Capítulo 18

4.8K 389 40
                                    

Graças ao meu adorado Deus, o fim de semana passou rápido. Mas tem um porém: o jantar na casa do Breno.
Tecnicamente eu não sei se levo a Nic ou se a deixo em casa.

Se eu for, vão surgir perguntas sobre a boneca.
Se eu não for, vou me passar por oferecida.
Além do mais, eu estava atrasada 15 minutos.

Abro o WhatsApp e mando uma mensagem pro Breno. Minha mãe não liberou totalmente o celular.

Melissa Füller- Levo a Nic ou não?

Ele responde na hora.

Breno- Sei lá, tanto faz
Vc está atrasada

Melissa Füller- Jura? Nem tinha notado teu retardado!

Breno- Vai vir ou não?
Senão irei comer a janta sem você

Melissa Füller- Eu duvido! Sua mãe nunca ia deixar.

Ele coloca emojis de risos.

Bloqueio meu celular e termino o penteado.

Eu estava usando um vestido curto preto forrado por renda e uma sapatilha preta. Meu cabelo estava escovado e com um topete.

-Será que eu estou... Exagerada?!- pergunto me olhando no espelho.

-Está linda filha!- minha mãe está me olhando da porta.

-Que susto dona Clarice!- pego a Nic que estava tão formal quanto eu. -Tem certeza que não estou exagerada? Eu não sei se o jantar será simples ou algo mais formal.

-Por acaso você está gostando do Breno, Melissa?- minha mãe cruza os braços e libera um sorrio.

Enquanto eu rio.

-Tá louca mãe? Claro que não.- reviro os olhos e pego a bolsa. -Tenho que ir.

-Ligue quando for pra te buscar.

-Pode deixar.- ela beija minha testa e eu saio.

***

-Breno Cavalcantti!- grito para o porteiro pela milésima vez.

-Com avalanche? Menina, aqui não tem avalanche não.

Já tinha uns cinco minutos tentando falar com aquele senhor.

Eu estava sem crédito e sem 3G para falar com Breno.

-Por favor! Eu estou aqui faz cinco minutos! Breno Cavalcantti!

Ele me ignora e leva o olhar para a tela do computador.

A única coisa que me restava fazer, era ligar a cobrar.

Como eu pude esquecer de recarregar meu celular?!

Que por sinal, minha mãe tinha liberado só naquele dia para caso haja algum tipo de emergência.

Ela entregou o aparelho descarregado e sem crédito.

Ele atende, mas desliga o telefone.

Desisto. Uma hora ou outra, ele ou alguém da família terá que aparecer aqui. Sento no banquinho de espera e mofo.

-Füller...- Breno aparece na minha frente.

-Se eu ficasse um minuto a mais aqui, eu juro que te abraçaria. Mas eu fiquei tempo suficiente.- ele ri.

-Recebi sua ligação e deduzi que estaria aqui.- caminhamos até o elevador. -Mas a cobrar Melissa?- ele ri e eu o ignoro.

-Se o seu porteiro não fosse surdo, já estaria na sua casa faz anos.- reviro os olhos e ele ri. -Não é engraçado.

O Idiota do Meu Inimigo (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora