XXI

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O estacionamento estava lotado. O ginásio cheio e escuro, pois era uma festa de luz negra. A decoração em neon refletia na piscina gigantesca localizada no centro. A música quase estourava os altos falantes espalhados por todo o lugar.

Don't try to fight the feeling

'Cause the thought alone

Is killing me right now (Uh!)

Malia se sentia desconfortável naquele momento, mas ao sentir a mão de Tracy na sua percebeu que não era de todo mal. Não estava pronta para um relacionamento agora, e a morena sabia e entendia, só não conseguia conter o sorriso ao estar ao lado dela.

- Vou desenhar garras em você, tudo bem? - Tracy gritou em seu ouvido para que ela pudesse escutar.

- Por que? - ela berrou de volta, confusa pelo desenho que a outra decidiu fazer usando tinta iluminadora.

- Porque você é selvagem! - ela disse rindo, depois estalando um beijo na bochecha da coiote.

Ela não poderia ter concordado mais.

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I know that we'll have a ball if we get down

And go out and just lose it all

I feel stressed out, I wanna let it go

Let's go way out spaced out and losing all control

Lydia e Allison não podiam achar a música melhor para entrarem no ginásio. Tudo que queriam era deixar para lá o mundo louco em que viviam e se divertirem como os outros adolescentes presentes ali. Nunca se sabe quanto tempo a paz naquela cidade pode durar.

Queriam apenas aproveitar a companhia uma da outra.

- Lydia eu agradeço por tudo, mas tomei uma decisão. - a morena falou no pé do ouvido da outra enquanto pegavam bebidas.

- O quê? - ela berrou de volta.

- Vou trazer Isaac de volta. - falou retirando um peso de suas costas.

Lydia a encarou em silêncio e decidiu não comentar nada. Ambas sabiam o preço que se pagava por trazer alguém dos mortos, mas a banshee também conhecia a melhor amiga o suficiente para saber que ela não desistiria fácil daquela ideia.

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Scott puxava Letícia pela mão para saírem do meio de todo aquele barulho. Soados e cansados de dançar, decidiram ir para o campo de lacrosse tomarem um ar.

Fazia bons tempos em que eles não se sentiam tão normais.

- Você é um problema, Scott. - ela decidiu falar sendo tomada pela sensatez, ou pelo álcool, talvez ambos.

- Por quê? - ele perguntou rindo, sentando-se ao lado dela na arquibancada.

- Você é diferente. - ela o encarou séria - Você deveria ser igual aos outros.

- Se eu fosse.. Teria alguma chance com você? - ele decidiu perguntar.

Não havia sentido aquilo que estava sentindo por mais ninguém além da ex namorada. Se não arriscasse, não saberia onde isso o levaria.

- Não. - ela riu corando. Por que suas imunidades não funcionavam com aquele garoto?!

Sendo tomada pela vontade absurda que estava sentindo desde que o conheceu, e dando ouvidos aos conselhos mequetrefes da irmã, agarrou Scott pelo colarinho e juntou seus lábios ao dele.

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