Capítulo 11

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      Quando estamos de férias percebemos que uma das melhores sensações da vida é acordar às 10:00 da manhã.

Era semana de natal e meus pais já entraram de férias. Mamãe estava doida arrumando a casa toda por conta da vinda de nossos parentes na quarta-feira, ou melhor dizendo, amanhã.

Era lavar banheiro, aspirar a casa toda, trocar as roupas de cama e arrumar os quartos de hóspedes do primeiro e do segundo andar.

— Seus primos também vêm.

Eles eram gêmeos e tinham 10 anos de idade, filhos de tia Angelina, que é mais jovem que minha mãe.

— Tudo bem mãe, eles dormem na sala.

Enquanto eu e minha mãe arrumávamos a casa, papai havia saído para comprar os enfeites de natal.


Ao findar da tarde começamos a pendurar as luzes de natal na varanda. Papai na escada fazendo o trabalho duro. Eu e mamãe colocávamos aquela grama de mentira com pontas brancas simulando neve e as bolinhas com guizos.

— Precisam de ajuda? — uma voz mais distante se fez ouvir.

— Que boa surpresa, Thiago. Por favor, aproxime-se — minha mãe gritou da varanda para que ele escutasse da beira do gramado.

Ele se aproximou.

— Temos uma grande árvore de natal para ser montada, acha que pode ajudar? — minha mãe perguntou.

— Claro, mas onde está?

— Ah, sim. Isadora, ajude-o. Eu e seu pai terminamos aqui.

Algo me diz que ela fez de propósito.

Entramos em casa.

— A gente quer a árvore de natal, naquele canto ali — apontei para o canto onde haviam uma grande caixa com, a árvore e outra menor, com os enfeites.

Começamos por abrir a caixa da árvore de natal.

— Já acabou a sua decoração?

— Na verdade, decoramos a casa fim de semana passado.

Tiramos as partes da árvore da caixa.

— Isso espeta — comentei e Thiago concordou.

Montamos os pés e depois encaixamos o corpo para então, abrir os ramos da árvore de natal.

— Nem dá para acreditar que já é natal — tentei mais uma vez puxar algum assunto.

— Imagino que você nem viu o tempo passar.

— Não, estava ocupada acordando para vida.

— Que é aqui agora, não? — Thiago disse enquanto rodávamos ao redor da árvore, arrumando-a.

— Creio que sim.

— Vocês vão à festa da virada do ano?

— Que festa é essa?

— Uma comemoração na praça com música, comida e a contagem regressiva. Os fogos de artifício são lançados em terrenos mais longes do centro, mas sei onde é.

— Vai me levar lá? — perguntei.

— Talvez.

Coloquei os enfeites da parte de baixo e Thiago colocou os mais altos.

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