Capítulo 02: Agora é guerra!

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A noite até que pode ser agradável SE escolherem o filme certo. Eu, particularmente, não abro mão do meu bom e velho filme de comédia romântica, ou, simplesmente só romântico mesmo. Que não me venham com filminhos de ação ou terror, muito menos filmes estranhos tipo Star Wars... Não, esse eu não aguentaria mesmo!

— Então, qual será o filme? – Perguntei, ansiosa e aflita pela resposta.

— Vamos esperar o Ad... – Antes que Arthur me respondesse, ele olha para frente e não termina a frase. — Olha ele aí! – Abriu um sorriso para um cara bem gatinho que estranhamente estava vindo em nossa direção.

— Olha, amiga – Mia me cutuca. — É ele... – ela cochicha.

Ele quem, gente?

— Do que você está falando, Mia? Porque está cochichando? – Indaguei, um pouco confusa. Segundos atrás estávamos falando de filme e agora eles mudam de assunto, assim, do nada... Eu sou meio lenta, gente!

— O primo do Arthur, né Bella. Acorda! – ela me cutuca de novo.

— O QUE????

Ops... Falei alto demais...

Mia me cutucou mais uma vez, o que já estava ficando muito chato, e se eu não estivesse tão envergonhada pelo fato de ter gritando bem na hora que o gatinho, suposto primo de Arthur, o homem que apelidei de "indivíduo sem nome", chegou. Certamente ele deve ter achado que sou uma louca ou favelada. Ou pior, deve ter achado que sou as duas coisas!

Ele me fitou com uma cara assustada e depois se virou para Arthur, o abraçando.

— Como assim, Mia? Ele não é parecido com o Arthur? – Agora quem cochicha sou eu.

Eu jurava que ele era parecido com Arthur. Por nunca ter visto a foto dele ou ter deixado Mia falar como ele é, eu o imaginava bem parecido com Arthur por eles serem primos e talvez terem os mesmo traços. Mas me enganei, e feio!

Mia me olha sem entender nada do que estou falando. Quando ela abre a boca para provavelmente me mandar acordar, o indivíduo sem nome caminha até ela e lhe dá um abraço também. E eu fico ali, igual uma retardada só o observando e esperando a minha vez.

— Isabella, esse é o Adam – Arthur começa com as apresentações. — E Adam, essa é a Isabella – ele continua.

Antes que eu pudesse controlar, dou uma risada, digamos que um pouco mais alto do que esperava.

— Porque está rindo? – Adam pergunta.

— Me desculpa. É que quando ele me falou seu nome, eu me lembrei da família Adams – tento explicar, mas pelo que parece não teve tanta graça para eles. Principalmente para Adam.

— De onde eu venho, quando as pessoas não se conhecem, elas simplesmente se cumprimentam em vez de fazer piadinhas sem graças – disse Adam, secamente.

O que eu mais desejava naquela hora era um buraco bem grande, para que eu pudesse me jogar e não voltar nunca mais. Poxa, as pessoas não entendem o meu senso de humor. Foi só uma piadinha de leve, não precisava humilhar também!

— E de onde eu venho, as pessoas não saem dando patadas por uma simples piada que... Talvez não seja tão boa assim – retruquei o seu desaforo.

Até parece que ia deixar aquele carinha grosso falar assim comigo. Já vivi no meio de muita arrogância com Marcus, e depois disso prometi a mim mesma que não deixaria mais ninguém me tratar mal. Absolutamente ninguém. Mesmo que ele seja muito gatinho igual o Adam.

Simplesmente AconteceOnde histórias criam vida. Descubra agora