Acordo e Luna não está mais ali, chamo por ela e nada.
Quando desço, minha mãe diz que ela saiu cedo e me deixou um beijo.
Como qualquer coisa e subo de novo.
Entro no banheiro, coloco minha música favorita no último volume e entro no chuveiro.
Nua.
Completamente nua e exposta a qualquer tipo de sentimento.
Desligo o chuveiro e paro na frente do espelho.
Passo alguns minutos me olhando.
- Quem é você?
Se fosse há um tempo atrás eu responderia o que eu era com certeza.
Hoje nem sei o que sou e nem lembro o que era só sei que não quero mais continuar assim.
Pego o sabonete e começo a me esfregar em frente ao espelho.
Começo a chorar desesperadamente.
- Porque sou assim? Eu só queria ser normal. - grito.
Aperto meu pescoço e começo a me arranhar.
Por que dói tanto?
São tantos motivos para estar mal que nem sei por qual começar a chorar.
Sofro pelo que aconteceu pelo que pode acontecer e pelo o que está acontecendo.
Meus olhos estão vermelhos e eu entro no chuveiro de novo.
Dessa vez apoio minhas mãos na parede e começo a chorar mais.
A água fica cada vez mais pesada, acho que dessa vez lavei minha alma.
Caio no chão e fico lá, sem vontade de levantar até para desligar o chuveiro.
Sinto frio, mas quero permanecer ali quietinha.
Depois de muito tempo, levanto e me seco.
Deito nua.
Enrolo-me nos lençóis e fecho meus olhos.
Começo a pensar em tudo que vivi, em todos os momentos com o Felipe, em todos os momentos com a minha mãe em tudo que já vivi e que eu poderia viver ainda.
Entro na internet e pesquiso casos parecidos com o que aconteceu comigo.
Sou mais normal do que eu penso, eu não sou louca sozinha e existe um livro com esse tema.
Procuro o livro na internet e compro.
Espero ansiosamente para me ver entre as páginas.
Enquanto não chega o livro, meus dias passam mais lentos que o normal.
Não consigo entender do assunto, mas sei o que eu sentia e era muito real, não preciso de médicos ou psicólogos, não sou louca.
Foi um momento só e que não vai acontecer de novo.
Meu livro chegou e já se passou 1 mês desde que comprei.
Estou na página 199, me identifico com ela desde o começo e sei bem pelo que ela está passando.
O momento do encontro deles, o momento de que ele se parece tanto com você e você se assusta, pois nunca houve ninguém assim na sua vida.
Em 2 semanas termino o livro.
Uma frase lateja sob minha cabeça.
"Sou do tipo que acredita no amor. "
Sim, eu sou desse tipo e pode não parecer, mas eu acredito no amor tanto como acreditamos que pode se respirar pela boca.
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Fantasy [Em Construção]
Teen FictionLaura era incrível. Doce, gentil, educada e muito inteligente. Tudo o que qualquer pai gostaria que seu filho fosse. Seus pais se orgulhavam muito, pois nunca havia dado problema algum, era um verdadeiro anjo. Laura ao contrário de todo adolescente...