the nightmare before christmas ♡ muke [c]

✞ michael's obsession [I]

Irei dividir esse capítulo em duas partes, volto logo com a outra! E se eu não voltar com a outra, vai ter três atts amanhã porque sexta eu não tenho aula então posso ficar aqui até tarde lalala. Enfim, vão ler. x

He's all alone up there, locked away inside, never says a word... Hope he hasn't died.

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Casa dos Hemmings - 18 horas até o Halloween - 6:33AM

Luke dormira em poucos segundos e Michael mal pôde acreditar nisso. Sua vontade de contá-lo sobre seus planos era enorme, no entanto, não teria coragem alguma de acordar o garoto. Tudo o que fez foi deitar-se no curto espaço que tinha na cama de solteiro de Luke, enquanto apoiava a cabeça em uma das mãos, que se mantinham firmes graças ao cotovelo apoiando-se ao travesseiro abaixo de si.

As pálpebras fechadas escondiam os olhos azuis, mas isso não o fazia parecer menos angelical ao ver de Michael. O rapaz levou a mão livre até a pele leitosa do amigo, acariciando delicadamente com a ponta do polegar as maçãs do rosto do outro, enquanto vasculhava com os olhos por cada mínimo detalhe que desconhecia até então daquela face tão amável. Os dedos logo foram aos fios loiros que tampavam parcialmente sua visão das feições de Luke, retirando-os dali. Ele sabia, no fundo do seu coração, que não havia como reverter seus sentimentos àquela altura. De fato, nem sequer tinha vontade de deixar de amar seu Luke, por mais errado que fosse às vistas das outras pessoas.

Soltou devagar sua respiração pesada que lhe prendia o peito numa angústia lancinante. Jamais pensaria que era errado amar Luke com cada célula, cada átomo do seu corpo, de forma alguma!, a sociedade que era o problema.

Aproximou-se mais o semblante ao do pequeno corpo próximo de si, atrevendo-se a roçar seu nariz ao do outro, sentindo o contato gelado de ambas as peles. Sorriu minimamente, sentindo o coração falhar algumas batidas e em seguida acelerar num súpeto, e perguntava-se quando teria uma chance dessas novamente. Nem dali a mil anos, provavelmente, bem como não iria desperdiçar tal oportunidade.

Os lábios avermelhados e entreabertos eram convidativos, talvez até demais às suas vistas, todavia a hipótese de se controlar veio-lhe. Oh, mas por que se controlar, não é mesmo? Levou a ponta do indicador até os traços finos da boca de Luke, traçando desenhos leves ali, olhando atentamente para cada movimento que seu dedo fazia, completamente alheio da dor que sentia no pulso por estar tanto tempo com o peso apoiado ali. Molhou os próprios lábios rapidamente, sentindo a respiração descompassar. Piscou inúmeras vezes, perdendo-se do próprio senso comum ao encarar aquela pele vermelha se comparada ao rosto. Inconscientemente, sua testa se tocou à do loiro, deixando escapar um sorriso presunçoso ao ter a presença de Luke tão próxima.

Alcançou sua boca àquela que no momento desejava descomunalmente, capturando e tomando-os em um beijo rápido e casto. No momento que se afastou, logo voltou, roubando mais um, dois, três, quatro... Queria beijar Luke de forma mais intensa e precisa, contudo, querer não era poder e faria isso quando o rapaz estivesse acordado, assim como quando Michael estivesse convicto dos próprios atos, pois agora a coragem que tirara para realizar tal ação saíra de um lugar fora do seu conhecimento.

Desaproximou o rosto de Luke, ainda encarando, os olhos verdes atentos nas expressões faciais do loiro. Nenhuma reação sequer. E era melhor assim.

Soltou um suspiro, rolando o corpo para fora da cama silenciosamente na tentativa de não acordar o amigo. Os pés tocaram o chão e colocaram os tênis de qualquer maneira, sem paciência de utilizar as mãos para uma ajuda. Levantou logo após, dando uma última olhadela em um Luke ainda adormecido. Um rubor tomou-lhe as bochechas e o arrependimento veio, junto de pensamentos ruins que odiaria colocar em palavras.

Andou em passos lentos até a porta do quarto de Luke, abrindo-a cuidadosamente e saindo, fechando-a assim como abriu, de forma cuidadosa. Voltaria para casa, tentaria dormir por algumas horas e chamaria Calum e Ashton. Sem sombra de dúvidas eles iam querer fazer parte do plano maluco. Desistiria de tentar insistir com Luke, ele não ia aceitar de toda forma. Ele precisava largar um pouco sua obsessão, vulgo Luke Hemmings, de lado e dar espaço à outra. O Halloween era importante e precisava de umas melhorias.

Enquanto isso, Luke dormia.

Ou pelo menos, fingia.

Sua covinha aparecia, esboçando um sorriso, os orbes azuis aparecendo em seguida. Porém, Michael não estava deitado do seu lado. O sorriso logo sumiu, dando lugar a uma expressão tristonha. O calor do garoto de cabelos tingidos ainda estava impregnado nos lençóis, assim como em sua boca. O contato fizera todo o corpo de Luke se arrepiar e ele tentava entender como Michael não tinha notado fora que os sons de seu coração acelerado podiam ser muito bem escutados facilmente.

Recostou as costas na superfície macia do colchão, encarando o teto branco. Cruzou os braços contra o peito e uma carranca acompanhada de um biquinho tomou conta de sua expressão. Não sabia para quem fazia birra, talvez para o Michael que adentrava sua mente, dizendo-o quão fofo ficava quando bravo. O semblante irritado falhou com o pensamento, permitindo que um risinho lhe fugisse. Mordeu os lábios com certa força, pensando em ter aquele contato com o amigo de novo.

Levou as mãos ao rosto, tampando-o completamente e soltando risadinhas infantis. Pensava no quão menininha apaixonada de colegial aparentava estar na hora, mas não ia ligar para isso. Ele necessitava extravasar um pouco sua felicidade que mal cabia dentro de si, além da vontade absurda de querer beijar Michael de uma vez por todas e fazê-lo seu.

A única coisa que Luke não sabia era que Michael, no caminho para casa, desejava nunca mais realizar aquilo que mais queria e, por mais contraditório que fosse, ele ao mesmo tempo queria. Só que as consequências lhe pesavam a consciência e o medo que sentia era palpável.

Continuou trilhando seu destino, chutando pedrinhas no meio do caminho na tentativa falha de manter a mente entretida.

Provavelmente, esquecer isso será mais difícil do que fazer o trenó.

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You know, I think this Christmas thing it's not as tricky as it seems. And why should they have all the fun?