Capítulo 18

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      Não havia nada melhor do que acordar nos braços de Thiago. Era impossível a ideia de um dia sair dali, mas logo ele teria de ir embora.

      Ainda era cedo para meus pais terem acordado.

      — Bom dia! — Thiago falou e se espreguiçou. Uma imagem que podeira se repetir para sempre  eu nunca me cansaria. 

      — Bom dia! Dormiu bem?

      — Muito bem.

      Demos um selinho e então levantamos, caso contrário, estaríamos encrencados.

      Thiago colocou sua roupa e pegou seus sapatos enquanto eu colocava meu pijama.

      Descemos devagar e na ponta dos pés. Abri a porta da frente com cautela e saímos, fechei a porta atrás de mim. 

      Thiago era ainda mais bonito na luz da manhã e com cara de sono. Ele acariciou meu rosto.

      — Você é linda.

      Nos abraçamos e ele me deu um beijo na testa.

      — Nos vemos daqui a pouco para ficarmos juntos o dia todo, como te prometi.

      Sorri.

      — Não demora.

      Ele mostrou seu sorriso torto antes de ir embora e eu entrar em casa, voltar para meu quarto e deitar em minha cama.

      Sorria como uma criança que ganhara o brinquedo dos sonhos e não haviam outros pensamentos em minha mente senão Thiago. Era tudo o que importava.


      — Como foi a virada de ano? — meu pai perguntou na mesa do café enquanto passava manteiga no pão.

      — Incrível. Tantas pessoas e todo mundo feliz, foi muito bom e Thiago ainda me levou para onde são lançados os fogos de artifício e foi maravilhoso — falei com empolgação e meus pais sorriram.

      — Que bom que gostou, filha. Ficamos felizes que esteja se adaptando ao local. Não se esqueça que semana que vem vamos para casa de sua avó — minha mãe me lembrou.

      — Ah, sim.

      — Está tudo bem? 

      — Está. É só que Thiago vai para a Austrália semana que vem e estava pensando em ir ao aeroporto com a família dele.

      — E para que isso se ele vai voltar? — meu pai perguntou.

      — Ele só vai voltar no final do ano. Ele vai fazer intercâmbio.

       — Ele não lhe avisou antes? —minha mãe questionou com as sobrancelhas arqueadas. — Agora temos que deixar você ir para Vitória com a família dele?

       — Mas a gente não vai para lá também?

       — Você sabe o dia que ele vai?

      — Não. Decidimos não falar sobre isso ontem.

      Voltar a esse assunto me deixou um pouco para baixo.

       Minha mãe pensou um pouco.

      — Caso ele vá antes de sexta-feira, podemos ir antes também para a casa de seus avós.

      — Sério?

      — Claro, não há problemas quanto a isso, não é? — ela perguntou a meu pai.

      — Não me importo também em irmos antes.

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