No dia seguinte pela manhã, Matteo e eu partimos para o próximo país que a essa altura eu não me importava nem um pouco em saber o nome, eu só queria estar num lugar onde eu pudesse relaxar e parar de pensar.
Matteo e eu não trocamos muitas palavras desde de ontem a noite, é o pior que eu nem sei porque, impossível ser ciúmes afinal nós conhecemos só a alguns dias. Talvez ele tenha percebido que hoje eu só quero ficar quieta na minha, se for isso eu agradeço, pois mostra que ele sabe respeitar o espaço de uma pessoa.
Uma cabine de avião pode ser muito chata e tediosa, nada pra fazer de interessante ao não ser dormir mas isso eu já fiz, aqui deve ter uma televisão, nesses jatinhos sempre tem.
- Matteo aqui tem TV ? - perguntei entrando na cabine de controle
- tem sim, e só eu apertar esse botão aqui, e pronto a TV aparece lá dentro. - apertou um botão e sorriu pra mim.
- obrigada. - sorri e voltei pra aonde eu estava, como dito a TV estava lá me esperando.
Após alguns minutos Matteo apareceu do além e se jogou em cima de mim.
- ei espaçoso ! - gritei e empurrei ele que nem se mexeu.
- colchão bom esse ... hmm - se remexeu em cima de mim me esmagando mais ainda.
- engraçadinho - revirei os olhos e Matteo sentou na ponta do sofá me encarando em seguida.
- porque você está tristinha ? desde ontem você ta assim. - perguntou carinhoso acariciando meu cabelo
- não é nada... que eu saiba. - sorri tentando disfarçar.
- eu não preciso te conhecer a anos pra saber que algo de errado, alias minha mãe sempre diz que eu sou ótimo em decifrar as pessoas. - merda!
- não é nada com o que você precise se preocupar ...
- então há algo deixando você assim !
- não...
- isso foi uma afirmação. - incrível como ele tem resposta pra tudo, adoro pessoas assim.
Não sabia o que dizer, eu fiquei só olhando pra ele e algo me disse que isso iria mais longe do que eu imaginava.
- pode me contar, e sobre estar longe dele ?
- eu não sei, eu me sinto culpada por deixar ele assim sem mais nem menos, mas também sinto saudades, não sei se é do jeito dele ou qualquer outra coisa mas eu sinto falta de algo; as vezes acho que eu sinto falta de algo que eu nunca tive... - eu precisava me abrir e o Matteo me parecia uma boa opção.
- o que você nunca teve ? - perguntou me puxando para junto do corpo dele.
- tantas coisas... mas eu acho que um dos principais é o lar, desde de quando eu tive plena consciência do que aconteceu com minha mãe, eu venho planejando vingança por isso eu encarava meu pai adotivo como um treinador, e por isso nunca aproveitei o que eu podia chamar de lar. E depois quando eu estava lá no Canadá eu encarava tudo como um local de trabalho que depois de um dia de cansaço eu voltaria pra casa, quando eu me vinguei eu achei que poderia voltar pra casa mas a questão era: que casa ? pra onde eu voltaria ? Então eu continuei lá com a desculpa de que precisava deixar tudo arrumado pro Harry conseguir se virar, e quando eu descobri sobre os meus avós eu fiquei tão feliz que teria um lugar pra voltar. Mas ainda sim eu estou insegura e com medo de eles não me aceitarem eu novamente não ter um lar. - a essa altura eu estava chorando e mostrando para o Theo toda a minha fraqueza e insegurança.
- Maddie lar não exatamente um lugar, lar pode ser uma pessoa, alguém com quem não importe onde você esteja se estiver com ela você vai se sentir bem consigo e à vontade. O que você está passando é o que milhares de pessoas passam sempre...você está a procura da felicidade, desde de pequena você sempre procurou isso; quando foi adotada, quando quis vingança e assim vai. Mas o que as outras pessoas não sabem e você vai saber agora e que quanto mais procuramos algo como a felicidade ou o amor ou um lar ficamos cegos e reduzimos a felicidade a só um situação, reduzimos o amor a um casamento agradável, e o lar a uma casa quando envolta de nós temos tudo isso só precisamos aproveitar. Maddie eu estou tentando dizer que você precisa viver e aproveitar o agora por que depois que esse momento passar não existe uma forma de voltar atrás, e como dizem : viva la vida - eu já tinha parado de chorar e prestava atenção nele.
- eu acho que você tem razão... - sorri sem mostrar os dentes.
- vem cá coisinha - Matteo me puxou e espremeu meus ossos contra seu corpo.
- obrigada - sussurrei em seu ouvido.
- que isso gatinha, apesar do pouco tempo eu sou seu amigo e você pode contar comigo. - sorri agradecida.
- quer aprender a pilotar um avião ? - perguntou eu arregalei os olhos.
- você pirou ?
- ainda não, vamos lá, vai dizer que tem medo ?
- eu não tenho medo.
- então vamos lá. - Theo agarrou minha mão e me arrastou pra cabine de controle, sentou no banco e afastou o mesmo pra trás e bateu duas vezes no espaço entre suas pernas.
- ta de brincadeira ?
- viva la vida. - disse e foi o suficiente pra mim me sentar entre suas pernas e agarrar o treco na minha frente
Medeline off
Louis on
Justin após o pesadelo voltou a dormir e só acordou horas depois sentindo fome, o que é muito bom, sei que não posso esperar uma melhora milagrosa mas por enquanto isso e o suficiente.
- eu estava pensando que deveríamos fazer uma visita na casa dos avós da Mandy, o que acham ? - Justin apareceu de surpresa, olhei pro Harry sem saber o que dizer.
- Justin ... como posso te dizer isso... - eu comecei
- não podemos visitar a Mandy. - Kat apareceu e falou simples e seca.
- por que não ? ela disse que não estava fugindo por que sabíamos aonde ela estaria então podemos visitar ela. - Justin disse mostrando sinais de desespero.
- Justin não é tão simples assim, ela precisa de um tempo pra respirar e relaxar.
- e não queremos atrapalhar isso - Bieber a essa altura andava de um lado pro outro com as mãos na cabeça sussurrando pra si mesmo.
- vocês não entendem, eu preciso dela... - sussurrou mais algumas coisas ate começar gritar e quebrar o que tinha no seu caminho; Harry e Kat voaram em cima dele o levaram pro quarto, o medico deixou alguns sedativos mas avisou que só poderia dar de 12 em 12 horas; peguei o sedativo e corri em direção aos gritos do Justin e apliquei na coxa sem pensar duas vezes e no mesmo minuto ele amoleceu na cama.
- não da pra deixar ele sempre por efeito de remédios. - Kat disse fechando a porta assim que saímos do quarto do Justin.
- por enquanto não temos muitas opções... - disse Harry e assenti.
- então pelo menos devíamos avisar a Mandy
- Kat esquece essa opção, já disse vamos deixar a Mandy em paz, deixar ela viver a vida e talvez encontrar alguém... - ambos arregalaram o olhos me puxaram pro segundo andar.
- você quer dizer que a Mandy não deveria ter algo serio com o Justin ? - Kat perguntou
- não ... estou dizendo que não deveria ter nada, a garota passou por um monte de coisas pra no final passar o resto da vida com ele... sabemos que o Justin tem essa doença que é incurável, seria um fardo pra Mandy. - fui sincero, e os dois fiaram em silencio quando ouvimos um barulho vindo da escada e lá estava o Justin, com o rosto molhado pelas lagrimas ajoelhado no chão.
- um doente mental, nunca vou passar disso não é mesmo ? - me olhou nos olhos e eu senti um dor e culpa horrível.
- vocês querem livrar a Medeline de um fardo mas não querem o fardo, um noticia boa pessoal, vocês estão livres. - Bieber foi pro quarto e minutos depois apareceu arrumado segurando a chave do carro, o mesmo passou por nós e saiu.
- Parabéns Louis ! - Kat disse e subiu as escadas, olhei pro Harry buscando conforto e tudo que eu vi foi um olhar de reprovação, e depois minha visão embaçou por causa das lagrimas que enchiam meus olhos.
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♕Love unlikely ♕ Justin Bieber
FanficMadeline Andrews delegada com um passado tanto quanto assustador , sai de Mahathan para trabalhar numa penitenciaria na California , onde descobre um lado de sua personalidade que nem mesmo ela duvidava da existência e junto com ele um amor pouco pr...