Na quarta, três dias depois do nosso dia no zoológico, ninguém mais, ninguém menos que Jack apareceu lá em casa, assim como ele tinha prometido a Summer. E com uma droga de borboleta azul.
Erin não estava em casa, o que me fez lidar com a situação menos fisicamente.
- Vai embora. - falei assim que abri a porta e dei de cara com ele.
Já ia fechando a porta quando ele colocou a mão, impedindo-me de fechá-la.
- Eu prometi a Summer que viria, e eu vim.
- Sai daqui, Jack, por favor.
- Não.
- Eu tô pedindo por favor.
- Eu só quero ver a Summer.
- Ela não quer te ver.
- Tem certeza? Aposto que ela quer, principalmente quando vir o que eu trouxe.
Aquilo me ferveu o sangue.
- Você, por acaso, acha que vai conseguir consertar todos os problemas com presentes? – rebati num tom de voz raivoso.
- O quê? Não! - seus olhos se arregalaram e ele negou rapidamente. - Não é nada disso.
- Então o que é?
- Eu só quero dar um presente pra ela, assim como eu prometi, nada de mais.
- Me deixa fechar a porta.
- Não até você me deixar entrar e falar com ela.
- Eu não vou deixar.
- Eu espero até você deixar.
- Você vai acabar desistindo.
Aquela pequena frase fez as narinas dele inflarem e seu rosto se tingir de vermelho.
- Eu não vou desistir. - falou pausadamente.
- Prévios acontecimentos me fizeram tirar essa conclusão. - retruquei.
- Prévios acontecimentos aconteceram no passado, quando eu ainda era um moleque.
- Você ainda é um moleque. - rebati.
Ele parou. Respirou fundo.
- Eu só quero dizer oi, Ana. Por favor.
Ele quase me convenceu.
- Não. Eu preciso entrar, a Summer tá sozinha.
Pressionei mais a porta, mas ela nem ao menos saiu do lugar. Droga de músculos!
- Mãe, advinha o que eu achei?!
Escutei a voz de Summer inicialmente bem longe, vinda do quarto, mas à medida que ela ia falando, sua voz ficava mais próxima, e eu sabia que a qualquer segundo ela iria dar de cara com Jack.
Empurrei a porta com toda minha força, mas Jack apenas fez mais força, o que me faz cambalear pra trás e abrir o que faltava. No entanto, ele correu até mim, com os braços estirados, quando me viu quase caindo de bunda no chão, mas me recuperei a tempo de ficar estável de novo e bater com força sua mão na minha cintura.
- Oi, Jack!
Jack me olhou por mais dois segundos, de um jeito impassível, e virou a cabeça um pouco, já com um sorriso enorme, pra olhar a criança.
- Oi, princesa.
Ela veio até nós e também retribuiu o sorriso, o que me fez passar a mão no rosto impaciente.
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4 Years of Struggle
RomanceAna nunca podia imaginar que sua vida daria um giro de 360° graus depois daquele verão. Quatro anos depois do nascimento de Summer, Ana se vê morando com sua melhor amiga e a filha em Washington D.C, com um novo emprego, fazendo faculdade e com um n...