Capítulo 12- Breno

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-O que faz aqui?- pergunta.

-Fui convidado pela sua avó, esqueceu?

-Se eu soubesse que era você, nem teria aceitado.- ela cruza os braços.

-Se eu soubesse que era você, nem teria feito o pedido.- dou as costas para ela. -Você só dança bem porque faz balé.- resmungo.

-Espere ai, você me elogiou?

-Claro que não.

-Você é um péssimo dançarino Breno. E um idiota.

-Eu não diria isso, Melissa Füller.- a encaro.

-Eu vou embora!- ela bate o pé com força no chão. -Espera ai, essa é a minha casa!- rio.

-Eu é que vou embora.- dou alguns passos.

-Espera!- eu paro. -Isso não era pra ser legal? Digo, dançamos como se não soubéssemos quem é quem...- me viro novamente.

-Isso foi um convite para dançar com você?- ela sorri fraco. -Coloque a máscara. Vamos fingir que não nos conhecemos.- proponho.

Dou as costas e vou até o DJ. Peço para colocar uma música para dançar com um par.

Eu vejo a Melissa. Sinceramente? Ela fica menos chata com a máscara. Parece até que é outra pessoa...

-Aceita dançar comigo?- pergunto como se não nos conhecêssemos.

-Eu adoraria.- ela sorri.

Vamos para a pista de dança onde parece ser só de nós dois. Dançamos suavemente. A cabeça da Melissa pousou sobre meu ombro delicadamente.

-Isso é estranho...- digo.

-Um estranho bom ou um estranho ruim?- ela procura pelos meus olhos por de trás da máscara.

-O que você acha?

-Eu acho um estranho completamente estranho. Um estranho bom... O mais estranho é você saber dançar.- sorrio.

-Não quer dar uma trégua? Me lembra o motivo que somos inimigos.- ela pensa.

-Eu não sei... Foi picuinha na nossa infância. A gente vivia se pertubando.

-Devemos dar uma chance para nossa amizade.- faço ela rodopiar pela pista de dança.

-Oi, meu nome é Melissa.- ela puxa a ponta do vestido e se curva, me fazendo rir.

-Prazer em conhecê-la, Melissa.- faço reverência e ela sorri.

Voltamos a dançar mas dessa vez em silêncio.

-Ammy vai pirar quando souber... Digo, se souber.- comenta do nada.

-Pode ter certeza. Eu sempre achei que ela nunca foi com minha cara. Nem você nem ela.

-Pode ter certeza. Aquele plano da tachinha, foi invenção dela.- rio ao lembrar ainda mais da cara que a Bella fez.

-Nunca pensei em colocar tachinha na cadeira de vocês.

-Agora colocar chiclete na minha cadeira, foi um golpe sujo.- ela ri.

Dançamos até o final da música.

-Foi bom te conhecer, Smurfette Desastrada.- beijo sua mão.

-Não me chama assim. Ou eu te coloco um apelido. Que tal...

-Não tem apelido para mim!- rio.

-Tempo não falta para inventar.

-Eu tenho que ir, meus pais estão esperando...- vejo-os na porta, sorrindo.

O Idiota do Meu Inimigo (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora