Capítulo 18

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*Ponto de vista da Laura

É... Agora é vida nova! Emprego novo! Tentar fazer novos amigos... Não que eu quisesse esquecer meus amigos antigos, que estava mais para meu amigo antigo: Lu!

Ai... Estou sentindo tanta saudade dele! Já tem dias que não o vejo! Nunca fiquei tanto tempo sem ele! Mas estou sobrevivendo... Ao menos nos falamos todos os dias. Estou aguardando, ansiosa, sua chegada no final de semana, que está próximo.

No resto, até que eu estava gostando de morar em Petrópolis. Meu avô havia conseguido um emprego de assistente de dentista pra mim com algum amigo dele. Eu estava amando! Muito melhor que a padaria. Eu não tinha que trabalhar nos finais de semana e era muito tranquilo.

O Thor adorou o espaço bem grande pra ele correr o dia inteiro. Não parava um minuto aquele "fofuxo"! Quando eu chegava em casa, vinha todo serelepe me receber.

A cidade era uma gracinha também e ficava bem pertinho de onde morávamos. Uma calmaria... Bem diferente do ritmo frenético e violento do Rio! Ali, pelo menos, as chances de algo trágico acontecer eram bem remotas.

Vovó estava muito bem também. Se Deus quiser, essa doença não vai tirá-la de nós. Era muito bom chegar em casa e ter um café quentinho com biscoitos caseiros feitos com todo amor para mim. Até meu almoço, vovô levava no consultório a pedido de vovó. Comida fresquinha e deliciosa. Ai de mim se cogitasse levar marmita com a comida do dia anterior...

Eles me faziam muito bem sim, mas eu também fazia bem a eles. Ajudava vovô a cuidar dos cavalos dele, jogava baralho com ele, sempre que possível, auxiliava vovó com as tarefas domésticas, fazia crochê com ela. Eles estavam curtindo bastante a minha companhia, e eu a deles!

Naquela sexta-feira, Doutora Kíssila me liberou mais cedo já que não haviam mais pacientes marcados. O dia estava um tanto friozinho, como era costume por ali.

Cumprimentei meus avós e subi para tomar um banho e tirar o "cheiro de rua". Meu amigo logo chegaria! Thor me seguiu para ficar de prontidão na porta do banheiro, como sempre fazia.

Vovó fazia o crochê dela, mas eu não estava com paciência para aquilo naquele momento. Vovô não se encontrava em casa, tinha ido à cidade jogar baralho com os amigos velhinhos dele. Saí para pegar um vento e resolvi sentar um pouco na beirada do lago para apreciar o lugar.

Lembrei do dia em que Rafael esteve exatamente naquele mesmo lugar comigo. Há dias eu não o via. Estava com saudade dele também! Queria tanto vê-lo... Beijá-lo... Sentir o toque do abraço dele...

Também sentia saudades do Lu, mas era uma saudade diferente. Eu sentia falta mesmo era da amizade e da companhia dele, embora fosse difícil para mim resistir quando ele vinha com aquele charme todo. Eu vivia carente e ele era lindo e beijava bem, poxa. Me critiquem, se quiserem, mas tentem se colocar no meu lugar primeiro.

Apanhei uma flor amarela que boiava na água e a coloquei atrás da orelha. Meu celular tocou: Era o Lu! Thor correu em direção ao portão...


° Ponto de vista do Luís

Do portão eu a vi sentada na beirada do lago. Meu coração disparou! Que droga! Eu realmente a amava! Como isso fora acontecer!? Eu não via a hora de abraça-la, sentir o toque macio e quente de sua pele.

Revirei minha mochila a procura do celular e liguei para ela. O sorriso que invadiu seu rosto ao ver minha ligação me encheu de alegria. Será que ela seria capaz de me amar algum dia? Logo a mim?

O pulguento dela logo correu para me receber. Pelo menos ele, eu tinha certeza que estava com saudade de mim!

- Olhe para trás, Laura. - Eu disse quando ela atendeu.

Anjo Meu Onde histórias criam vida. Descubra agora