Me levanto quase caindo e olho novamente pela sacada, um pouco a distância da rua, o carro havia batido em um poste, e os dois caras que perseguiam o garoto saíram correndo.
Ele deveria estar ali dentro, e parecia que ninguém tinha ouço isso, impossível, esperei mais alguns milímetros instantes, ninguém ouviu, eu nem conhecia, mais queria ajudar, iria me sentir um filha da mãe pelo resto da minha vida, a sacada era não muito longe do chão e nos meus 14 anos, acabei aprendendo algumas técnicas de parkout com um grupo da escola de New Jersey, nunca surviu pra nada, então firmei meus pés na parte da frente da sacada, e na posição correta me soltei, claro, a queda foi um desastre, mais pelo menos deu certo.
Tentando me recuperar da idiotice precipitada, fui cambaleando até o carro, caramba, ninguém tinha mesmo dado a mínima importância pra isso, o carro já soltava fumaça da parte interna e dentro dele havia um garoto, me aproximei, ers o mesmo, e ele já havia apanhado bastante, seu ombro sangrava, e ele parecia não reagir muito.
Com todas as minhas inúteis forças tentei move-lo para fora do carro, e com um tempinho eu consegui, o carro já havia começado a pegar fogo, liguei pra ambulância, falei o que havia ocorrido, mais quando me perguntaram o nome da rua fiquei babacamente perdida.
- D....Dravus, rua Dravus....- Ele tentava falar e quando consegui entender ele acabou desmaiando por completo.
Expliquei tudo a eles, e pediram pra esperar, mais óbvio que tinha que ajudá-lo de alguma outra forma:
- Eu vou chamar.....Algumas p..pessoas pra me ajudar com você.
Falar com um desmaiado (brilhante imbecil, brilhante.), voltei para a casa de Marry, bati por uns minutos e quem abriu foi meu tio:
- Alex?, mais...m..Mais como você...
- Sem tempo pra explicar, preciso da sua ajuda e de quem mais puder ajudar, tem um cara baleado ali, ele apanhou bastante, precisamos fazer alguma coisa.
Ele me acompanha até o local e imediatamente chama mais alguns da casa, meus dois primos e Mellory, os meninos foram resolver a situação do carro que logo depois não haveria mais risco de explodir, e finalmente a ambulância havia chegado, que ótimo.Eles o socorreram, e logo com eles vinha a polícia, e não pareciam surpresos com a situação do garoto, eles pareciam o conhecer, logo depois de tudo eles vinherem falar comigo, pediram para que eu fosse dar um depoimento na delegacia pela manhã.
-Espera, eu ajudei um cara que ia morrer, e preciso ir na delegacia por isso?. Falo indignada.
- Bom, a pessoa que você "salvou" é na verdade um dos delinquentes de um grupo que nos dá muitos problemas aqui, e queremos saber mais do que você viu, quem você viu- Um deles fala com um tom de acostumado.
-Ok..ok, primeiros momentos em Seattle e já arrumo isso de presente.
- Não se preocupe, são só algumas perguntas, agora deixe que nos iremos cuidar disso. E assim eles se retiram indo falar com meus tios.
Inacreditável, mal chego aqui e já começo com um belo "freak show", que ótimo, já eram 1:34 da manhã, eles estavam terminando de verificar tudo, perguntar e nada de vizinhos, pareciam acostumados com tudo.
Passei em frente à ambulância, eles estavam socorrendo o garoto, alto, usava uma jaqueta de couro, uma camisa azul meio falhada e cheia de sangue, um jeans e all-stars bastante gastos, cheguei mais perto, afinal, sempre tive muita curiosidade, haviam duas enfermeiras e mais alguns rapazes:
- Ele vai ficar bem? Algo grave?- Perguntei a uma delas que estava ajustando o soro.- Vai sim, iremos cuidar de tudo aqui, mais você não pode ficar, iremos sair.
- E nem vão identificar, procurar a família?
- Olha moça, esse trabalho fica com a gente, agora por favor preciso que saia.
Ok ignorante, ok, já saindo sinto alguém puxando me braço, olho para trás, era o garoto, seus cabelos morenos combinavam com os olhos verdes, ele olhava pra mim é tentando falar, apenas conseguiu dizer:
-O...obrigado, perdida. Ele deu um sorriso fraco e voltou ao seu estado apagado.
Ele era realmente muito atraente, e seu agradecimento me deixa mais feliz, uma primeira aventura em Seattle, ok, pelo menos ele está bem, sai da ambulância, e ela seguiu para o hospital, depois de limparem tudo, já era quase 2:00, voltamos pra casa e finalmente consegui dormir, mesmo depois de tudo, havia conseguido descansar minha primeira e maluca noite em Seattle.
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Accidents of Life
RomanceAlex vive como uma forasteira, desde os 5 anos após a morte do pai, ela vive mudando constantemente de cidade graças as eternas oportunidades de emprego da sua mãe, o que a faz não ter quase nenhum amigo, agora com uma oportunidade em Seattle, ela...