Capítulo 21

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     Passou-se dez dias e ninguém tinha notícia de Lurdes. Todo mundo estava pra baixo, ninguém se animava para fazer nada. A perca de Silvia mexeu com o sentimentos de todo mundo, menos de Cátia, Lurdes e Marcelo.
Durante esse tempo policiais e alguns seguranças de Dr. Alencar foram em busca de Silvia, mas nenhum deles a encontraram. O que eles não sabiam era que Silvia estava muito longe do que eles imaginavam.
Lurdes tinha pedido para seus amigos da praça para levar Silvia em uma fazenda. A fazenda era um pouco grande, mas não tinha nada de interessante, fora duas casas; uma grande e outra pequena. Silvia estava na casa pequena, que antigamente morava os trabalhadores daquela fazenda.
Todos os dias de madrugada Lurdes ia até a fazenda e conversa com Silvia, ela sempre a ameaçava, contava algumas novidades e dava uns tapas na cara de Silvia.
A alimentação da sequestrada estava péssima, ela só comia um pão e bebia água durante o dia. Lurdes estava fazendo aquilo para Silvia morrer aos poucos, ela não queria matar a cozinheira da mansão, se não ela ficaria com a mente pesada, mas estava deixando que a própria Silvia se matasse.
Na casa de Cátia a empregada Laura estava aproveitando, ela nunca foi de ficar sem fazer serviço e como Cátia não estava indo lá o trabalho era pouco.
O pobre porteiro estava trabalhando normalmente, Cátia e seus amigos não fizeram nada com ele, mas Fernanda e Joana estavam atentas com os três. Depois do acontecimento elas não duvidavam de nada que elas fizessem.
— Estou com saudades do tempero que Silvia colocava na janta — Fernanda dizia a Joana.
— Eu não aguento mais ficar comendo as comidas repetitiva de Lurdes, no início estava uma beleza, mas agora está muito enjoativa — reclamava Joana.
Dr. Alencar chegou perto delas e deu um sermão:
— Parem de reclamar meninas, tem tanta gente no mundo implorando por um pedaço de pão e vocês reclamando da comida repetitiva.
Fernanda e Joana não tinha contado para Alencar o motivo do escândalo que elas fizeram quando Lurdes tinham chegado na mansão. Aquilo estava deixando ele um pouco inquieto, ele não estava gostando do modo que elas tratavam Lurdes.
Quando Lurdes e Dr. Alencar se conheceram, Lurdes pediu para que ele a acompanhasse, pois ela achava que estava com problemas psicológicos.
Alencar sempre soube que aquilo era um perca de tempo, pois ele notava nitidamente em Lurdes que ela não tinha nenhum problema, mas ele a trouxe para casa por causa de dó. Tudo isso porque ela implorou para que ele não fosse embora já tinha um tempo que ela estava procurando um emprego e sempre ela comentava isso para o mesmo.
Eles estavam na mesa de jantar saboreando a comida que Lurdes tinha preparado. Na mesa a única coisa que mudava era o sabor do suco.
— Amor, eu tenho que ir ali — disse Fernanda a Dr. Alencar.
— Já vai sair? Você nem terminou de jantar!
— É caso de urgência.
Fernanda levantou da mesa sem que Dr. Alencar a respondesse. Ela correu para fora da mansão e se dirigiu até o Joaquim. Ela teve que aproveitar o único momento que ninguém estava trabalhando na câmera, pois todo mundo e principalmente Marcelo estavam jantando.
Fazia um pouco de tempo que Fernanda e Joaquim estavam se preparando para acompanhar Lurdes de carro. Quando Fernanda teve essa ideia ela contou a verdade para o porteiro, ele prometeu não contar aquilo para ninguém.
— Vamos fazer isso hoje, tudo bem? — dizia Fernanda chegando próximo ao porteiro.
— Como irei fazer isso sendo que o chefe vai precisar de mim nessa madrugada?
Fernanda tinha se esquecido que hoje Dr. Alencar iria trabalhar de madrugada e Joaquim teria que ficar na portaria até a hora que ele voltasse, e o doutor não tinha horário de voltar para casa.
— Que droga!
— Você não consegue conversar com ele sobre isso? — perguntou Joaquim.
— Vou tentar, mas vou estar aqui ás meia noite e meia da mesma forma que combinamos, ok?
— Fique de olho no Marcelo, assim que ele sair da sala que fica as câmeras você vem!
— Tudo bem — disse Fernanda e voltou correndo a casa para jantar.
Quando Fernanda voltou para dentro da mansão Cátia e Lurdes ficaram olhando uma para a outra, elas conversavam através de olhares e um pouco de desconfiança e mistério circulava aquele lugar.
Terminando de jantar todo mundo voltou para seus devidos lugares, Cátia e Lurdes saíram de dentro da mansão e foram para o jardim da casa. Sentada no banco bem perto de uma grande árvore que ali tinha elas começaram a conversar:
— Vai querer ir lá hoje?
— É longe? Porque o Marcelo não pode nem sonhar que estou saindo de dentro da mansão, depois que ele me viu beijando o Dr. Alencar não deixa eu fazer mais nada — disse Cátia.
Lurdes parou e ficou perplexa quando Cátia disse aquilo.
— Que? — disse Lurdes — Eu não entendi muito bem.
— Vai me dizer que você não sabe que ele gosta de mim e acha que nós estamos namorando?
Na mesma hora Lurdes deu um tapa bem forte no rosto de Cátia.
Assustada e sem compreender o motivo do tapa Cátia colocou a mão na região que a palma da mão de Lurdes foi acertou e disse:
— Você é louca?
— Eu não acredito que aquele filho de uma puta fez isso comigo — disse Lurdes — Você é outra cachorra, sua desgraçada!
— Do que você está falando?
— Não faça de desentendida, você sabe muito bem que eu venho tendo um sentimento profundo por Marcelo — Lurdes fez uma pausa — Não dá pra confiar em você, mesmo viu!
— Eu juro que não sabia Lurdes.
— Fica tranquila, você está certa. Aquele miserável que é culpado, ele que me traiu com você, até porque você não sabia de nada.



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