CAPÍTULO 8

15 1 0
                                    

       Ninguém me respondeu nada, eu me levantei e fui para o meu quarto para pensar melhor sobre tudo que havia acontecido. Aquelas pessoas reunidas, minha mãe e meu pai, os pais da Samantha, era muita coisa pra absorver. Fui ate a pia no banheiro e lavei o rosto na intenção de esfriar a cabeça, mas não estava adiantando, quanto mais eu tentava não pensar naquilo, mas eu pensava. Sai e fui em direção ao escritório do meu pai, antes que eu pudesse chegar consegui ouvir vozes.
– ... mas não está necessário tudo isso!
– É lógico que era, você acha que ate quando vamos poder continuar mentindo pra ele?
– Eu ia dar um jeito nisso tudo, eu ia resolver as coisas, se você tivesse esperado só mai um pouco eu com certeza iria...
– Você iria oque pai? Agora eu exijo que alguém me dê uma explicacao. Oque foi aquilo que nos dois vimos?
– Vocês dois? Como assim filho?
– Isso não importa mãe! Apenas me diga oque foi tudo aquilo. — eu tinha cometa consciência de que Samantha ainda estava lá em um canto reservado da minha mente.
– Bem filho, seu pai e eu, estávamos te mostrando um pouco do passado.
– Isso mesmo, nos estávamos tentando te mostrar que você não é um garoto normal.
– Mas me fala quem pode ser normal, tirando essa raça de humanos que derrepente começaram a exigir entre nós.
– Não faça piadas, quando digo que você não é normal, eu não estou mentindo. Estou falando sério.
– Mãe, sobre oque ele esta falando?
– Filho. Ah meu filho. Nós estamos tentando te dizer, que mesmo você tendo dons, você não é normal, os seus dons não são normais. A verdade e que você não é você.
– Co-como assim eu não sou eu?
– Você sempre foi você, mas a verdade e que axiste algo em você. Sua mae e eu não conseguimos explicar, mas sabemos que tem algo em você. Mas não é só em você.
– Filho? — eu estava tentando raciocinar essas informações. Eu sou eu, sempre fui eu, mas existe algo diferente em mim. Foi isso que ele disse. Foi isso que o meu próprio pai disse. Oque sera que ele quis dizer — FILHO!
– Mãe?
–Se acalma, você esta com os nervos à flor da pele. Isso é compreensivo, mas por favor, mantenha a calma para que possamos te contar a verdade sobre tudo.

– Então vamos, conte logo oque esta acontecendo.
– Enzo, quando você nasceu, tinha um anjo ao seu lado, isso fez com que você tenha esses dons que tem hoje.
– Como assim um anjo?
– Como sua mae já disse, quando vo e nasceu, havia um anjo ao seu lado, como se estivesse ali para acompanhar o seu nascimento, para garantir que você ficasse bem.
– Filho, você se lembra oque você aprendeu sobre os anjos?
– Sim mãe. Existem sete classes de anjos, cada anjo e representado por um instrumento, os instrumentos celestiais, que contem a vida do anjo que tiver esse objeto.
– Isso mesmo filho, anel, colar, bracelete e os outros você já sabe.
– E você Enzo, possui a vida de um desses anjos.
– O-oque você quer dizer com isso pai?
– Esse anel que você usa...
– Você esta querendo dizer que esse anel e a vida de um anjo?
– Sim meu filho, seu pai e eu nunca conseguimos tirar ele de você. Este e um dos instrumentos celestiais, que ao todo são sete, este anel contem a vida de Maia, uma querubim, e aqui na terra tem mais seis desses instrumentos sendo eles: o colar, pingente, bracelete e a pulseira. O colar possui a vida de Daniel, a pulseira de Jonas, na verdade são dois braceletes, Uriel e Ituriel e o pingente que na verdade é um anjinho segurando uma espada, ou seja mais dois instrumentos, Castiel e sua espada Gabriel.
· Se uma pessoa conseguir juntar todos esses instrumentos, ela pode fazer com que o céu desça, de tao poderosa que ela ficará.
– Nos descobrimos onde esta o pingente, mas não conseguimos pegar.
– E onde estão?
– No Salão.
– Porque vocês não conseguiram pegar? Eu vi do que vocês são capazes. Não conseguir pegar um pingente é estúpido.
– O pingente esta na mão do anjo que fica no meio do Salão.
– Agora sim, não conseguir pegar da mai de uma estátua e mais estúpido ainda.
– Filho, seu pai e eu já tentamos de tudo, realmente não conseguimos.
– Esta bem, vou acreditar em vocês porque me contaram, mostraram um pouco do passado tanto de vocês quanto do meu. Estou indo pro quarto, amanhã tem aula e eu não quero chegar atrasado. Boa noite mãe, boa noite pai.
– Enzo, você não precisa mais ir pra casa do seu tio, sua prima Julia foi pra lá.
– Esta bem pai.
– Boa noite filho. — eu me afastei e fui em direção a porta, minha mãe estava logo atrás de mim.
– Oque aconteceu filho? — ela perguntou.
– Nada mãe, porque a pergunta?
– Você esta um pouco estranho. Brigou com seus amigos?
– Quem? Marcos e Rhaul?
– É, eles vieram aqui hoje, estavam te procurando pra fazer alguma coisa. Falaram que na escola conversam com você. Mas você não esta assim por causa dos seus amigos, eu sei porque você esta assim. Você esta apaixonado!
– MÃE!
– Oque filho? Me conte sobre ela, como ela é?
– Para com essas ideia ridículas mãe.
– Não monta pra mim, ou você quer que eu entre em contato com sua irmã e peça pra ela descobrir?
– Ta bom mãe. Talvez eu esteja um pouco apaixonado, um pouco.
– Quem é ela?
– Aaa mãe. Deixa de ser chata.
– Você não vai me contar que é filho? — Ela fez cara de choro, então eu tive que falar.
– O nome dela é Samantha, ela estuda na minha sala. Pronto, satisfeita?
Sai antes que ela pudesse falar alguma coisa, fui pro meu quarto e tranquei a porta. Agora eu realmente estava louco, primeiro meus pais me dizer que eu nasci ao lado de um anjo, depois eu falei com minha mãe que eu estava um pouco apaixonado pela Samantha. Era o cúmulo da loucura. Samantha, embora eu não quisesse assumir, eu acho que realmente estava apaixonado por ela. Samantha, Samantha, Samantha... E foi com esses pensamento que a voz dela veio a minha mente.
Enzo, você esta acordado?
Samantha? Oque foi?
Nada, estava afim de conversar um pouco sobre oque nós vimos.
Podemos conversar sobre isso na escola?
Pode ser. Mas uma pergunta. Oque são os instrumentos sagrados?
Instrumentos celestiais, não sagrados. São objetos que possuem vidas de anjos dentro de si.
Mas como a vida de um anjo pode ficar em um objeto?
Isso eu não sei te explicar.
Para que eles servem?
Preciso ir dormir, te vejo na aula?
Claro.
Se quiser conversar sobre alguma coisa, ou se estiver pré usando de algo, eu vou deixar a "porta" aberta. Boa noite.
Boa noite. Dessa vez eu não sonhei nada, apenas me deitei e dormir normalmente. Estava tudo bem, ate que eu comecei a ouvir um barulho que me acordou. Me levantei e fui ver oque era. O barulho vinha da minha janela, tinha alguem jogando pedras na minha janela. Me aproximei e abri a janela, uma pedra me acertou na testa.
– Ai.
– Foi mal. Não tava querendo te acertar, só te acordar. Marcos descobriu uma coisa, e precisamos da sua ajuda.
– Minha ajuda? Vocês me deixaram sozinho na floresta e agora pedem minha ajuda?
– É.
– Espera só um minuto que eu já estou descendo — como eu estava com a mesma roupa de quando conversei com meus pais, eu só desci as escadas e sai pela porta dos fundos para encontrar os dois — pronto, oque você descobriu marcos?
– Descobri uma coisa sobre o Poison.
– Vocês me tiraram da cxama pra falar sobre isso?
– É. Mais o menos na verdade. E que precisamos da sua ajuda.
– Pra que? Vocês não estão mais conseguindo produzir o Poison?
– Não é isso, Marcos descobriu uma maneira de usa-lo.
– Mas já tem um jeito. Vocês arramnham um chupador de sangue fazendo com que a pele dele se rasgue, continue arranhando ate matar ele. Viu, é simples.
– Você sabe que normalmente só os lobos tem a capacidade de produzir essa substância.
– Você ta errado Rhaul, na verdade existem algumas pessoas que também conseguem.
– Mas você conseguiu encontrar uma maneira de usas o Poison em outros tipos de armas.
– Verdade que você conseguiu isso Marcos?
– É.
– Isso seria impossível.
– Para Romeo, você sabe que o Marcos é um gênio.
– Mas ele derrete qualquer coisa que ele tocar.
– Nem tudo. Meu pai deu pro meu irmão duas adagas.
– É, eu me lembro bem delas, antes que eu fosse amigo dele, nos tivemos uma briga e ele tentou me matar com elas.
– Elas não derreteram quando passei o Poison nelas. Então eu estou pensando em pegar esse material pra fazer experiências, mais armas.
– E vocês precisam da minha ajuda pra?
– Esse material é um pouco difícil de encontrar, na verdade ele só existe  um lugar.
– Onde?
– Um lugar chamado de Salão dos Grandes. Ou alguma coisa desse tipo.
– E vocês querem que eu vá com vocês?
– É.
– Calma, você disse Salão dos Grandes?
– É, o pai do Marcos disse que essa matéria é encontrada nesse salão, que tudo lá dentro é feita desse material. Qual o nome mesmo Marcos?
– Sagradis.
– Vocês sabem onde é esse salão?
– Logico. Você vem ou não?
– Vou. Mas só temos três horas. São duas e meia agora, cinco e meia quero estar em casa.
– Então vamos?
– Eu tenho que contar pra vocês algumas coisas.
– Oque é? — rosnou Rhaul, eles já tinham se transformado em lobos.
– No meio do caminho eu conto, é muita coisa.
– Então vamos — nós disparados pelas ruas do bairro, em mais o menos cinco minutos já estávamos na floresta que ficava próxima ao bairro. Eu fui contando tudo que aconteceu des de a ultima vez que nostres tínhamos conversado. Contei sobre a Samantha, meus pais, os instrumentos celestiais, os anjos, a atitude estranha do Gustavo, falei sobre tudo enquanto corríamos desviando das arvores e evitando alguns caçadores que saiam de madrugada ora caçar — Eu sempre soube, des de o dia em que você a vira. Mano, você esta apaixonado por essa garota. E não é de hoje.
– Rhaul, de tanta coisa que eu falei, você só prestou atenção nisso?
– Nós também temos uma coisa pra confessar. Meu pai e o pai do Rhaul estavam nessa reunião em que seus pais tiraram os dons dos pais da Samantha, já sabíamos de tudo, mas fomos proibidos de te contar qualquer coisa.
– Porque?
– Não sei porque, mas seus pais pediram segredo. Todos dessa cidade sabem.
– Todos que fazem parte do nosso mundo.
– Verdade Rhaul, só os que fazem parte do nosso mundo. Os humanos não sabem disso.
– Marcos. Acho que as laminas do seu irmão são resistente por causa do pingente que o Romeo falou. Ele deve ter mudado tudo daquele local.
– Acho que o Rhaul TRE razão nessa também. E quando nos voltarmos do salão, eu tenho uma proposta para vocês. — todos nós ficamos em silencio ate que chegamos ao salão. Era uma grande estrutura no meio da floresta, acho que era protegida por um feitiço Lara que os humanos não vissem e nem encontrassem a estrutura gigantesca. Era dourada como ouro, tinha duas torres como as de um castelo, na entrada de frente para onde estávamos parados, haviam dus portas imensas, e em cada lado delas tinha uma estátua enorme de anjo. Quando nos aproximamos para entrar no Salão, as estátuas se mecherdam, ficando posicionadas acabando com qualquer chance que teríamos de antrar no Salão. Elas tinha se posicionado de maneira que não permitisse a nossa entrada.

AS CRÔNICAS DE UM MUNDO PERDIDO - DONSOnde histórias criam vida. Descubra agora