Capítulo 15: Droga de música romântica.

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Os dias passaram voando, quando percebi já era sábado. Mesmo não estando nem um pouco afim de ir a festa da Stefany, eu tinha que ir para ver até aonde estava indo essa amizade dela com Adam. Depois da praia Mia não arranjou uma super saída, então eu não vi Adam desde aquele dia. Depois de falar sobre whatsapp, eu pensei que ele pediria o meu número, mas isso não aconteceu. Poxa, nós somos um casal agora... Bom, pelo menos para cantarmos juntos em uma competição.

Assim que anoiteceu eu comecei a me arrumar para festa. Meus pais também foram convidados e o meu pai já estava agoniado por mamãe e eu estarmos demorando a nos arrumar. Eu, sinceramente, não estava nem um pouco afim de ir, mas só de pensar que Adam também vai estar lá com a ladrona de felicidade, meu ciúmes me obriga a ir, mesmo contra a minha vontade.

— Vocês estão demorando demais. Já deviam estar prontas! – ouvi meu pai gritar.

Me apressei para terminar logo antes que me pai gritasse de novo. Ora essa, só porque estou me arrumando a quase uma hora não quer dizer que já devia estar pronta. Tenho um problema sério com o relógio, ou ele tem um problema sério comigo... Ainda não consegui desvendar esse mistério, mas uma coisa é certa: nós não nos damos bem. Acho até que ele é meu inimigo. Isso explicaria muita coisa na minha vida, inclusive todas as vezes que cheguei atrasada nos lugares. E olha que foram VÁRIAS vezes!

— Tá pronta, filha? – minha mãe pergunta assim que entra no quarto.

— Tô quase, mãe. Ainda falta o batom – disse, correndo para pegar o batom e passar logo.

— Então não demora – ela disse, indo em direção a porta. — Vou pra sala antes que o seu pai grite mais uma vez. Não sei porque ele sisma em querer apressar a gente! – continuou falando, antes de passar de vez pela porta.

Eu ri. Ver minha mãe indignada com os gritos do papai é sempre engraçado, principalmente quando ele apressa todo mundo. Na questão de pontualidade eles são o oposto. Sei bem de quem puxei esse lado de demorar para me arrumar.

Terminei de passar o batom e fui direto para o carro. Não demorou muito para chegar na casa da Stefany. Assim que cheguei na porta já dava para ouvir o barulho da música. Inclusive, era uma que eu gosto muito. Pelo menos ela tem bom gosto musical, DJ PV é um dos melhores.

Entramos na casa e logo avistei Mia com Arthur e Adam com Stefany. Não necessariamente como um casal, mas estavam bem próximos e muito sorridentes.

— Oi, amiga!!! – disse Mia, eufórica ao me ver.

— Oi, Mia – respondi, sem nenhum entusiasmo.

— Toma conta do seu boyunção porque as piriguetes estão soltas! – Mia sussurrou no meu ouvido enquanto me abraçava.

— E ai, mocinha, como está? – Arthur perguntou.

— Bem – dei um sorriso BEM falso na tentativa de esconder o quanto estava chateada.

— Stefany, minha filha, vem cá, vamos tirar as fotos agora – o pai dela a chama.

Dei graças a Deus por ela ir logo embora, pelo menos assim eu não teria que abraça-la e dizer: Parabéns. Não conseguiria dizer isso como se tudo estive bem, quando na verdade não está.

— Oi pra você também, Bella – Adam falou.

— Oi – respondi, secamente.

Adam me olhou sem entender nada, e tenho quase certeza de que ele queria me perguntar o porque de ser tão seca, mas na presença de Mia e Arthur ele não faria isso. Eu, por outro lado, tive vontade de soca-lo. Os pontos que ele ganhou comigo estão sendo perdidos pouco a pouco. Onde já se viu, o carinha se declara, faz serenata e depois fica dando espaço para outra mulher se achegar cada vez mais. O que Adam merece é uns bons tapas. Mas é claro que eu não o machucaria, dizem que tapa de amor não dói.

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