Capítulo 26

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#Esse é o segundo capítulo postado hj, então se vc ainda não leu o anterior, volta aí. Estou avisando porque tem muita gente se confundindo por eu estar postando 2 capítulos no mesmo dia. ;)


*Ponto de vista da Laura

- Laura... - Aquela era a voz do Lu?

Me Virei para olhar e uma dor alucinante dominou meu peito. Levei a mão até onde a faca havia sido cravada em mim e minhas mãos ficaram banhadas em sangue. O sangue estava quente e escorria por meu corpo, minhas pernas...

- Lu... Por que? - Olho chocada em seus olhos cheios de lágrimas.

- Porque eu te amo, Laura!

Após dizer isso, ele me empurrou do parapeito. Então, finalmente caí...

Vi seu rosto ficando menor enquanto os andares passaram rápidos por mim. Minha vida passou como um filme rápido e triste em minha mente. Fechei os olhos, em paz, esperando a dor da libertação. Eu não tinha raiva do Lu, embora não entendesse o motivo dele ter feito o que fez. Eu estava era grata a ele.

Senti o vento frio e aliviador da morte à minha espera. Finalmente eu seria liberta!


°Ponto de vista do Lu

- Adeus, meu amor! - Sussurro baixinho enquanto a vejo partir, com seu sangue em minhas mãos.

- Obrigada! - Rafael me agradece pouco antes de desaparecer de vista.

Eu nunca pensei que escutaria isso dele.

Agora era apenas eu e meu futuro de queda no precipício sem fim ou algo pior, se é que existia. Ao menos Laura estava a salvo e teria uma vida feliz no céu. Sorri imaginando sua emoção ao pisar nas ruas de ouro, escutando o perfeito som das arpas celestiais.

Me virei para sair dali, mas fui impedido por um vulto negro que passou por mim.

- Traidor... - A voz do mestre penetrou meus ouvidos de forma raivosa e ensurdecedora.

Cobri os ouvidos, agoniado pela perturbação que aquela voz me causou. Eu estava com medo! Pagaria caro por minha transgressão, certamente.

O vulto negro esbarrou em mim e quase me fez cair ao encontro de Laura. Um outro vulto fez o mesmo pelo outro lado. Resisti aos vultos, mas quando vi o rosto do mestre diante de mim, foi impossível não dar um passo para trás...

Eu estava indo para o inferno novamente. Sabia disso. Odiava isso. A dor que sentiria ao colidir com o concreto da calçada daquele prédio não seria nada perto do que estava por vir... Fogo devorador, agonia, ranger de dentes e precipício sem fim era o que me aguardava.

Enquanto caía, lembrei da minha longínqua vida no céu e de como eu fui feliz lá. Lembrei também do Pai misericordioso que eu tive e não dei valor. Eu estava quase no fim, quando na ânsia da morte, mesmo sabendo que não tinha direito a isso, as palavras saíram, involuntárias, da minha boca:

- Tenha misericórdia de mim, Pai!

- Nãããoooooooooo... - A voz de ira do mestre foi a última coisa que escutei naquela vida.


#Galerinha, o próximo capítulo será o último do livro 1. ;)



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