Capítulo 48

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Olá adivinha quem voltou para ficar?Eu!!!!

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1 mês depois...

__Luana? A Sra. Ferreira está esperando você lá na sala dela.
Sorrio.
__Obrigado Felipe já estou indo.
Fecho o rascunho de um romance dramático e me encaminho pra sala da chefe, afinal trabalhar com livros se provou ser um desafio e eu gostava muito disso.
Bato e entro.
__Olá Luana.
__Oi.
__Chamei você aqui porque estou impressionada com seu desempenho.
Balanço a cabeça constrangida, ela também ajudou com seu jeito de vovó marrenta.
__Obrigado.
__E por isso vou te dar um aumento.
Engasgo. O que? Uma aumento sem eu ficar resmungando por isso? Touché.
__Obrigado Sra. Ferreira, estou agradecida.
__Não agradeça, agora saia, tenho aula de ioga daqui a pouco.
Me levanto sorrindo maliciosamente.
__Você é uma graça.
__E você vai perder seu aumento se estiver aqui no meu próximo piscar.
Quando ela terminou de falar eu já estava na minha sala.

Um aumento! Isso era demais, e tipo não precisei ficar mendigando pra chefe. Amei isso, quem dera continuasse assim, mas felicidade de pobre dura pouco.

Uma cabeça loira aparece na porta e dois pares de olhos azuis me analisavam.
__Ótimo, você não está chorando então ela não te demitiu.
Passo a mão no pescoço querendo relaxar.
__Não Felipe. Ela só me chamou pra dar um aumento.
Esses saltos estão torturando meus pés, nossa. Como dizia meu professor de história Tripallium, mas agora nos pés.
__Que máximo.
Concordo encarando seu olhar.
__A gente bem que podia comemorar.
Ah não.
__Eu e você podíamos jantar... E... Nos conhecer melhor.
Jesus protege, ele está me chamando pra sair, meu Pai. Não posso aceitar.
__É realmente um convite atraente..
__Mas?
__Eu não tenho tempo, preciso revisar mais alguns livros e tal, entende?
__Você vai trabalhar no sábado?
Parabéns Luana, é inútil até pra dispensar um cara que está a fim de você à tempos.
__É...vou.
__Entendo, então a gente toma um café qualquer dias desses.
__Tudo bem.
Ele sorri e uma covinha fofa aparece na bochecha esquerda.
__Olha que vou cobrar.
Concordo, um café não era um jantar, então tudo bem quanto a isso.

Termino de ler o romance dramático até o final do meu expediente, era um romance comum, um pouco cliché, mas tinha essência. Pouco erros, e boa construção. Parecia que esse livro seria aprovado, teria que ser.

Quando termino me encaminho para uma cafeteira que tinha aqui perto. Enquanto eu lia um jornal o garçom foi pegar meu pedido. Mas logo aquilo fica esquecido quando leio a manchete da primeira pagina.

EX NAMORADA DE MULTI-MILIONARIO INTERNADA EM HOSPITAL PSIQUIÁTRICO..

Quase engasguei. Como assim eu estou internada? Eu estou bem aqui, seus malucos famintos por notícias.
Abro a página indicada e leio.

De acordo com prognóstico médico Carla Almeida sofre de um transtorno grave mental, depois de seu termino com o Otávio Ross o quadro veio se agravar. De acordo com o psiquiatra xxx "Carla já tinha esse problema, a fragilidade emocional só ajudou a piorar".
A garota está internada onde permanecerá enquanto seu pai não é solto, ou enquanto ela não recupere a razão...

Meu. Deus. Do. Céu. A Carla pirou na batatinha, eu sempre soube que ela era meio pirada mesmo, isso só confirmou minha dedução. Mas pelo menos não sou eu, ou a imprensa não soube do término do meu namoro com o Ross. Droga eu não devia lembrar dele.

Tomo um gole do meu cappuccino, as vezes me sinto definitivamente dentro de um ovo. Um ovo prestes a rachar. Suspiro. Meu telefone começa a tocar.
__Alô?
__Luana?
__Sim.
__Luana eu preciso que você venha aqui agora.
Estreito os olhos.
__Juliana... É você?
__Sim, por favor venha aqui.
Ela estava chorando, Cristo, será que houve algo com o Otávio?
Me levanto imediatamente.
__Aconteceu alguma coisa?
__ Você sabe onde fica a casa do Otávio? Vem aqui.
__Sei onde fica o apartamento alugado__respondo deixando dinheiro pra pagar o café.
__Não, preciso que venha na casa dele, sabe onde fica?
__Claro, estou a caminho, mas o que aconteceu....
__Falo quando você chegar aqui. Tchau.
Desliga me deixando parada abobalhada no meio da rua, certamente aconteceu algo grave, começo a andar e pego um táxi.

Mando uma mensagem para o Teo caso isso seja um jeito de me sequestrar. Eu sei que meu senso de humor está lá em baixo, se fosse um submarino já estaria afundado no fundo do mar, mas meu senso de planos loucos estão em máxima.

Em poucos minutos eu chego na enorme casa luxuosa, toco a campainha e um segurança abre.
__A Juliana está me esperando.__digo esperando que ele me deixe entrar, mas isso não acontece.
__Não posso deixar você entrar.
__Mas...
Fecha a porta bruscamente. Que mal educado, vontade de socar a cara dele. Ligo para o número desconhecido que sei ser da Juliana.
__Oi.
__Juliana, eu estou aqui fora, mas o segurança não me deixa entrar.
__Espera, já vou te buscar.
__Ok.
Depois de desligar fico ali jogando Pou enquanto ela não chega.
__Psiu!
__Ah, oi Juliana.
__Vem__chama puxando minha mão__me desculpe tanto mistério, eu precisava de descrição total sobre esse assunto.
__Que assunto?__pergunto quase puxando meus cabelos de curiosidade.
__O Otávio sofre de uma doença, na verdade eu não considero uma doença...
__Vai direto ao ponto por favor.
__Ok. De vez em quanto ele tem alguns ataques de pânico. Pode variar do mais casual ao mais grave. Ele foi medicado, claro, mas na verdade um pouco de descanso e relaxamento evita 90% de ter um ataque. Se ele está vulnerável emocionalmente também piora.

Era muita coisa pra digerir, então o Otávio tinha recorrentes ataques de pânico? Como diabos eu não fiquei sabendo disso.
__Como ele fica quando...
Ela solta um suspiro e olha fixamente o chão.
__Depende, as vezes ele não consegue respirar, as vezes fica tão mal que tem alucinações e divaga entre a realidade e o imaginário. E tem vez que ele simplesmente não consegue dormir.
__Deixa eu tentar preencher umas lacunas aqui. Pelo que entendi posso concluir que o Otávio teve um ataque de pânico e por algum motivo que não entendo você me chamou aqui para fazer algo que o ajude, certo?
__É.
__E o que devo fazer?
__Ajuda-lo.
Sua mãos pegam meu braço e me puxa para o segundo andar. Não sei o que vai acontecer, estou me sentindo como um foguete prestes a decolar. Paramos de frente a uma porta de carvalho que parecia pesada, mas a Juliana a empurrou facilmente.
__Entra,ele está ai dentro.
Pego fôlego e entro.

O cômodo estava claro mas escureceu quando a Juliana fechou a porta. Quando meus olhos se adaptaram pude vê-lo.
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Estou muito feliz por poder voltar a publicar Luana gente!Ainda mais que está quase no final.

Bem,beijos.

Luana.Onde histórias criam vida. Descubra agora