Ouvi coisas que eu realmente não queria escutar.
Ela liga novamente.- Eu não preciso ouvir isso. - digo.
- Eu sei me desculpa por isso, não foi o que eu quis dizer.
- Ta bom, tanto faz. O que quer?
- Já está pronta?
- Desculpa, mas eu não vou.
- Vai ser bom, quem sabe você não conhece alguém?
- Não quero conhecer ninguém.
- Ta bom, se mudar de idéia vou enviar o endereço por sms.
- Mas não vou mudar.E por fim ela desliga.
Não estava animada para nada no momento, eu só queria ficar deitada alimentando aquela dor que só crescia dentro de mim.
São 19h e eu nem sei que dia é hoje, acho que não importa, não vou levantar mesmo.Fecho os olhos e faço o que mais ando fazendo ultimamente, durmo.
Estou numa boate.
Ela está cheia e muito barulhenta, vejo luzes vermelhas e azuis.
Ando sozinha de um lado para o outro.
Estou procurando alguém, mas não sei quem.
Encontro com Mia e pergunto o que estou fazendo ali.
Ela me chama de louca e sai andando.
O que eu estou fazendo aqui?
Eu o vejo.- Felipe! - o grito sem pensar duas vezes.
Ele se vira para mim e meus olhos brilham.
É ele.
Corro em sua direção, mas ele some.Acordo o gritando.
Eu preciso ir nessa boate, talvez seja um aviso para eu ir vê-lo.
Pode ser a ultima vez que eu o vejo.Vou tomar banho e passo uma mensagem para Luna.
-Tem como me buscar?
Acabo meu banho e vou me arrumar.
Desesperada, percebo que não tenho roupa para vestir.
Pego meu celular e digito para Luna:- Me ajuda, não tenho roupa.
- Eu sabia que você iria acabar vindo, daqui a uns minutos eu chego aí com uma roupa para você.
- Obrigada.Depois de uns 30 minutos ela chega.
É uma roupa um pouco provocante, mas eu precisava conquistá-lo de novo e se fosse preciso que eu usasse, eu usaria.Depois de pronta desço com ela até a moto.
Chegamos a um lugar não muito conhecido por mim, mas algo me era familiar.Foi onde rolou a festa que mudou
minha vida.
Era um pouco barulhento e agitado, tinha bastante gente dançando e bebendo.- Vai beber algo?
- Acho que agora não.
- Tudo bem. Eu vou falar com alguns amigos ali e já volto.
- Tudo bem.Sento num banquinho perto do bar e vejo um menino se aproximar.
- Está sozinha gata? - sussurra em meu ouvido.
- Estou esperando meu namorado.
- Posso te fazer companhia?
- Ele é um pouco ciumento, acho melhor não.
- Tudo bem, eu te vejo daqui a pouco então.
- Ah não, depois que encontrar ele vou embora.
- Se ele ter der um bolo, me procura viu gatinha? - piscou e saiuEu rio.
Pela primeira vez em semanas eu rio de algo, parabéns menino que não sei o nome.
Já se passaram algumas horas que estou na festa e ainda nada dele.
Eu fui burra em achar que ele poderia estar aqui, devo ir embora.
Em meio à multidão encontro o menino de olhos verdes novamente.- E aí gatinha, ele furou?
- Na verdade eu não marquei nada, só achei que ele pudesse vir, mas vou embora.
- Ah fica, se você ficar eu prometo deixar a sua noite ótima.
- Tenho namorado.
- Somente amigos gata, eu te pago uma bebida, vamos. - diz ele pegando na minha mão.Por um lado penso em me afundar na minha cama e continuar dormindo, mas por outro esse menino parece ser tão legal.
- Se eu achar minha amiga vou embora ok?
- Ta bom.Saímos do bar.
Eu com uma Skol Beats e ele com uma dose de tequila.- Não costumo beber. - rio
- Tudo bem, nós vamos com calma. - ele ri.Depois de muitas bebidas, estou totalmente embriagada e feliz.
Não sinto minhas pernas e tudo é tão engraçado.
Quase arrumei briga, mas juro que a culpa foi dela.
Essa noite foi o máximo.- Obrigada Bruno, você é incrível e gato. - digo e rio
- Pô gatinha que bom que você gostou. Esse garoto incrível e gato pode te levar em casa?
- Você bebeu, não pode dirigir. - dou risada e bato em seu ombro.
- Vamos de táxi, eu só disse para parecer mais homem. - ele gargalha.
- Adorei te conhecer seu bobo. - beijo seu rosto.
- Adorei te conhecer também gatinha. - diz me dando um selinho
Não.
Não posso beijar ninguém.
Eu quero o Felipe.Uma voz surge da minha cabeça:
Você vai ficar bem
Estou bem Felipe, eu estou bem.Abaixo a cabeça e dou a mão para o Bruno.
- Desculpa, prometo não forçar a barra, mas em troca você vai ter que sorrir. - ele diz me fazendo cócegas.
- Ah Bruno - digo e começo a gargalhar.
- Pronto, agora sim. - ele dá um sorriso.Chega um táxi e nós entramos.
Depois de contar meu endereço para o taxista eu deito em seu ombro.
Eu estou tão cansada e dolorida, mas isso me fez bem.- Dorme gatinha, quando chegar te acordo. - ele beija minha testa.
Depois de sentir seus lábios em minha testa, eu pego no sono.
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Fantasy [Em Construção]
Genç KurguLaura era incrível. Doce, gentil, educada e muito inteligente. Tudo o que qualquer pai gostaria que seu filho fosse. Seus pais se orgulhavam muito, pois nunca havia dado problema algum, era um verdadeiro anjo. Laura ao contrário de todo adolescente...