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Mais uma vez me encontro em minha cama chorando por mais uma decepção amorosa, eu disse que isso iria acontecer, mas realmente não pensei que fosse acontecer tão rápido. Novamente eu me apaixonei e para que? Para novamente sofrer por amor? O que tem de errado comigo? Por que todos com quem me relaciono acabam me traindo?

Eu me pergunto mais uma vez, será que eu fui feito para estar sozinho? Os meus olhos queimam e as lágrimas não param de escorrer pelo meu rosto. Com milhares de pensamentos em minha mente, eu acabo adormecendo, acordo não sei quanto tempo depois com minha mãe me chamando.

- Li? Li? Acorda, se não você vai se atrasar para a escola. – Falou me balançando.

- Que horas são? – Pergunto coçando os olhos.

- Já são 6h30, eu estou preocupada, você se trancou no quarto ontem à noite e não saiu mais, o que aconteceu lá na casa do Zayn? – Perguntou.

- Não aconteceu nada, eu só estava com muita dor de cabeça, então decidi vir para o quarto, depois acabei dormindo. – Menti.

- Por que você não me falou? Eu teria te dado um remédio pra passar a dor. – Falou passando a mão em meus cabelos.

- Obrigado, mãe, mas não era necessário, o que você fez para o café? Estou morrendo de fome, ontem eu nem jantei. – Perguntei mudando de assunto.

- Fiz tudo o que você gosta, vai tomar banho e desce pra gente comer. – Falou saindo do quarto.

Vou para o banheiro, tiro toda a minha roupa e entro debaixo do chuveiro, opto tomar um banho frio para despertar completamente.

O Zayn não sai da minha cabeça, lembro-me de tudo o que ele me disse ontem à tarde, as lagrimas começam a descer involuntariamente e se misturando com as gotas de água que caem do chuveiro. Por que ele fez isso?

Eu logo termino o banho, me visto com o uniforme da escola e desço para tomar café da manhã, minha mãe está sentada à mesa e eu me sento de frente para ela. Pego um suco e me sirvo, pego também algumas torradas e um misto quente, como rapidamente e continuo com fome, minha mãe me olha surpresa e com a maior naturalidade eu pergunto.

- O quê? – Pergunto ao ver ela me olhando surpresa por eu estar comendo assim.

- Nada, é que você nunca comeu assim antes, com tanta vontade. – Fala.

- É que eu estou com muita fome. – Falo dando uma mordida no misto quente.

Sim, é fome, porem eu como para tentar amenizar a dor que eu sinto, a comida é o meu refúgio.

Termino o meu café e saio em direção à escola, caminho despreocupadamente pela calçada, quando alguém que eu não sei quem surge atrás de mim me dando um susto.

- Bom dia flor do dia! – A pessoa falou gritando.

- Louis? O que você tá fazendo aqui, louco? – Pergunto assustado. – Não era pra você estar no trabalho?

- Me deram folga hoje, e como tá o meu moleque favorito? – Falou me abraçando de lado.

- Moleque? Eu já tenho quase dezoito anos e você ainda me chama de moleque? Seu chato. – Falei dando um soco em seu braço.

- Pra mim você sempre vai ser um moleque, afinal, vai ter festa no seu aniversário? Faltam só alguns dias.

- Acho que não, não tenho animo para festa nesse momento. – Dei de ombros.

- Você é chato!

Paramos na frente da escola.

- Cheguei ao meu destino, até mais, Lou.

good for you (ziam mayne)Onde histórias criam vida. Descubra agora