Capítulo 15

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#Ponto de vista do Rafael

Eu nunca me perdoaria se não chegasse a tempo de salvá-la de ser uma homicida! Ela estava quase... Como fui distraído! Mais alguns segundos e eu a teria perdido para Lúcifer. Estremeci com a possibilidade. Toquei seus lábios com os meus. Eu precisava ir embora antes que ela acordasse. Ela já estava em casa e segura.

- Eu te amo, Laura! - Sussurrei, acariciando seus cabelos.

- Não... Não vá... Por favor... - Ela abre os olhos, parecendo confusa.

Tudo bem, resolvi ficar um pouco. Não que eu estivesse louco de saudade de me sentir presente na vida dela ou de tocá-la... Tá bom, eu estava sim louco para ficar!

- O que aconteceu? - Ela se põe sentada na cama.- Cadê o Lu?

Sério que a primeira pergunta que ela me fez foi sobre aquele mané?

- Ele está bem e em casa, Laura. - Respondo.

Ela respira parecendo aliviada e relaxa o corpo. Se preocupava mesmo com ele...

- Obrigada por estar lá... Por sempre estar presente quando preciso de você! - Laura me olha com aquele olhar encantador só dela.

Acariciei seu rosto e sorri como resposta ao seu agradecimento.

- O que aquele anjo de asas negras quis dizer com: Você é minha filha, Laura? - Ela se vira de repente para mim.

- Tem certeza que quer mesmo falar sobre isso? - Eu me aproximo.

Estava com tanta saudade dela, que estava difícil me controlar. Fechei os olhos e beijei de leve sua orelha, sentindo o toque macio de sua bochecha na minha.

- Quer falar sobre o que aconteceu? - Eu a encaro de pertinho.

- Hum? Falar sobre o quê?

Eu sorrio. Adorava provocar aquilo nela. Deixá-la embriagada por... Mim! Voltei ao que estava fazendo. Ela não ia querer falar sobre o que havia acontecido mesmo...

Beijei cada pedacinho do belo rosto da minha Laura. A carícia nos cabelos não podia faltar. Ela amava! Deixei meus dedos deslizarem em suas costas... Senti o calafrio a percorrer com meu toque. Era muito bom tê-la em meus braços. Era onde ela devia ficar para sempre! Para toda eternidade!

Uma lágrima escorreu de seus olhos, parando nos lábios. Pobrezinha... Devia estar sendo muito difícil para ela. A aninhei em meu abraço e a ninei como se ela fosse um bebê. Ela era o meu bebê! Um sorriso se formou onde antes tinha uma lágrima... Era assim que eu gostava de vê-la. Leve e em paz.

Ainda a ninando, me aproveitei do controle sobre ela e aproximei seu rosto do meu. Eu estava sedento pelo toque de seus lábios. Sabia que não era bom para ela que nos aproximássemos tanto, porque ela sofreria depois, com minha ausência, mas nem sempre conseguimos controlar nossos ímpetos... Também sou sujeito a tentações!

A beijei com o carinho e o amor que eu tinha a oferecê-la. Não poderia passar disso, eu sabia bem. Um beijo de amor era até onde eu podia ir com ela, embora eu quisesse mais... eu sentia falta dela!

Ela me olhou de um jeito quando a soltei que foi difícil me controlar para não fazer o que eu sentia vontade de verdade. Não... Passar disso não! Controle-se Rafael! Você não é fraco como um humano! Você é melhor que isso!

Os lábios dela eram viciantes para mim. O encarei, sedento. Volumosos, vermelhos e molhados... Tá... Só mais um beijinho e não vai passar disso... A puxei para junto de mim. Senti seu coração acelerado, seu beijo se intensificado... Eu a quero... A quero agora! Correspondi sua intensidade... E as consequências? Diminui o ritmo. Ela se jogou em meu colo... Consequências?

Anjo Meu Onde histórias criam vida. Descubra agora