Seven

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Acordo 1 hora antes do meu despertador tocar e vou me arrrumar.
Nunca gostei de acordar cedo, mas eu sempre acordava e ia para a escola, mas sempre para agradar meus pais e que sinceramente eu era uma idiota, pois não adiantou nada.
Tratam-me como uma desconhecida na minha própria casa.
Eu não suporto mais morar aqui, preciso de um emprego.
Mando mensagem para Luna.
Preciso da sua ajuda, vem aqui em casa.
Beijos Lau.
Depois de uns minutos ela responde:
Ok. Aconteceu alguma coisa?
Eu rio e por fim digo:
Não amor, eu só preciso de ajuda para ver uns empregos, será que vou te atrapalhar?
Ela demora a responder. Vou a geladeira achar algo para comer antes de ir á maldita escola. Meu celular vibra, é ela.
Ok baby, mais tarde eu passo aí. Beijinhos e bom dia.
Mando um emoji de coração de volta e vou escovar os dentes.
Antes de sair pego dinheiro, coloco celular na mochila e vou. Encontro Felipe no caminho e grito:
- Amor?
Ele se vira e diz:
- Achei que não fosse tão cedo mais. - responde me dando um beijo.
- É eu acho que devo aproveitar meus últimos meses. - e entrelaço minha mão na sua.
- Realmente senhorita, não deve guardar desejos. - ele ri.
Que sorriso lindo.
Depois de babar um pouco no meu namorado pergunto ansiosa:
- Quando vamos?
- Logo eu espero.
O abracei e quando percebo, chegamos ao zoológico. (Só tem animais)
Vou para minha sala e digo que o encontro depois.
Passo horas sentada, ou desenhando, ou ouvindo música. Sinceramente não sei por que eu vim, pois não existe razão mais. Toca o glorioso sinal e eu finalmente escapo daquele lugar. Se fosse há alguns meses eu ficaria arrasada quando o sinal tocasse, pois eu não teria mais aquela linda matéria para aprender, não entendo como mudei tão rápido.
Eu sinto saudade de ter amigos, mas quando eu penso no dia em que tudo se transformou, eu rio e digo: Não preciso de ninguém.
Eu me lembro bem, era um dia normal de escola, eu estava como sempre rodeada de amiguinhos nerds, sentei-me na sala e de repente toca o sinal, todos saem correndo e só fico eu sem entender nada. Ninguém me avisou.
Trancaram-me numa sala e só abriram depois que bati muito, eu tenho pavor a lugares fechados. Quando consegui abrir a porta, eu sinto um balde de tinta AMARELA cair em mim.
Eu fecho os olhos pensando que poderia ser apenas um pesadelo, mas não. Era bem real e todos riam de mim. Os falsos amigos, para serem populares ajudaram a Júlia e as outras a destruírem a minha vida.
Ninguém me avisou, todos riam.
Eu saio correndo para casa chorando muito e jurando para mim mesma que ninguém ia me fazer de idiota mais.
Cheguei a minha casa, meu pai disse:
- Foi a uma festa fantasia? Você está ótima - riu.
Eles riram de mim.
Eu chorei.
Consigo ouvir os malditos sons das risadas e isso dói.
Nunca mais me fariam de idiota, eu prometia isso todos os dias para mim mesma.

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