AS CRÔNICAS DE UM MUNDO PERDIDO - DONS

CAPÍTULO 9

Por um acaso algum de vocês sabe o perigo que vai estar correndo se entrarem neste Salão?
– Nós precisamos entrar de qualquer jeito — Rhaul tomou a frente como se uma estátua falante não fosse grande coisa para ele — precisamos pegar algo ai dentro.
Oque você quer aqui filho de Andriel? Não tem nada para vocês aqui dentro.
– Vocês então enganados.
Nós não nos enganamos, somos anjos. Digam oque vocês querem que nós decidirem os se vocês podem ou não entrar.
– Viemos aqui buscar uma matéria chamada Sagradis.
Sagradis é o nome do material utilizado para fazer armar de anjos. Como você tem o cenhecimento desse material filho de Andriel?
– Ele não sabe nada, quem sabe sou eu.
É claro, o filho de Melchizedek...
– Da pra vocês dois pararem de ficar falando filho de, filho de, filho de? Meu nome e Rhaul e estará são Marcos e Romeo.
Esta decidido. Por causa do seu desaforo, não permitiremos que vo es entrem, a não ser que consigam nos destruir.
– Destruir vocês? Duas estátuas de concreto? Vai ser como rasgar papel.
Já que você é tao forte assim, porque não tenta?
       Ele se jogou na direção das estátuas, que com um rápido movimento esticaram as espadas que estavam em suas mãos. Dei um pulo e empurrei o Rhaul um segundo antes que uma das laminas o atingisse. A espada fincou meu abdômen de raspão. Mar os se posicionou atrás de mim a saltou em direção a estátua da esquerda, lhe acertando um golpe na face, que fez com que ela desse um passo para trás. Marcos não e/itou e continuou atacando, a outra estatua olhava com verdadeiro ódio para ele, Rhaul vendo que ela estava destruída, pulou e tentou golpea-la, mas não conseguiu. A estátua rapidamente esticou a mao e o segurou no alto, com a outra mao, ela tentou golpear ele com a espada, prevendo este movimento, me lancei entre a espada e meu amigo, a espada dessa vez não passou de raspão, ela perfurou meu abdômen, mas não foi um corte profundo. Eu me agarrei à ponta da espada. Marcos havia parado de atacar a estátua que foi para onde eu estava. Agora as duas estavam perto uma da outra me encarando, Rhaul e Marcos estavam olhando antentos a qualquer movimento que elas pudessem fazer.
Eu sinto a presença de Maia. Onde ela esta mortal? Diga onde ela esta ou eu te mato.
– Eu não sei quem é essa Maia!
Onde ela esta? — ele afundou a espada ainda leis —fale onde ela esta que nos deixaremos vocês entrarem.
– E-eu j-ja te falei — o sangue escorria pelas minhas veia como se fosse ácido — NÃO SEI ONDE ESSA MAIA ESTA! — segurei a espada e a quebrei, as estatuas se afastaram, retirei de mim a ponta que havia me perfurado e a lancei contra a perna da estátua que tinha me acertado, o joelho dela se quebrou, me lancei sobre a outra, a essa altura eu já não estava mas calçado e nem estava usando camisa. A estátua me segurou, me deixando na altura do seu pescoço, estendia a mão e fiz uma espada flamejante, cortei o pescoço dela, que desmoronou, se quebrando toda. Fui em direção a estátua que agora estava de joelho, mesmo ela estando daquele jeito, precisei olhar para cima para olha-la olho a olho.
– Qual o seu nome anjo?
Como você sabe se realmente somos ou não somos anjos?
– Você disse que queria ver sua irmã Maia. Se eu não estou enganado, ela é ou era um anjo também. Um querubim.
Meu nome é Daniel.
– Você é o colar?
Como assim, o colar?
– Os Instrumentos Celestiais.
Sim. Eu sou o colar. Ao todo somos sete Instrumentos.
– Meu pai me disse que quem conseguir juntar os sete Instrumentos, poderia descer o céu. Oque ele queria dizer com isso?
A pessoa que juntar todos os Instrumentos, formara um anjo que a muito tempo foi trancado. Esse anjo é um dos dois que ficaram com o lugar de Lúcifer quando ele foi expulso do céu. Esse anjo, Tanatus, e muito poderoso. Na verdade são dois anjos, Ipnus e Tanatus. Eles são irmãos, mas algumas coisas aconteceram e Tanatus como castigo foi selado. Quem possuir esses Instrumentos, terá controle só bre o anjo. Tanatus só pode ser invocado com os sete Instrumentos enquanto Ipnus só pode ser convocado pela presença de sete anjos poderosos. Isso o torna mais forte que seu irmão Tanatus.
– Daniel?
Sim.
– Você gostaria de ver Maia?
A qualquer custo!
– Então me responda uma coisa. Eu preciso pegar os Instrumentos que estão aindentro, o anjo e a espada. Mas eu não sei como fazer isso, você poderia dizer como consigo pegar?
Isso é simples, se você aproximar algum outro Instrumento a eles, ambos se soltaram. Agora por favor, me deixe ver ela.
– Só mais uma coisa. Meu amigos precisam de uma coisa que esta dentro do salão...
Já sei, o Sagradis, não é permitido retirar isso lá de dentro, mas eles podem pegar isso — apontou para as ruínas da outra estátua — esse material é o mesmo que vocês querem, agora me deixe vela.
– Aqui esta ela — levantei a mao e deixei que ele olhasse para o anel em meu dedo.
Você esta brincando comigo?
– Não. Você pediu pra ver ela, aqui esta, eu só não sei como tirar ela daqui de dentro.
Você esta dizendo que isso é um dos... — fiz que sim com a cabeça — se isso for realmente verdade, vocês agora irão testemunhar uma coisa que ninguém conseguiu presenciar ate hoje. — Marcos e Rhaul se aproximaram. Daniel escostou no anel que começou a brilhar intensamente. Um brilho tao intenso que deixaria uma pessoa sega. Tudo em Vouga sumiu, e nos ficamos no meio da luz, uma imagem se formou entre mim e Daniel. Uma garota de pele morena e olhos escuro, cabelo preto um pouco abaixo do ombro, ela era linda, mas tinha uma coisa que estava chamando nossa atenção, menos a de Daniel. Ela tinha asas, asas de verdade. Eram como plumas, mas pareciam ser mais resistentes que rochas. Daniel também estava diferente, não era mais uma estátua, agora estava parecido com Maia. Branco como a neve com cabelos que lhe caiam sobre a testa, olhos verdes como pinheiros e as asas douradas.
Quem me chama?
Maia?
Daniel?
Mais, é realmente você. — ele estava chorando — eu pensei que nunca mais iria te ver.
Como você conseguiu me encontrar?
Enzo Romeo. Ele possui o anel.
– Daniel.
Sim?
– Acho que vocês poderão se encontrar novamente.
Como você pode saber isso?
– Minha amiga possui o colar, podemos dizer que eu e ela temos algum tipo de ligação. Então é provável que vocês possam se encontrar novamente.
Sim, nos podemos entrar em seus sonhos.
Maia, este garoto é digno que focar com o que qsta lá dentro. Eu deixarei que eles entrem, agora é você que decide se ira ajudar ou não a pegar Gabriel e Castiel. Garoto, tome isso — ele esticou a mao e me entregou uma pena grande e pesada — é uma pena da minha asa, com o tempo você descobrirá pra que ela serve. Obrigado por tudo, por enquanto eu não posso fazer nada, apenas agradecer. —  o ar voltou a ser como era antes, o anel parou de brilhar, Maia e Daniel tinham sumido, apena a estátua estava lá, imóvel ao lado da porta, que agora estava aberta. Entrei no acompanhado pelos meus dois amigos, eles estavam transformados em lobos.  Estava muito escuro, então eu agucei mais a minha visão, no meio da sala, tinha uma estátua de um anjo, ele estava meio que ajoelhado e meio de pé, do chão, varias mãos tentavam seguralo ou afundalo. Ele se apoiava em uma espada que estava em sua mao esquerda, a mão direita estava estendida com a palma para cima, nela havia um anjinho com uma espada na mão. Pelo que eu pude deduzir, parecia que o anjo estava entregando o pingente pra Deus, como se todas as mãos estivessem tentando pega-lo. Marcos lavantou a cabeça e olhou para as sombras do Salão, tinha alguma coisa errada, na sombra havia outra sombra. Era um homem. Ele era um pouco mais alto que eu, tinha olhos azuis, pele clara e cabelo grisalho. Vestia um terno branco, e parecia um tipo de anjo, mas não como Maia ou Daniel. Ele tinha um quê de maldade, uma maldade bela. Ele saiu das sombras, na pouca luz da lua, seus olhos pareciam mais azuis do que eu tinha notado, ele me encarou.
– Ora, ora, ora. Se não é o Enzo Romeo, filho de...
– Todos já sabem, nem precisa terminar. Quem é você?
– Eu? Ninguém que você precise saber o nome.
– Você sabe meu nome, eu acho que seria justo eu saber o seu.
– Pra que você que saber o nome do seu assassino?