Sob-controle. (Bonkai)

Capítulo VI ~ Eu sou Humano (a) .

— Caroline te odeia.—Eu murmurei, após ouvi-lo dizer que  gostou dela, ele estava sendo absolutamente falso e cínico. Kai ficava tocando os seus dedos ao redor da mesa diversas vezes como uma criança hiperativa. —  Me conta uma novidade.—Ele aspirou. Eu fiz careta fingindo piedade, odeio ele. Logo eu procurei algo para fazer. Fui lavar a pouca louça na pia. 

— Então o Jeremy...—Ele insistiu. Eu estava tentando ignora-lo, mas, logo aquele assunto? Ele estava puxando o assunto Jeremy? Sério?! que merda. Eu não olhei para ele, apenas enxaguava a louça repleta de espuma enquanto mordi meu lábio inferior antes de protestar. 

— Não quero falar sobre isso, esquece.—Eu disse entredentes. Ouvi quando os dedos dele pararam de bater na mesa. — Ele te magoou?— Franzi o cenho com aquela pergunta sem sentido. Ah! claro! ele enfia uma faca em mim, me abandona em 1994 e foi o Jeremy que me magoou?. Eu não perdoava aquele tom preocupado, tudo em Kai para mim parecia uma mentira. 

— Não! ele não é você.— Cuspi, seca. Parando de lavar a louça. O silencio depois foi constrangedor, voltei a atenção para a louça suja em seguida.  Escutei quando Kai suspirou e levantou da cadeira. Senti quando ele se aproximou de mim e eu tive que olha-lo, virando-me para ele com um olhar interrogativo. O bruxo levantou o prato sujo para mim. — Só quero arrumar minha bagunça Bonnie. 

Eu não sabia exatamente se ele estava falando sobre o prato sujo em suas mãos, ou se ele falava da nossa situação. Afinal, ele sempre estava falando sobre concertar as coisas comigo. E eu pensava que talvez as coisas não tivessem que ser concertadas, era apenas para nós seguirmos caminhos diferentes e superar, mas, não arrumar a bagunça, aquela bagunça era grande demais.   Dei espaço para que ele pode-se lavar o prato sujo, ele o fez cuidadoso. Parecia que ele tinha um medo absurdo do prato escorregar de suas mãos e se quebrar, ele estava realmente concentrado naquilo. Quando ele terminou de lavar eu estendi a mão pra ele. Kai me olhou. 

— Eu seco. —Disse, ele sorriu pra mim, aquele sorriso bobo que eu não entendia. 

— Posso secar.—Ele disse, pegando o pano de prato da minha mão e secando.—Eu posso secar o resto dos pratos se você quiser. 

— Eu posso seca-los, sozinha. Obrigada —Eu disse, forçando a hostilidade, peguei o pano da sua mão enquanto ele guardava o prato limpo. Escutei a risada baixa e abafada de Kai, e semicerrei os olhos em direção á ele. —O que é tão engraçado? — Ele parou, virou pra mim e cruzou os braços. 

— Com certeza não você. Claro.— A voz dele foi sem entonação e distintamente irritada. A mudança de humor de Kai era impressionante, ele era o idiota sorridente á segundos atrás, agora era esse poço de rispidez. A expressão dura do rosto dele, não me abalou nem um pouco. Mas sua piada era notavelmente engolida por mim e queimava por dentro, odiava aquilo, como surtia efeito em mim.  Fiz careta pra ela, era incrível quantas vezes eu me pegava fazendo careta pra aquele cara. 

  — Seu ressentimento é exaustivo Bonnie.— Aspirou, irônico.—Já pesquisou no google como curar a mágoa? Você ta precisando. 

— Eu sei que disse que te daria uma nova chance. Eu estou dando. Mas isso não significa que tenho que fingir que gosto de você. Por que eu não gosto de você, e que isso fique claro.

— Esta claro como água.— Ele disse, antagônico.   

 Meu celular tocou no bolso da calça de moletom que eu estava usando. Eu enfiei a mão no bolso e peguei meu celular; Damon Salvatore. Kai enfiou suas mãos nos bolsos também, continuou olhando pra mim enquanto eu atendia o celular. 

— Bonnie Bennett.— Eu disse a contra-gosto.  "Falou com a Lily. Bem, ela esta realmente animada com o encontro de vocês para falar sobre os pássaros engaiolados. O que pretende fazer?"          —Você me enfiou nessa, e depois deixou tudo pra eu resolver Damon. "Aaa~ Bon Bon, não foi exatamente assim, eu só não sei o que dizer á ela. Mulher insistente." — Hm, se você não sabe o que dizer pra sua própria mãe. Imagina EU. —Revirei os olhos, Kai franziu o cenho. — Qual o problema?— Ele perguntou, mordi o lábio ao escutar o silencio do outro lado da linha.— Xiii.—Eu sussurrei. — Não faz Xiiii pra mim.—Ele disse, fazendo uma careta. "O que ele ta fazendo ai? Coloca no viva-voz." Damon pediu e eu coloquei. Era melhor Kai falar do que eu, na verdade.  "Kai! se você encostar um dedo na Bonnie eu.." —  Oi pra você também Damon.— Kai disse, revirando os olhos. — Bonnie não vai re~~   — Eu vou ir encontrar sua mãe, até lá eu penso em algo.—Vi o olhar reprovador do bruxo. — Você vai?—Perguntou, entredentes. Respirei profundamente antes de responder.— Não tem como eu fugir da Lily, ela é realmente insistente. E não tem outra coisa que eu possa fazer, preciso pensar em algo.— "Bonnie, onde você tá?" Damon perguntou, rígido. Eu não queria responder, sabia que ele viria atrás de uma briga com Kai e, não queria uma continuação do que poderia ter acontecido em Whitmore.— Longe. Não precisa se preocupar, estou bem.— Garanti.