Capítulo 18: Se for da vontade de Deus.

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Como foi combinado, Adam e eu teríamos uma bela conversinha com meus pais. Acordei um pouco nervosa, mas sabia que eles fariam o que devia ser feito.

— Bom dia, mãe e pai – disse, assim que cheguei na cozinha.

— Bom dia, filha – eles responderam em uníssono.

— Tá com uma carinha feliz, Bella. Diz pro papai o que está te deixando tão feliz – ele disse rindo.

Meu pai acha que falando desse jeito, como se eu fosse um bebê, ele consegue me fazer falar as coisas. Geralmente eu não falo nada, mas dessa vez aproveitei a deixa e comecei logo o assunto.

— Pai... Eu tô gostando de uma pessoa – comecei a falar e meu pai logo deixou o jornal de lado para poder prestar atenção em mim. — Eu e o Adam nos aproximamos muito nessas ultimas semanas e acabamos nos apaixonando. Eu tentei resistir a esse sentimento porque ele mora no Canadá, mas eu gosto muito dele, pai. É claro que o fato dele morar em tão tão distante ainda é um problema, mas eu não consigo mais fugir dos meus sentimentos – falei tudo de uma vez só.

Olhei para meu pai e ele estava me analisando, enquanto minha mãe estava parada atrás dele com uma cara de nevorsismo. Oras, eu que faço a pior parte, que é contar tudo, e é ela quem fica com cara de nervosa?

— Tem certeza, Bella? – ele pergunta, ainda digerindo tanta informação.

Ô perguntinha chata, viu!?

— Tenho, pai – respondi. — Ele vai vir aqui hoje pra conversar com você. Tudo bem?

— O Adam parece ser um bom menino, mas tenho que fazer algumas perguntas à ele – falou, cruzando os braços enquanto encostava na cadeira.

Traduzindo: Tenho que saber de toda vida dele, desde o dia que nasceu até a última coisa que fez no dia.

— Ok. Pode deixar que ele vai responder tudo.

Senti pena do Adam nesse momento. Sério!

— Você já está em oração, né? – ele pergunta, franzindo o cenho.

— Estou, pai. Tô fazendo tudo que o você me ensinou. Não quero cometer o mesmo erro de novo – disse, baixando o tom de voz.

— E não vai, princesa. Vamos ficar em oração até Deus nos responder. Se for ele mesmo, tudo vai dar certo – ele deu um sorriso incentivador.

— Obrigada, pai! Eu te amo! – o abracei.

Conversar com meu pai me deixou mais aliviada. Ele sempre me ajuda em tudo e eu sei que desse vez não será diferente.

As horas se passaram e Adam chegou antes de anoitecer. Eu já estava mega nervosa, mesmo sabendo que ia dar tudo certo.

Toc-toc... Toc-toc

— É ele, mãe! É ele! – falei, eufórica

— Calma, Bella! – ela disse. — E solta meu braço, por favor. Como você quer que eu abra a porta assim?

Foi nesse momento que percebi que estava segurando o braço dela.

— Ah, desculpa... – disse, enquanto soltava o seu braço.

Ela foi abrir a porta, enquanto meu pai se sentava no outro sofá. Adam entrou meio envergonhado, percebi isso pelas bochechas dele que já estavam coradas.

— Boa tarde, dona Luciene – ele disse, assim que entrou.

— Oi, Adam! Pode entrar – minha mãe repondeu, em seguida fechou a porta.

Simplesmente AconteceOnde histórias criam vida. Descubra agora