CAPÍTULO 7

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Cheguei na casa dele,até que não era tão longe da minha.Por incrível que pareça, desde a chegada do Marco, eu nunca tinha ido em sua casa.Essa seria a primeira vez.

— Marco — chamei baixinho — Marco! — chamei novamente batendo na janela de seu quarto.

Fica no primeiro andar, então não precisava subir numa árvore e correr risco de alguém ver e pensar que era um ladrão tentando invadir.

Por que eu não entro pela porta da frente como uma pessoa normal?Simples, porque eu não quero.

A visto uma figura engraçada se aproximando da janela.Fico feliz, agora sei que o unicórnio da minha história não tinha nada a ver com o sumiço dele.

— Não consegue viver sem mim, não é?— ele fala abrindo a janela e esfregando o olho de sono.

Ele fica muito fofo com essa cara amassada de quem acabou de acordar. Até porque, ele realmente acabou de acordar.

— Morre pra ver se eu não consigo — falo debochando.

—Nossa, também te amo,Starzinha— ele sorri.

— Seria estranho se não amasse,todos me amam — falo convencida.

Ele sorri de lado.

— O que raios você está fazendo aqui às...— ele da uma pequena pausa e olha pro relógio — 5:45 da manhã?

— Sei lá, eu estava... —faço uma pequena pausa — ... entediada — digo sorrindo e me apoiando no batente da janela. Ele pareceu entender, pois sorriu.

— Ta garotinha, entra ai.

Eu entrei.

— Belo quarto — disse observando tudo e colocando minha mochila no chão.

O quarto de Marco tinha posters de banda espalhados pela parede, uma cama aparentemente muito confortável e uma cômoda enfrente dela.

— Obrigado, eu sei disso.

— Convencido.

— Mas e ai?Qual seu verdadeiro propósito aqui, Starzinha? — ele pergunta.

— Se você para de me chamar de Starzinha, talvez eu fale — me viro e olho pra ele.

— Então temos um problema. Eu não vou
parar de te chamar assim, já falei isso — ele olha em meus olhos.E parece que ele estava certo disso, acho que vou ter que me acostumar com esse apelido.

— Tá, você venceu — levanto minhas mãos em rendimento — Só queria passar um tempo com meu melhor amigo, não posso?

— Melhor amigo? — ele pareceu não gostar desse título.

— Sim ue,mas se quiser eu posso ir embora — digo apontando pra janela.

— Não, não. Fica, não tem nenhum problema.

— Que bom — deito na cama e faço um gesto pra ele deitar ao meu lado.E assim ele faz.

— Ei,por que você foi embora? — digo me virando pro lado em que ele estava, fazendo nossos rostos ficarem frente a frente.

— Eu fui embora? — ele faz uma expressão confusa.

— É.Ontem a noite.Você tinha dormido comigo lembra?E quando eu acordei você tinha desaparecido.

— Ah, isso.Ue, se sua mãe me visse ali, eu seria um homem morto.

— Para, ela não é assim vai.

— Talvez não, mas eu não vejo ela há...

— Anos? — digo completando a frase.

— É,anos — ele confirma o que iria dizer — Na verdade eu vi ela assim que cheguei aqui,mas isso também serve.Além do mais, nós crescemos. Ter um garoto no seu quarto pode gerar vários pensamentos na cabecinha dela.

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