Capítulo 4

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1/2 partes
ALEXANDRE

Que burro, sou mesmo burro, que raio me deu para provocar a miúda, o certo e que ela me irrita.
Agora estamos aqui no carro, um ao lado do outro sem dizer nada, em um silêncio que me sufoca. Ela está pensativa, olha pela janela com o olhar perdido, será que está com algum problema. Sei que não deveria ter falado com ela daquela maneira, mas deu me nojo ver aquele tatuado a agarrar la, nem consegui ficar a ver, ele enfiar a língua até a garganta dela, será namorado? E se for Alexandre, que tens haver com isso? Verdade, não é mesmo nada comigo!
"Kika deixo-te em casa?" pergunta Mary a ela, mas ela não parece ouvir, Mary se vira para trás, e olha para ela.
"Kika? Estou a falar contigo querida!" ela parece acordar de um transe.
"Ah? Comigo? Desculpa estava longe" ela diz ainda perdida.
"Perguntei se querias ficar em casa!?" Mary diz, mas algo na voz dela, me dá a entender que não a quer deixar sozinha.
"Ah...isso.." ela entrelaça os dedos, esta nervosa?
"Importas-te se for para tua casa?" ela diz como se pedisse autorização.
"Claro que sim! Sabes bem que podes ficar lá em casa, quando chegarmos, ligamos a tua mãe a avisar que passas a noite comigo! " Noto que Mary descontrai nitidamente, alguma coisa se passa, e só depois cai a ficha, ela vai dormir em casa da minha prima? E eu? Eu também, eu estou a morar na casa dela, oh Deus ela vai dormir ao meu lado? Afasto essa pensamento.
Eu tenho 19 anos, nasci na Holanda, os meus pais são imigrantes, foram a 22 anos para a Amsterdão a procura de uma vida melhor. Felizmente tive que regressar a Portugal para estudar, queria seguir medicina veterinária mas queria tirar o curso aqui, nasci lá, mas sempre quis voltar, então convenci os meus pais a deixarem- me fazer a faculdade cá, mas em contrapartida, tive que vir morar com os meus tios, ou então tinha que ficar na Holanda. Por sorte, eu e Mary sempre nos demos lindamente, mesmo longe sempre falamos, e ela e a irmã que nunca tive...Os meus tios são incansáveis, e ajudam-me em tudo, e nada me falta, mas começo a ter saudades dos meus pais.
Quando olho pela janela, já chegamos a casa. Saiu do carro, e Mary sai juntamente com Francisca. Olho para ela... apesar daquela maquiagem toda, aquele preto todo ela é linda, aquele cabelo vermelho, as tatuagens, quando presto atenção as palavras que me disse a pouco "eu faço do meu corpo, uma tela da minha historia" presto atenção as tatuagens, e reparo que tem uma frase mesmo no tórax, quase junto ao pescoço, olhando bem percebo que diz "Just breathe, I am free and wild, I can only trust me" só respiro sou selvagem e livre só posso confiar em mim? que será que se passou com ela, para ela achar que só pode confiar nela? Quando reparo que ainda não parei de olhar, levanto a cabeça e Francisca está a olhar para mim, e então sorri.. Será que vi bem? Ela sorriu? Deixo-me de estupidez, e sorriu para ela também.
Entramos em casa, e Francisca pede a Mary se pode subir para o quarto de hóspedes.
"Claro que podes Kika, que pergunta, sobe estas a vontade, se quiseres pegar alguma roupa minha e tomar um banho, estas em casa" Francisca levanta o sobrolho, oh prima as tuas roupas são demasiado certinhas para ela...
"Deixa estar! Obrigado... vou só pegar um pijama.." ela diz, com o olhar triste, não consigo perceber o que se passa, nem parece a mesma miúda que estava na sala de aula hoje. Ela sobe as escadas, deixando me a mim, e a minha prima sozinhos na sala. Olho para Mary e ela sorri...
"Que foi?" digo
"Não sei se reparas-te, mas mandei a Kika para o teu quarto." Ela diz e baixa o olhar, ah só pode ser brincadeira.
"A sério prima? E eu vou dormir onde? no chão? Aqui no sofá?" digo a ela que me encolhe os ombros.
"Primo...desculpa a Francisca hoje não está bem, ainda não sei o que se passa, mas ela não está bem!" ok afinal não é impressão minha.
"Tudo bem, se ela ficar bem, pode ficar lá, só tenho que lá ir para buscar as minhas coisas, vou so esperar um pouco e subir, ela ia tomar banho não é? acho melhor esperar um bocado, não a quero interromper." a minha prima sorri.
"Obrigado primo, amo-te muito!" ela diz e então olha para mim de novo... "primo não sei que se passa... mas eu vejo que alguma coisa se passa entre vocês!" a minha prima e muito perspicaz quando quer.
"Prima menos, não se passa nada, conheço a miúda a um par de horas, a última imagem que tenho dela e do namoradinho a meter a lingual dele, pela garganta a baixo dela..." digo sem pensar.
"Ah?? Tu viste o Marco?" parece espantada.
"Se esse é o namoradinho dela sim, eu vi, mal me viu agarrou nela com tanta força, que pensei que lhe ia quebrar os ossinhos todos." só de ver a cena mentalmente, já me dá nojo.
"Idiota... E sempre o mesmo, detesto-o e acho que Kika não está nada bem com ele." é nítido que a minha Prima o detesta.
"Bem vou ver se ela já está pronta, tenho que ir buscar as minhas coisas" digo levantando-me do sofá, em direção às escadas. Será que ele lhe faz mal? Deus o livre, estou tão preocupado não sei porque, nem a conheço.
Quado chego lá cima ao meu quarto, abro a porta... PUTA QUE PARIU ESTA NUA... Quero fechar a porta e não consigo, estou completamente paralisado, merda ela é muito linda, esta tão a leste de tudo, que nem repara que estou a porta, não consigo falar nem mexer, a não ser o meu amiguinho la em baixo, que já me está a doer, de tão apertado que está...
"Foda-se Alexandre não sabes bater à porta?" ela diz apressando-se a pegar na toalha para se cobrir, espera lá, ela está a chorar?
"De...desculpa..." digo sem jeito "estas a chorar?" porque é que fui perguntar.
"Não é só água do banho, estavas aí a muito?" ela diz envergonhada, dando me as costas, não estava a muito, mas a tempo suficiente pra ver o quão linda ela é , e gostosa como tudo, senhor peço-lhe,ela que não olhe para o centro das minhas pernas, isto teima em não baixar e já me dói..
"Não! acabei de entrar, desculpa!" minto descaradamente, se ela soubesse o que me apetece.... Foda-se ia jurar que está mesmo a chorar.
"Kika?" chamo-a, mas ela não se vira para mim. Aproximo-me dela, e coloco a minha mão no seu ombro, ela estremece, a pele dela parece seda, viro-a para mim, e é visível que realmente está a chorar, mas que raio.
"Francisca por favor....o que se passa?" imploro, estou a poucos centímetros da boca dela, daqui da para sentir, o cheiro a cocô que a pele dela tem, estou inebriado por esse cheiro. Surpreendendo-me, ela simplesmente aproxima-se mais e...
Continua....

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