CAPITOLO 3

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O 1° horário passou em um piscar de olhos, quando o segundo horário começou, mais alunos chegaram na sala, os alunos que estavam atrasados, e entre eles estava a Samantha. Eu não precisava nem olhar para saber que ela estava entre eles. Ela se sentou ao meu lado, e ao se assentar, ela esbarrou em mim, eu emiti um ruído bem baixo de dor e olhei pra o braço dela, e lá estava oque eu procurava. A marca estava clara, mas eu conseguia enxergar claramente, mas eu não estava afim de conversar sobre nada, e aliás, se ela não quis conversar comigo antes, porque conversar ia agora? Fiquei de cabeça baixa até que o próximo professor ou professora chegasse. Eu estava muito cansado, e quase dormi em sala de aula, se não fosse por causa do Rhaul e do Marcos que seguraram meu braço e me arrastaram para fora da sala, e enquanto eles faziam isso, alguns alunos ficaram olhando, e alguns até ameaçaram nos seguir, mas no fim ninguém veio atrás. Eles me levaram para fora da escola, e quando chegamos do lado de fora, eles me soltaram.
- Então? Vocês dois vão falar porque me trouxeram para fora da escola? Ou vocês querem que... - Rhaul me deu um murro no rosto, sangrou - Pelo visto a conversa vai ser seria, não é mesmo?
- Acho melhor você ficar calado e apenas seguir o Rhaul. - nós entramos em uma floresta que tinha atrás da escola, páramos em um local onde era totalmente desabitado - Pronto, aqui estamos.
- E oque estamos fazendo aqui? Porque vocês me trouxeram pra este ligar? Para me baterem sem que ninguém percebesse? Isso não adiantaria, com certeza alguém repararia quando me visse todo marcado.
- Da pra você calar a boca, antes que eu quebre todos os seus dentes? Convencido. E mesmo que nos estancassemos você, não adiantaria nada, você tem uma recuperação monstruosa.
- Rhaul, se você acha que bater nele vai adiantar, vá em frente, eu mão vou interferir.
- Não Marcos, isso não vai ser necessário. Ou ele nos explica oque está acontecendo, ou ele não precisa dizer mais nada. Como vai ser, você vai se explicar ou você...
- Da para algum dos dois me dizer oque sta acontecendo?
Nenhum dos dois disse nada, isso já foi o bastante para me deixar estressado. Estiquei o braço direito acima da cabeça e abri a palma da mão, as chamas imediatamente apareceram e queimaram de início vinte metros ao meu redor, e quanto mais eu me estressa a, quatro mais eu ficava de cabeça quente, mais as chamas se intensificavam. Os dois ficaram imóveis, eles sabiam muito bem que no estado que eu estava, as chamas estavam totalmente sem controle, e qualquer movimentação, elas iriam diretamente ao local onde havia movimentação. Depois de ter queimado quase 100 metros da floresta, respirei fundo e me acalmei. Levantei a outra mão, mas dessa vez não era para incendiar, e sim para acabar com o fogo. Me conscentrei e consegui juntar todo o fogo ao redor em uma bola de fogo e a lancei para o alto, ela sumiu. Eu olhei para os dois que estavam me encarando.
- Já se acalmou? Porque se você ainda estiver estressado, avise para que eu e Marcos possamos ir embora antes de mais um desses seus ataques.
- Rhaul, você não vai em lugar nenhum, você vai ficar e me explicar oque vocês querem comigo!
- Por acaso isso foi um tipo de ameaça?
-Se você estiver levando dessa maneira, sim, é uma ameaça! Se um de vocês derem um passo, eu prendo vocês aqui. - Rhaul deu um passo em minha direção, depois outro e outro, eu estiquei o braço e ele parou, não deu mais nenhum passo - eu estou falando sério, se você vai fica preso! - ele então deu mais um passo, imediatamente eu fechei a mão, e as garras de lodo que eu tinha esposto perfuraram minha pele e um pouco de sangue escorreu. Quando a primeira gota atingiu o chão, um pequeno tremor tomou conta do local onde nos estávamos, e logo em seguida, Rhaul estava enterrado, apenas com a cabeça para o lado e fora da terra - eu disse para você não se aproximar, mas você não me escutou! Você viu Marcos, ele não me escutou, eu avisei ele.
- Eu vi. Mas agora solte ele Enzo, por favor!
- Para que?
- Para que possamos ir embora!
- Não! Antes disso eu... - eu comecei a mecher o braço em círculos, e o buraco onde Rhaul estava começou a se abrir e ele saiu de dentro - podem ir. - eles se afastaram de mim e seguiram caminho de volta para a escola, e eu fui para a cachoeira. Tirei a roupa e fiquei só de cueca, fui até a beira e pulei. A água estava gelada, mas eu não liguei para esse detalhe, bati os braços até onde a água da cachoeira caia. Subi algumas pedras, até chegar ao meio da cachoeira. Me assentei e cruzei as pernas. Deixei a a mente se esvaziar, e encontrei na minha própria mente uma porta, ela estava fechada, mas eu conseguia ouvir uma batida, estiquei a mão e abri a porta, a pessoa que estava do outro lado, me encarava da ponta dos pés a cabeça e eu fiz o mesmo. Ela atravessou a porta e se aproximou de mim.
Oque você pensa que está fazendo? Colocando fogo na floresta? Oque você está fazendo nessa... Onde você está?
Para que você quer saber? Para me esnoba novamente?
Podemos conversar?
Conversar oque? Você mesma disse que nós não temos nada para conversar.
Oque você tem?
Como assim oque eu tenho?
Você não está bem. Oque está acontecendo com você?
Nada.
Enzo, até Quando você vai ficar mentindo para você mesmo?
Eu é que te faço essa pergunta. Até quando você irá menti para si mesma?
Do que você está falando?
Voe sabe do que eu estou falando.
Isso não vem ao caso agora. Eu não estou mentindo para mim mesma, pronto. Mas oque está acontecendo com você? Você nem olhou para mim quando eu entrei na sala hoje.
Então você está apenas querendo sabem porque eu não me humilhei hoje? É isso? Você espera que eu me humilhe, você quer que eu me humilhe sempre que eu te encontrar?
Não e isso! Eu só estava tentando dizer que eu reparo em você. Af's, esquece Enzo. Só me faça um favor, volte logo pra escola.
Eu desci da pedra e nadei até a margem, vesti minha rolpa, peguei meu tênis e fui correndo para a escola. Quando eu cheguei, já estava na hora do recreio, eu segui meu caminho até a sala, e a única pessoa que estava lá, era a Samantha. Assim que entrei na sala ela ergueu o olhar, e meu olhar encontrou o dela. Ela estava chorando, ou pelo menos foi oque parecia. Eu me aproximei e me assentei.
- Oi? - fiz meio que uma pergunta - você poderia me dizer se eu perdi alguma coisa importante? - ela não teve tempo de responder, o sinal tocou e os alunos já estavam voltando para a sala. Os três últimos horários foram um saco, eu não estava conversando com ninguém da sala, nem mesmo Rhaul e Marcos. Quando k sinal tocou indicando o final da aula, peguei meus materiais e fui em direção aos meus amigos, mas me lembrei que nós não estávamos conversando. Assim que o professor saiu da sala, eu também sai. Eu estava passando perto da padaria que ficava perto da minha casa, quando ela falou comigo, não em voz alta, !as em minha mente.
Me encontre quando escurecer embaixo da árvore que fica nos fundos da minha casa.
Pra que?
Eu não aguento mais. Eu preciso conversar com você.
Sobre oque?
Por favor. Só venha, se for possível!
Claro, claro. Ao escurecer, embaixo da árvore que fica nos fundos da sua casa. OK!
É. Posso te esperar lá?
Pode.
Me deitei no chão do quarto, liguei a TV e o vídeo game. Joguei umas três partidas de futebol, normalmente eu jogaria mais de cinco partidas, mas meus amigos não estavam lá, e então eu tive que encontrar outra coisa para me destruir. Fui até a cozinha e abri a geladeira, mesmo sabendo tudo oque tinha lá dentro, eu ia e abria a geladeira, esperando alguma novidade. Mas não tinha nada, então eu voltei para o quarto e peguei um livro pra ver se matava um pouco do tempo.
- Nicholas Sparks, pode ser esse mesmo.
Comecei a ler o livro, quando eu estava mais o menos na página vinte e dois, o sono começou a bater. Para não dormir, eu fui andar pela casa, e acabei parando no escritório do meu pai.
- Eu estava esperando por você. - disse ele olhando para mim. Ele estava sentado em uma doutrina no canto do escritório.
- Es-esperando por mim?
- É. Sente-se.
- Para que o senhor estava me esperando? - perguntei já assentado ao lado dele.
- Preciso conversar com voe.
- Sobre oque?
- Eu acho que eu e sua mãe, temos muitas coisas para explicar.
- É. Eu também acho, mas não quero conversar sobre isso agora.
- Então podemos conversar sobre outra coisa?
- Se for possível.
- Eu preciso que você faça uma viagem!
- Uma viagem?
- É.
- Mas para onde?
- Para a casa do seu tio-padrinho. É que ke não está se sentindo muito bem nesses últimos dias.
- Meu padrinho?
- É, ele está se sentindo mal, e sua tia viajou a pedido do emprego dela, e não sabe quando volta. Então se você pudesse...
- É lógico que eu vou. Para quando o senhor precisa que eu vá?
- Não sei. Eu te informo quando tudo estiver preparado.
- Está bem. Quando minha mãe chegar, avisa ela por favor que eu estou precisando conversar com ela. - sai do escritório e passei no meu quarto para legar uma blusa de frio e comecei a andar em direção ao local que eu e a Samantha tínhamos marcado. Quando estava indo, encontrei k Rhaul conversando com a Angel, quando ele me viu passando, me chamou, mas eu fingi que não ouvi e continuei com meu trajeto. Virei uma quadra à frente e fui cortando caminho, quando escureceu eu cheguei no lugar combinado. Olhei por quase todos os lados, quando finalmente a encontrei, ela estava sentada de baixo da arvore onde tínhamos marcado de nos encontrar. Estava muito escuro no local onde ela estava, me aproximei dela.
– Oi Samantha.
– Romeo, senta aqui do meu lado. — me sentei ai lado dela e perguntei oque ela queria — como você esta, já melhorou?
– Não entendi a sua pergunta. Sobre oque você esta perguntando se eu já estou melhor?
– Hoje você não estava bem, eu percebi, e depois você estava naquela cachoeira e eu fiquei preocupada com você.
– Eu estou bem sim, só um pouco cansado. Mas como você sabe onde eu estava?
– Eu queria que não fosse verdade, mas a verdade e que nós temos uma ligação muito forte, e meu tio disse que não é uma coisa nossa, ele disse que isso é uma coisa antiga, do antigo costume e que não devemos brincar com isso.
– Como assim uma ligação?
– Eu tenho certeza que você deve ter percebido que nos podemos nos comunicar de uma maneira um pouco diferente das outras pessoas.
– É, você tem razão. As vezes eu penso estar conversando com você pelos meus pensamentos.
– Não parece, você realmente conversa comigo por meio de no spoken.
– Por meio de que?
– No spoken. É o nome desse tipo que conversa, a linguagem que não é falada, ela é pensada.

AS CRÔNICAS DE UM MUNDO PERDIDO - DONSOnde histórias criam vida. Descubra agora