Sob-controle. (Bonkai)

Capítulo III- Acordei com um monstro.

Eu estava exausta; Sabe, quando esta tudo dando errado e você tem a esperança de que isso é só uma tempestade momentânea e logo vira a calmaria? Então. Eu não tinha essa esperança. Não conseguia dormir direito á três dias. Minhas preocupações me mantinham acordada, mas, Damon tinha chegado no meu quarto, obviamente com o intuito de brigar comigo por que eu abandonei o plano genial de prender Kai no mundo prisão de 1903. Eu tava muito cansada pra começar uma briga com Damon e leva-la adiante. Me encostei mais nele que estava do meu lado na cama, após uma pequena discussão. Eu deitei a cabeça no peito do meu melhor amigo e acabei pegando no sono.

Eu acordei; mas ainda mantive meus olhos fechados afim de voltar á dormir, afinal, eu estava muito cansada. Sentia a respiração de Damon perto do meu rosto, e fiquei feliz por ele ainda esta ali, estava deitada completamente de lado. Minha cabeça repousava confortavelmente no travesseiro; ouvi quando Damon remexeu-se na cama, mas não de importância, até que eu senti sua mão acariciar lentamente meu rosto, começou pela orelha descendo até meu queixo. Por um instante eu não senti mais o toque dele, mas logo, seus dedos acariciavam cuidadosamente entre meus cabelos. Meu coração palpitou; senti a famosas borboletas no estômago. Aquele carinho era bom e fazia muito tempo que eu não recebia aquele tipo de carinho. Todos olhavam pra á Bonnie forte, á bruxa prodígio e esqueciam da Bonnie humana, á que enfrentava o luto todos os dias. Mas, ainda que eu realmente precisasse daquilo, a sensação era estranha e até um pouco desconfortável, talvez por ser confortável demais. E eu sentia meu coração bater descompassado em meu peito, repreendia-me em pensamentos, quem estava ali era Damon, e eu nunca sentiria absolutamente nada por Damon que não fosse amizade e eu tinha absoluta certeza disso. E, pela sensação estranha, do frio na barriga. Eu decidi por interromper aquilo. -Damon para.-Resmunguei, minha voz um pouco roupa. Eu toquei sua mão que ainda estava na minha cabeça, seus dedos entre meus cabelos.- Eu não vou conseguir dormir com você me desconcentrando.-Eu disse, e esbocei um sorriso afetuoso, mas, ainda não tinha aberto meus olhos. Encarar Damon agora, me parecia muito estranho.

Com a mão sobre a mão dele, eu senti algo gélido, como um anel. Bem, Damon usava um anel, mas, não tantos em uma só mão, apenas o anel da-luz-do-dia. Eu estranhei aquilo, então, abri meus olhos preguiçosamente. Pude ver a figura deitada ao meu lado. Minha visão estava pouco embaçada, mas eu nunca esqueceria aquele rosto; afastei-me em um sobressalto provavelmente eu gemi de medo enquanto me jogava pra trás e caía de bunda no chão. Meu coração quase pulou pela boca.

Eu ouvi a gargalhada debochada dele, enquanto estava no chão ainda me recuperando do susto. Escutei quando Kai se remexeu na cama pra olhar pra mim, sentada no chão, tirando o coberto branco da minha cara. Assim que joguei o cobertor para o lado e bufei, eu olhei para cima da cama, onde Kai me olhava com aquele ar de riso. - Você ta bem? -Ele perguntou, cinicamente. Estreitei meu olhar pra ele. Aquele dissimulado; -O que infernos ta fazendo no meu quarto?! -Vociferei. Que merda, era ele que estava tocando em mim, era ele o tempo todo? -O que tava fazendo comigo? Seu estúpido atrevido!!

- Chama-se cafuné, e você parecia ta gostando. - Ele disse, cinicamente. Dando uma piscadela sacana pra mim, senti minhas bochechas queimarem de raiva. Me levantei bruscamente ainda o fulminando. - Como entrou aqui?! -Continuei, antagonista, ignorando a gracinha dele. Kai revirou os olhos, e apontou para a porta fechada do meu quarto. - Pela porta Bonnie. - Ele disse, como se eu fosse alguma retardada. Joguei o lençol branco que eu tinha levado comigo quando caí da cama na cara dele, que o segurou antes de acertar, virando o rosto pra mim, em repressão - Que a propósito tava aberta, você devia tomar mais cuidado sabia? Existem muitos sociopatas soltos por ai.

- È, eu sei disso. - Eu disse, cruzando os braços sobre o peito. - Um acabou de invadir meu quarto. - Constatei e bufei em seguida. - O que veio fazer aqui? - Perguntei, seca.