Capítulo 20

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A primeira coisa que Summer perguntou no domingo assim que abriu os olhos foi quando Jack chegaria. Eu, ainda de olhos fechados e morrendo de sono, disse inofensivamente:

- Ele não vai vir hoje.

E aquilo foi o bastante pra fazê-la chorar inconsolavelmente por dez minutos inteiros. Ofereci colo, tentei persuadi-la a brincar, cantei, disse que eu a levaria pra tomar sorvete, mas nada adiantou. Minha única solução? Ligar pra Jack e pedir pra ele vir naquele dia também.

Depois do pequeno show da manhã, levantei e fui tomar café, já encontrando Erin e Amanda na cozinha.

- Bom dia.

- Bom dia. – responderam em uníssono.

- O que você quer comer, Summer?

- Torrada.

- Só torrada?

Ela assentiu e foi saltitante sentar à mesa.

- Por que Summer tá com cara de choro? – Erin perguntou quando sentou ao lado da criança.

- Eu falei que Jack não ia vir hoje pra cá. Mas adivinha o que aconteceu e o que eu fiz?

- Ah. – Erin tinha entendido na mesma hora que eu tinha cedido ao pedido da criança.

- Eu já imagino como ele deve tá em casa. – Amanda sussurrou perto de mim.

- Por quê? – franzi as sobrancelhas.

- Ele fica louco pra vir pra cá ver ela e quando ele sabe que pode vir fica com aquela cara de idiota.

Não consegui conter minha risada.

- Jack consegue ser mais criança que Summer.

- Você não pode culpá-lo tanto assim, o cara passou quatro anos sem destino na vida.

Foi um comentário inofensivo, mas que me fez ficar confusa e pensando por um tempo.

- Sem destino?

A torradeira escolheu esse exato minuto pra apitar e soltar as torradas, e ao invés de me responder, Amanda pegou as torradas prontas e levou pra mesa. Decidi esquecer esse assunto e me concentrar em terminar a comida de Summer.

- Do jeito que você gosta, Sun. – coloquei um prato na sua frente.

Terminei de preparar o meu café e sentei à mesa.

- Como sempre, a última. – falei assim que observei as meninas já com os pratos quase limpos.

- Culpa dessa mocinha aqui. – Erin cutucou a barriga de Summer, que caiu na gargalhada.

- Mentira!

- Verdade! Fala pra ela, Ana.

- É verdade.

- Olha aí, eu não falei? – Erin continuou a cutucar a criança.

Summer ria que chegava a arfar e escutar aquele som só fazia nós três cair na gargalhada também. Nosso momento, no entanto, foi interrompido pelo som da campainha.

- Quem é? – eu perguntei.

- Eu não tô esperando ninguém. – Erin deu de ombros.

Como ninguém fez menção de ir atender a porta, sobrou pra mim.

- Eu sou a escrava dessa casa mesmo. – resmunguei enquanto levantava da mesa.

Fiz meu caminho até a porta e, ao abri-la, me surpreendi ao ver Jack lá tão cedo.

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