testa.
"Menino, a Francisca já teve alta sim, mas tenho indicação que já deixou o hospital" ela me diz.
"Como assim deixou o hospital? Ela pediu que eu a viesse buscar!" digo um pouco irritado.
"Menino aqui os pacientes tem um cartão, que teem que entregar a saida, o da menina Francisca já foi entregue, não ah erro ela já foi embora!" ela se explica, não entendo, pediu-me para vir. Pego no Telemóvel, e ligo para ela. O telemóvel toca, toca, e quando estou prestes a desligar ela atende.
"Francisca? Onde estas?" pergunto, ela não responde logo, tenho a ideia que a ouço soluçar, deve ser só impressão minha.
"Alexandre... Não te quero ver mais" ela diz, e eu deixo cair o ramo de flores no chão.
"Como assim Kika?" pergunto, estou a tentar ao máximo controlar as lagrimas.
"Foi isso que ouvis-te não me procures mais, foste um erro!" ela diz friamente, sou forte mas não suporto mais, e as lágrimas começam a cair.
"Francisca...por favor" peço.
"Não ah por favor Alexandre! Já disse!" ela atira de volta.
"Não me queres ver mais?" pergunto, Não acredito vai ter que me dizer isso, olhos nos olhos.
"Sim Alexandre, não quero mais te ver" ela diz.
"Tudo bem, mas vais ter que me dizer isso nos olhos, porque não acredito em uma palavra do que tu estás a dizer! Onde está o "principalmente obrigado por me fazeres bem" ou então o "anda tu me buscar" Não entendo, só vou entender quando olhar bem nos teus olhos!" digo não conseguindo controlar as lagrimas, que descem dos meus olhos sem parar.
"Tudo bem, só te queria poupar o sofrimento!" ela diz e é como se uma faca atravessa-se o meu peito.
"Eu já estou a sofrer, já me estas a fazer sofrer, porque, que mal eu fiz? Onde estas?diz-me!" exijo.
"Estou na praia" e então desliga a chamada. Saiu do hospital, deixando para trás o ramo de flores no chão, não sinto nada, para além de dor, o meu peito está prestes a explodir de tanto sofrimento, ela estava fria, insensível se calhar sempre foi assim eu e que não vi.
Qundo chego ao carro, agarro no Telemóvel e ligo a Mary, ela atende ao segundo toque.
"Então primo estas a vir já?" ela pergunta.
"Mary.... A Francisca não estava! Já foi embora!" digo, tentando controlar o choro, mas em vão.
"Alex estas a chorar?" ela pergunta.
"Mary, ela disse um monte de coisas ao telemóvel." digo.
"Falas-te com ela? Que foi que te disse?" ela fala.
"Que nunca mais me queria ver, que fui um erro, que nunca mais me quer ver a frente!" digo, chorando descontrolado.
"Ela disse isso? Não acredito!" ela confessa.
"Nem eu prima, ela pediu me para ficar ao lado dela para não a abandonar, chamou por mim durante o sono, e quem acaba abandonado sou eu, e a única coisa que me diz e que está na paia! Que raio a praia e grande!" digo, ela faz silêncio.
"Eu sei onde ela está!" ela me diz.
"Sabe? Diz-me! onde ela está? Quero que diga isso tudo nos meus olhos" digo a ela.
"Primo não sei se devo, se a Francisca está onde eu sei, ela não está bem!" ela diz baixo.
"Prima....estou a implorar-te" respiro fundo "eu gosto dela, sim eu estou apaixonado!" digo e ela suspira, e eu nem acredito que disse em voz alta.
"Arrrrh.. Que se lixe, vou passar-te as cordenadas de GPS, quando lá chegares, ela costuma estar em cima de um rochedo, vais ver-la de certeza" ela me diz, e eu fico grato.
"Obrigado prima" digo já secando as lágrimas.
"Só espero não me arrepender..." ela diz.
Vinte minutos depois estou em frente a Praia, ao fundo vejo os cabelos dela ao vento, tiro os sapatos, entro na areia e caminho até ela, ela olha o mar completamente indiferente a minha presença, subo no rochedo por trás dela, e sento-me ao seu lado, nesse momento, ela dá conta que estou ao seu lado, mas ela não se vira.
"Olá Francisca!" digo. Mas quando ela olha para mim.... OH MEU DEUS
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O QUE FIZESTE COMIGO?
ChickLitEla maluca Ele maluco por ela Francisca tem poucos amigos e um namorado cruel. Devido ao seu feitio e revolta, poucas são as pessoas que permanecem na sua vida. Até ao dia que Alexandre entra na sua vida, e ela percebe que apartir desse momento nada...