Accidents of Life

Capítulo VII- Posso confiar em você?

Chegando em casa finamente já eram quase duas da tarde, Mellory colocou o carro na garagem e fomos entrar, antes de abrirmos a porta ela me para:

- Finja que não sabe de nada, apenas te levei pro café, fizemos umas compras e só.

- Ok, mais você já adiantou a tirada da minha carteira, e isso é motivo de euforia- sorri.

- Exato, agora vamos, estou com fome- ela falou já entrando.

Estavam todos na mesa, e quando todos aqueles olhares nos encararam já percebi que estávamos mais que atrasadas, minha mãe já meu trouxe um olhar torto:

- Meninas...atrasadas não acham?- minha tia pergunta.

- Exatamente...-minha mãe continua.

Ficamos paradas por uns instantes sem ação alguma, quando puxei Mellory pelo braço:

- Bom desculpas a todos, o trânsito não estava muito bom, mais já estamos aqui e iremos nos trocar, licença- e subimos.

Passamos tanto tempo fora que nem tínhamos percebidos o atraso, Mellory seguiu pro seu quarto e eu pro meu, tomei banho rápido e coloquei um jeans, uma blusa de DOTA que já não usava a um tempo e um tênis, um estilo completo de "macho" como diz minha mãe, mais idai, saindo do quarto desço as escadas, Mellory já estava lá, me sentei e assim nos servimos, e durante todo o almoço minha mãe me encarava de 5 a 5 minutos, depois disso ajudamos elas a limpar a louça e subimos pra dentro, minha mãe me seguiu:

- Alex, precisamos conversar...

- Olhei pra trás:

- Ah..hum...claro mãe.

Entramos no seu quarto, que desde que cheguei não tinha o visto ainda, ele era idêntico ao meu, nada demais, sentamos em um conjunto de cadeiras de chá que ficavam perto do da sacada dela:

- Bom Alex, você ontem disse que queria falar comigo e acabou que nem desceu pro jantar, ah...Mais tem outra coisa pra te contar- ela fala.

- fiz algo de errado? O que foi? Não me diga que já iremos embora?- Perguntei.

- Não, não é isso, na verdade nada preocupante, só pra perguntar se....se você está gostando daqui, Marry me disse que aqui tem ótimas faculdades e acho que dessa vez não precisaremos ir embora- ela se anima.

- Claro que sim, eu amei esse lugar, Mellory é uma grande amiga e sim irei procurar um curso pra faculdade, está mais que na hora não- Nos rimos.

- Isso é bom, amanhã início meu trabalho, e logo teremos nossa casa- ela põe a mão sobre meu ombro e da um beijo na minha bochecha,- Bom, era só isso, e o que você queria falar comigo?- Ela pergunta.

- Era sobre a faculdade mais já esclarecemos aqui mesmos então...

- Ok, ela fala, pode ir.

E assim saio do seu quarto, tomara que dê tudo certo no emprego dela, aliais, Seattle era um bom lugar, fui pro meu quarto e me deitei um pouco, acabei adormecendo.

4:14 Pm- Seattle

Eu nem tinha notado mais havia dormido, olhei pra o relógio e WTF?, eram mais de 4:00 horas eu havia me atrasado, e ele já deveria ter ido embora de tanto esperar, me levantei e desci as escadas em direção à porta foi quando me veio a surpresa.

Minha mãe estava na porta conversando com Sam, e eles pareciam estar sorrindo, aquele doente, fui até eles:

- Ah...mãe

- Oi Alex, não fui te chamar desculpa, mas seu amigo disse que vocês iriam sair hoje- ela fala.

- Sim, esse é..

- Sam, eu sei, já nos conhecemos.

Ele dá um sorriso falso, se mostrando um bom rapaz, sinico...

- Não vou atrapalhar, pode ir e...tente não voltar tarde- ela fala saindo da porta,- e tchau Sam, foi bom conhece-lo.

- Igualmente Sarah- Ele fala e fazendo um gesto com o rosto de quem dizia "anda logo, vamos"

Entramos no carro e saímos.

- Legal a sua mãe, e a propósito gostei da blusa- Ele fala.

- pelo menos você não foi idiota na frente dela, "bom moço", o primeiro de uma infinidade que detesta- respondo e ele ri.

- Não tão louco a certo ponto de me revelar assim, mais ela parecia uma boa sogra- Ele fala com um sorriso espertinho.

Corei na hora:

- Sogra, haha, vá sonhando.

- Nada é impossível srta.perdida- Ele prossegue.

- Isso tá ficando estranho, parou- exigi.

- Ok, hoje vamos a um local diferente, meu esconderijo secreto- Ele fala.

- Esconderijo?, e eu já sou digna de conhece-lo- pergunto.

- Considere-se minha aprendir da vida- Ele disse sorrindo e eu retribui o sorriso.

- Alex...- Ele olha pra mim.

- Oi?

- Eu acho que...Já conheci tantas pessoas nessa minha vida, e cada uma mais filha da puta que a outra, e em dois dias apenas eu vi que o que elas não têm, você tem, posso confiar em você?- Ele pergunta, parecia sério.

Como negar um pedido daqueles olhos verdes, eu parecia estar em outeo lugar agora, minhas pernas adormeceram e eu fiquei mais do que vermelha:

- Claro que pode...você é o único amigo que eu tenho aqui, ainda...Mais, o melhor de todos que poderei conhecer- Falei.

Ele só olhou pra mim com um sorriso, e assim começou a diminuir a velocidade do carro, parece que tínhamos chegado, descemos do carro e eu o segui, ele olhou pra trás, e acabou colocando um dos braços em volta do meu pescoço, espera, o que?, eu nem disse nada, mais estava morrendo por dentro, e admito a sensação não era ruim, algumas das minhas maiores dúvidas estavam começando a aumentar: Eu gostava de Sam, ou eu apenas gostava de estar com o Sr. Olhos verdes e face roxa, eu já nem sabia o que pensar.