Capítulo 1

74 6 1
                                    

Antes de começar essa história, quero agradecer à você que irá lê-la. É a minha primeira história e a sua opinião é muito importante. Espero que goste...

Nathália Borges.

..........................................................................................................................................................................

A minha vida estava ótima. Morava em um apartamento com uma enorme varanda junto com meus pais. A minha escola era uma das mais caras e as pessoas eram incríveis, eu tinha minhas amigas e sempre alguma festa para ir. E meu ficante... Ele era maravilhoso, além de gato, gostava de mim de verdade e acho até que ele me pedirá em namoro e não tardará para isso.

Estava tudo indo muito bem, mas meus pais, com a desculpa de estarem cansados da vida na cidade e de todo stress que eles passavam, disseram que passariam à procurar um emprego no interior, ou próximo do interior par podermos morar lá. Eu não dei bola para isso no começo, mas quando eles me chamaram para conversar e disseram que já haviam encontrado as vagas de emprego, e também, a casa que iríamos morar, que era de um amigo de papai que fez um preço especial para ele, meu mundo caiu.

- É claro que isso não é bom, na verdade isso é horrível. Foi a pior notícia que já recebi na vida. Por quê estão fazendo isso comigo?

- Calma Isa...

- Não mãe... por favor, isso é ridículo. Eu vou deixar tudo para trás... - eu já estava gritando.

- Isadora, pare com essa gritaria - meu pai me repreendeu em um elevado tom de voz. - Nós vamos e ponto. Você vai se acostumar, não é um lugar ruim e tem uma boa escola.

- Mas não tem o Jean, nem as meninas, só um bando de caipiras nesse fim de mundo.

- Você vai encontrar novas amizades e não vai deixar de manter contato com suas amigas - minha mãe disse, paciente.

- E esse Jean, não gostei desse garoto desde a primeira vez que o vi e você mesma disse que ele nem é seu namorado.

- Ainda. Ele me ama e eu amo ele.

Meu pai respirou fundo. Meus olhos lacrimejaram, a ideia de deixar o cara que eu era apaixonada estava acabando comigo. Eles não podiam mesmo estar fazendo aquilo comigo.

- Então, você não sabe o que é amor. - ao dizer isso, meu pai se levantou do sofá e foi para o quarto.

Me deu vontade de gritar. Por qual motivo ele achava isso? Ele não sabe de nada sobre eu e Jean, ele não sabe sobre nós.

Minha mãe não queria me encarar, mas o fez.

- Isadora, você não é mais criança, já tem dezessete anos. Deveria de ser um pouco menos egoísta, falo como sua mãe, porque te amo.

Depois disso, ela se levantou e me deixou sozinha na sala. Meus pensamentos embaralhados. Eu não seu egoísta, na verdade , eles estavam sendo egoístas. Eu compreendo que eles estavam estressados com a rotina, mas exitem psicólogos.


Eu tinha apenas duas semanas para me despedir de toda a minha vida. Era mês de outubro e faltava pouco para as aulas acabarem, mas terminarei o bimestre em outra escola.

- O quê? - minhas amigas tiveram a mesma reação quando contei à elas.

- Mas Isa... Não - Ellen estava desesperada. Ela era a minha melhor amiga. - E a gente, e o Jean? Você não vai ficar para a festa do Carlos?

- Não, eu já terei ido embora.

Elas me abraçaram.

- O que está acontecendo? - era a voz do Jean.

Eu não aguentei ver aquele garoto lindo olhando para a gente com cara de dúvida.

- Jean, eu vou embora - eu soltei de vez e corri para os braços dele.

Ele não falou nada durante muito tempo.

- Para onde? E por quê?

- Vou para o interior, uma cidadezinha que nem sei o nome ficar em uma casa no meio do mato. Isso tudo porque meus pais decidiram que estavam muito estressados na cidade grande. Meu Deus, eu não quero perder você.

- Calma, vai ficar tudo bem.

Não, não iria. Eu já estava chorando. Ele enxugou minhas lágrimas.

- O que vamos fazer?

Minhas amigas ainda estavam ali perto e Ellen disse:

- Continuem ficando à distância.

- A gente pode tentar. Você pode vir para cá e passar alguns dias lá em casa e quem sabe, eu possa ir te ver nessa tal cidade - Jean sorriu após essas palavras, me fazendo sorrir também.

Poderia dar certo e já que ele topou, quem seria eu para contestar.

Visitamos meus avós, meus tios e tias e meus primos uma semana antes de irmos. É claro que iríamos nos ver novamente, porém com menos frequência.

Meus pais colocaram o apartamento para alugar e também já conseguiram um inquilino. Nossos objetos pessoais já estavam sendo empacotados para serem levados para nova casa. Meus livros não poderiam ficar para trás e uma caixa foi só para eles. Além deles, teria que levar meus eletrônicos, obviamente, mas isso eu só empacotaria no dia, já que necessito usá-los diariamente. Minha mãe me disse que a internet será mais lenta e o sinal de celular mais precário, mas também me garantiu que em certos pontos dava para se ter um bom sinal. A escola era um deles.


As duas semanas passaram voando e já estava tudo pronto na manhã de sábado para partirmos. Tudo pronto, menos eu.

Eram umas oito da manhã quando a campainha tocou, mas não esperávamos ninguém. Abri a porta...

Minhas amigas e Jean me abraçaram. Não pude conter minhas lágrimas.

- Não podíamos deixar você ir assim, Isa. Vamos sentir sua falta - Ellen falou com lágrimas nos olhos.

Jean me abraçou e me beijou na bochecha.

- Quem está aí? - meus pais chegaram na sala.

- Ela tem mesmo que ir? - minhas amigas perguntaram. Meu pai encarava Jean como se desejasse que ele não estivesse ali.

- Sinto muito por vocês, mas é necessário - minha mão explicou. - Vamos deixá-los à sós.

E meus pais se retiraram.

- Eu amo vocês - falei.

Jean me beijou. Um beijo demorado e depois, um longo abraço. Eu já o considerava meu namorado e com essa ideia da gente continuar junto à distância, sinto que ele já me considere também.

Se passaram uns 15 minutos e meus pais falaram que estava na hora de ir. Me deu vontade de não ir de jeito nenhum, mas o que eu poderia fazer? Eles me arrastariam de qualquer jeito. Eu poderia gritar e espernear, mas não adiantaria de nada.

As coisas já estavam no caminhão que meu pai contratou. Fechamos a porta do apartamento e descemos todos juntos: eu, meus pais, minhas amigas e meu namorado.

- É agora...

Com os olhos cheios de água, abracei as meninas e dei um beijo em Jean para então, entrar no carro.


Um Lugar DiferenteOnde histórias criam vida. Descubra agora