A primeira coisa que Summer perguntou no domingo assim que abriu os olhos foi quando Jack chegaria. Eu, ainda de olhos fechados e morrendo de sono, disse inofensivamente:
- Ele não vai vir hoje.
E aquilo foi o bastante pra fazê-la chorar inconsolavelmente por dez minutos inteiros. Ofereci colo, tentei persuadi-la a brincar, cantei, disse que eu a levaria pra tomar sorvete, mas nada adiantou. Minha única solução? Ligar pra Jack e pedir pra ele vir naquele dia também.
Depois do pequeno show da manhã, levantei e fui tomar café, já encontrando Erin e Amanda na cozinha.
- Bom dia.
- Bom dia. – responderam em uníssono.
- O que você quer comer, Summer?
- Torrada.
- Só torrada?
Ela assentiu e foi saltitante sentar à mesa.
- Por que Summer tá com cara de choro? – Erin perguntou quando sentou ao lado da criança.
- Eu falei que Jack não ia vir hoje pra cá. Mas adivinha o que aconteceu e o que eu fiz?
- Ah. – Erin tinha entendido na mesma hora que eu tinha cedido ao pedido da criança.
- Eu já imagino como ele deve tá em casa. – Amanda sussurrou perto de mim.
- Por quê? – franzi as sobrancelhas.
- Ele fica louco pra vir pra cá ver ela e quando ele sabe que pode vir fica com aquela cara de idiota.
Não consegui conter minha risada.
- Jack consegue ser mais criança que Summer.
- Você não pode culpá-lo tanto assim, o cara passou quatro anos sem destino na vida.
Foi um comentário inofensivo, mas que me fez ficar confusa e pensando por um tempo.
- Sem destino?
A torradeira escolheu esse exato minuto pra apitar e soltar as torradas, e ao invés de me responder, Amanda pegou as torradas prontas e levou pra mesa. Decidi esquecer esse assunto e me concentrar em terminar a comida de Summer.
- Do jeito que você gosta, Sun. – coloquei um prato na sua frente.
Terminei de preparar o meu café e sentei à mesa.
- Como sempre, a última. – falei assim que observei as meninas já com os pratos quase limpos.
- Culpa dessa mocinha aqui. – Erin cutucou a barriga de Summer, que caiu na gargalhada.
- Mentira!
- Verdade! Fala pra ela, Ana.
- É verdade.
- Olha aí, eu não falei? – Erin continuou a cutucar a criança.
Summer ria que chegava a arfar e escutar aquele som só fazia nós três cair na gargalhada também. Nosso momento, no entanto, foi interrompido pelo som da campainha.
- Quem é? – eu perguntei.
- Eu não tô esperando ninguém. – Erin deu de ombros.
Como ninguém fez menção de ir atender a porta, sobrou pra mim.
- Eu sou a escrava dessa casa mesmo. – resmunguei enquanto levantava da mesa.
Fiz meu caminho até a porta e, ao abri-la, me surpreendi ao ver Jack lá tão cedo.
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4 Years of Struggle
RomansaAna nunca podia imaginar que sua vida daria um giro de 360° graus depois daquele verão. Quatro anos depois do nascimento de Summer, Ana se vê morando com sua melhor amiga e a filha em Washington D.C, com um novo emprego, fazendo faculdade e com um n...