Twelve

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Acordo com o Bruno me sacudindo.

- Oi - digo meio atordoada.
- Chegamos gatinha. Quer que eu suba com você?

Senti a malicia dele ao falar.

- Não precisa eu consigo andar. - digo e rio.
- Tudo bem, quer me dar seu número?

Dei meu número e subi.
Cansada não olhei para ninguém, apenas corri para o banheiro para vomitar.
Estava sentindo uma dor horrível, mas era menor do que a que eu sentia todos os dias.
Será que esse era o caminho, será que era minha solução?

Entrei no chuveiro e tomei um banho.
Frio.
Como meu coração estava.
Sei que é impossível ele aparecer naquela boate, mas vai que é assim que eu conseguirei encontrá-lo?
Preciso tentar de tudo, para vê-lo novamente.
Eu só precisava de um tempo com ele.
Minha cabeça está meio pesada.
Coloco qualquer roupa e vou para minha cama, então logo durmo.

Acordo com muita dor de cabeça e sem vontade de fazer qualquer coisa hoje.
Eu o sinto tão perto, mas sei que não está.
Olho-me no espelho e consigo o ver no meu reflexo.
Ele está chorando.
Coloco a mão sob o espelho e ele some, vejo lágrimas caindo dos meus olhos.
Eu sinto falta dele e não posso esconder.

Recebo uma mensagem do Bruno.

E aí gatinha, tudo bem?

Tudo sim, e você? - respondo.

Ah estou na boa, que tal dar uma volta hoje?
Garanto que nunca terá uma companhia melhor.

Você é muito convencido.
Estou um pouco cansada, acho que vou ficar em casa.

Isso é papo de gente depressiva, acho que você deve vir.
Vamos, vai ser legal.

Da ultima vez que você disse isso, acabei bêbada. - respondo lembrando do quão divertido foi.

Mas foi divertido, não foi?

É, foi sim.

Então vamos.
Te pego as 21h, ainda sei seu endereço.

Você é um maníaco caçador de meninas inocentes. - eu digo rindo

Posso ser caçador de coisas que você nem imagina gatinha.

Eu juro que me assustou agora.

Coisa boa gatinha, coisas boas. - ele disse.

Confirmo com o Bruno e deito novamente.
Eu não estava nem um pouco animada, eu acho que devo cancelar.
Recebo mensagem da Luna.

Você deve estar querendo me matar, mas foi por uma boa causa.

Eu realmente quero te matar, foi ao encontro de amigas e até hoje não voltou?
Parabéns Luna, estou felicíssima em conversar com você. Como foi a viagem ao centro do mundo? - digo sarcástica.

Hey calma aí mocinha, foi por sua causa que eu desapareci.

Ah sou eu a culpada?

Calma me deixe explicar, eu vou passar aí em alguns minutos.

Espero que tenha uma boa desculpa, venha rápido e não precisa chamar.

Passando exatamente os 40 minutos ela aparece.

- Qual é a desculpa? - digo.
- Oi para você também. - ela diz me dando um beijo na bochecha.
- Oi, agora diz por que me deixou lá sozinha e sumiu?
- Eu estava arrumando um futuro para você.
- Eu tenho um futuro já e achar um futuro numa boate não é lá essas coisas.
- Não ridícula, é outro tipo de emprego. Que futuro você tem? Perdoe-me, mas ficar a vida toda esperando pelo Felipe não vai te fazer crescer em nada.
Eu sei que você o ama e te dou maior apoio para continuar o amando, mas tem que viver apesar de tudo. Eu gosto de você e não quero que se afunde por causa disso, você não vai ter sua mãe e seu pai para sempre, não pode ficar dependente deles.
- Tudo bem, isso é tudo muito bonito obrigada por se preocupar, mas que emprego é esse?
- Você vai ser modelo.
- Eu vou? - digo rindo.
- Vai e das melhores, pode acreditar. - ela diz certa do que está falando.

Fantasy [Em Construção]Onde histórias criam vida. Descubra agora